No poder: galos de Barcelos ou galos de combate? |
A
Colecção Miró - um lote de 85 obras - composto por óleos, guaches e desenhos,
foi adquirido pelo Banco Português de Negócios (BPN), gerido por José Oliveira Costa, a um coleccionador japonês em 2006.
Em 2007 a leiloeira Christie's avaliou
a colecção em 81,2 milhões de euros e, algum
tempo depois, a mesma leiloeira avaliou-a em 150 milhões.
Estas avaliações foram feitas quando a
colecção pertencia ao BPN, ainda banco privado.
Em Novembro de 2008, o BPN foi
"nacionalizado" -apenas o lixo tóxico- e, depois de
todas as aventuras e desventuras que decorreram da sua nacionalização, a Parvalorem -veículo estatal criado para gerir os activos tóxicos do BPN- através da sua administração, tornou à venda da Colecção Miró, uma das suas principais prioridades tendo, no final de 2013, "fechado" o negócio com a Christie's.
A Parvalorem não cumpriu os prazos
legais estabelecidos na Lei de Bases do Património Cultural para pedir a devida autorização para a saída
das peças para o estrangeiro e, embora com o parecer negativo da Direcção-Geral do
Património Cultural (DGPC), a 21 de
Janeiro de 2014, as obras já estavam expostas na leiloeira Christie’s, em Londres.
Agora vem a notícia mais interessante.
Enquanto a Colecção Miró foi propriedade privada,
foi avaliada pela Christie's por
valores que ultrapassaram os 150 milhões de euros; agora
que a mesma colecção é propriedade do Estado Português, a mesma leiloeira avaliou-a em apenas 36 milhões.
Para completar esta palhaçada posso
acrescentar que as condições da Christie's são as seguintes: a base de licitação para venda da
coleção é de 36 milhões, sendo esta a
importância a entregar ao Estado Português; tudo o que ultrapassar esse valor será propriedade da leiloeira.
Perceberam a jogada?
Uma providência
cautelar "barrou" a concretização do negócio
que, além de ilegal é um crime de lesa-pátria; entretanto, a Christie's já fez saber que continua interessada no negócio.
Claro... tenho a certeza que
sim...
Alguém tem dúvidas sobre a "transparência" destas
negociatas?
Alguém, ainda, duvida de que esta
gente, está UNICAMENTE ao serviço de
interesses obscuros, incompatíveis com o interesse público mesmo que tenhamos que ficar sem pele? |
Será isto verdade?...
O prof. Marcelo Rebelo de Sousa já deu o "mote", a Parvaloren
escreveu adar a conhecer tudo aquilo que já é do conhecimento público, mas falta esclarecer
todo o negócio que todos nós temos obrigatoriamente de conhecer.
escreveu adar a conhecer tudo aquilo que já é do conhecimento público, mas falta esclarecer
todo o negócio que todos nós temos obrigatoriamente de conhecer.
A Procuradoria Geral da
República não terá o dever de investigar e depois esclarecer o que se
passou entretanto? ou será que ao cidadão-contribuinte compete tão só pagar as dívidas e todo o aparelho do Estado que lá está para o defender e ao interesse público sem reclamar resultados?
passou entretanto? ou será que ao cidadão-contribuinte compete tão só pagar as dívidas e todo o aparelho do Estado que lá está para o defender e ao interesse público sem reclamar resultados?
Sem comentários:
Enviar um comentário