O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Prisioneiro de consciência morre nas masmorras de CUBA



Zapata Tamayo morreu na terça-feira, entre as 15h e as 16h locais (20h30 e 21h em Lisboa, após 85 dias de greve de fome), no Hospital Amejeiras, para onde foi transferido de um centro médico prisional na capital cubana, face à deterioração do seu estado de saúde.

Zapata, de 42 anos, era um dos 73 dissidentes detidos em 2003, tinha várias condenações que totalizavam 36 anos e estava, desde 2004, na lista dos prisioneiros de consciência da Amnistia Internacional.

Esta foi a primeira vez que um opositor do regime castrista morreu durante uma greve de fome, desde que Pedro Luis Boitel, um dirigente estudantil que combateu os governos de Fulgencio Batista e de Fidel Castro, perdeu a vida na prisão em 1972.

5 comentários:

Mélia disse...

Que dizer?
O Mundo já nada contém. O Homem já não reconhece com clareza a sua própria essência, destruindo-se e destruindo o próximo, como se o átomo não existisse e cada particula deste complexo pulsar estivesse no início de tudo, mostrando quanta barbaridade ainda está no porvir.
Quem somos e para onde vamos? Até onde chegaremos? talvez estejamos na destruição há muito anunciada, Quando uma vida nada vale...a que poderemos chamar Humanidade?

Mélia

João Pedro Cidra disse...

Como é possível não existirem comentários em quantidade para esta notícia? A Mélia fez um comentário onde diz o que quereria eu dizer, mas poderei acrescentar que perante a essência de mais comentários, se descobre realmente como a humanização anda no esquecimento de todos. Morre alguém drasticamente abandonado, o que nem a um animal se faz e não se levantam vozes de incredulidade e desespero? Então o que se valoriza neste Mundinho? Banaliza-se a morte, o desprezo, a arrogância, o primitivismo que se demonstra perante uma situação tão aberrante em pleno século XXI? Que interessa a cor da política, se o sangue e dor é igual em cada um de nós? Por onde andam os valores da Humanidade? Que valores existem? Ainda existem? Que compromissos existem para com as gerações vindouras? Que exemplos lhes deixaremos? Brutalidade? Animalidade? Arrogância? Prepotência? Que dizer? Que pensar? Horroriza-me tanta indiferença. Horroriza-me pensar que cada ser humano é uma banalidade assumida no Mundo.

João Pedro Cidra disse...

Queria dizer ausência...

Cuba Libre disse...

Tem toda a razão. Não é possivel ser complacente com o fidel ou sus muchachus.
Tal como sucedeu com salazar, morrendo o fidel o regime cai como um baralho de cartas. Já faltou mais...

João Pedro Cidra disse...

Já faltou mais, pois faltou, mas esperemos que o tempo que falta seja o suficiente para que toda a gente reflicta sobre o que contém o conceito e a realidade da palavra liberdade. Esperemos que a agarrem e reflictam sobre ela por forma a não se perderem na mesma, como aconteceu com boa parte do povo português. Pegou na sua "liberdade" e viveu-a como se de uma droga se tratasse. Tudo foi lindo, mas efémero. A liberdade existe, mas que fizeram com ela? Como a trataram? Qual o resultado da mesma hoje? Longe vai a idéia de que a liberdade existe em verdade absoluta. Que geração se criou a partir da liberdade obtida com o 25 de Abril? Onde estão os ideais de que todos somos iguais e para todos direitos e deveres são iguais? Onde estão os pobres? Mais pobres do que nunca. Onde estão os ricos? Mais ricos e aldrabões do que nunca. Para onde está a ir a identidade deste povo? Não sabemos. Liberdade! Liberdade! Liberdade na boca e no coração, mas com pouca possibilidade de ser vivida.
Espero que depois do muito que aquele povo tem sofrido, se lhes abram as portas deste século, mas atenção: nem só Fidel tem sido o seu carrasco. A História verídica todos a sabem, e se não a impingirem para leitura de forma errónea ao Mundo, todos a saberão melhor um dia. Estamos à espera.

Correio para:

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