O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

sábado, 23 de maio de 2009

COISAS DO DIABO...(Que os carregue!!!)



04/28/2009
"Ditador" para os soviéticos, "exemplo" para os russos António de Oliveira Salazar era, na época soviética, um símbolo da opressão fascista, colocado ao lado de ditadores como Franco, Hitler ou Mussolini, mas, na Rússia actual, é visto por alguns como um político exemplar para os actuais dirigentes do país.
Em 1950, Salazar “teve a honra” de figurar numa canção de protesto contra o imperialismo norte-americano, com música do grande compositor Serguei Prokofiev. No poema heróico sobre os operários americanos que afundavam os navios com bombas enviadas “para Angola e para Seul, para a Escócia e Saigão”, lê-se: “Não conseguirão transportar mais bombas/ com as mãos operárias/ Levai-as vós, com Salazar e Franco!”
Num cartaz soviético podia-se ver um mapa de Portugal com pessoas pequenas martirizadas por um falcão com um rosto humano tenebroso. E uma quadra, que alguns dizem ser da autoria de Serguei Mikhailkov, o autor da letra do hino soviético: “Sob um Sol tórrido, meridional/Tremendo de medo jovens e velhos/Transformou tudo em morte/ O carrasco e déspota Salazar”.
Depois do fim do comunismo, em 1991, as discussões sobre a figura e obra de Salazar em Portugal surgem nos momentos em que a Rússia escolhe a sua via de desenvolvimento.
Em 1993, Eduard Limonov, dirigente do Partido Nacional-Bolchevique da Rússia, um dos líderes da actual oposição radical ao Kremlin, defendia o corporativismo do “Estado Novo” como melhor regime político.
“...O corporativismo, a meu ver, é o melhor modelo. Ele permite a existência do patrão, do trabalhador e do engenheiro. Todos eles se encontram em diferentes níveis da hierarquia social, mas unidos pelos interesses da corporação. Este é um sistema ideal. Para um país como a Rússia, é a variante mais aceitável”, declarou Limonov.
“Sem criar um Estado fascista, mas, utilizando a ideia do nacional-sindicalismo, o Governo de Salazar conseguiu resultados significativos nas esferas económica, política e social. A utilização inteligente, ponderada e sábia das ideias populares na sociedade portuguesa distinguia favoravelmente o Governo “académico” de Salazar dos governos de outros regimes ditatoriais”, considera o historiador Dmitri Loguinov.
Segundo ele, “não obstante todas as consequências do regime, a conservação dos seus traços sensatos permitiu a Portugal tornar-se de forma suficientemente rápida uma parte moderna da Europa.
A figura de Salazar voltou a ser abordada quando Vladimir Putin entregou o cargo de Presidente da Rússia a Dmitri Medvedev (Março de 2008) e alguns viram nisso uma tentativa da transformação do primeiro em “pai da nação”.
Iúri Karguniuk escrevia então no jornal electrónico gazeta.ru : “Putin parece mesmo considerar-se um criador da história, pai dos povos e criador de um novo Estado, alguém semelhante a Den Xiao Ping na China e a Salazar em Portugal, estadistas cuja influência não estava de forma alguma ligada ao seu estatuto formal”.
“Aos olhos não só da população atascada de propaganda, mas também da elite cínica, Den Xiao Ping e Salazar eram Hércules que souberam mover montanhas: Den Xiao Ping, pai reconhecido das reformas chinesas que limpou os estábulos das consequências da experiência socialista. Salazar, que conseguiu para si poderes extraordinários no controlo do cumprimento do Orçamento, arrancou, em dois anos, de 1928 a 1930, a economia de Portugal de uma crise profundíssima. E isso quando a crise mundial estava a ganhar força”, conclui.
José Milhazes
In http://www.darussia.blogspot.com/

5 comentários:

Anónimo disse...

Casa em risco de derrocada iminente

Um prédio antigo, situado na rua da Igreja, em Algoz, Silves, está em risco iminente de derrocada total, depois de uma das empenas e de parte traseira terem aluído. O imóvel encontra-se em venda e, de acordo com documentos a que o CM teve acesso, os herdeiros dos antigos proprietários têm ignorado as notificações da Câmara de Silves no sentido de resolverem a situação.



Além de constituir um risco para pessoas e bens, o estado de degradação da habitação impede também o proprietário de um terreno contíguo, António Várzea, de concretizar a construção de um prédio que para ali tem projectado.

“A empena Sul caiu em 2006, numa noite de Inverno, quando eu já tinha começado as fundações da minha obra, um investimento de cerca de 250 mil euros, um prédio com garagem, rés-do-chão e primeiro andar, onde antes era uma casa térrea que pertenceu aos meus sogros”, referiu ao CM. “A casa já estava muito degradada e suponho que só continuava de pé por estar encostada à minha, que entretanto fora demolida”, acrescentou.

Mas, desde aí, começou o calvário. “A Câmara de Silves [CMS] embargou-me a obra e impôs medidas de segurança, pelo que coloquei prumos nas portas e janelas da casa em ruínas, bem como redes e grades de protecção, que já foram por várias vezes roubadas”, conta António Várzea. “Não me revalidaram a licença de construção e os pedidos que tenho feito no sentido de a autarquia agir, face à atitude de abandono manifestado pelos herdeiros, não surtiram efeito”, acusa. “Na última vistoria , a 12 deste mês, as medidas de segurança foram consideradas insuficientes, isto sem que os técnicos conseguissem aferir quais os incumprimentos que têm impedido sair do impasse e de que a própria autarquia tem responsabilidade”, frisou.

A oferta de António Várzea em demolir a ruína, à sua própria expensa, “bastando para tal que os herdeiros solicitassem a licença respectiva”, também não obteve resposta. O CM tentou, ontem, contactar os herdeiros do prédio em causa, bem como a presidente da autarquia silvense, mas sem sucesso.

Toni Nostalgia disse...

A vida dá muitas voltas...

João da Ega disse...

Será que existe alguém que ensine a Dr.ª Isabel Soares a escrever português!!! Aquela resolução para seguir para a frente com o apoio de praia e com ameaças de fechar a praia por falta de segurança, foi do mais hilariante que já li...

Anónimo disse...

Armação de Pêra: Feridos em despiste
Dois idosos (um homem e uma mulher, ambos com cerca de 70 anos) ficaram ontem à tarde feridos sem gravidade devido ao despiste do automóvel em que se faziam transportar, na estrada que liga Alcantarilha a Armação de Pêra, Concelho de Silves.

JJJ disse...

Caros amigos,

Como sabem ontem iniciou a época balnear...

No entanto nós que todos vivemos directa ou indirectamente da nossa praia constatamos que nenhum acesso á praia está devidamente terminado e que os comerciantes da Av. onde a grande obra da nossa Vila está a decorrer, estão á beira de um ataque de nervos...

Portanto pedimos um esforço a todos os "amigos", para que estejam presentes na sessão de Câmara que será aberta ao público para que possamos questionar este e outros assuntos de interesse para a nossa Vila.

LOCAL: Câmara Municipal de Silves

HORA: 10.00 da manhã

Contamos convosco.

Cumprimentos,

Amigos de Armação

Correio para:

Armação de Pêra em Revista

Visite as Grutas

Visite as Grutas
Património Natural

Algarve