Mais preocupante que a verdadeira nulidade que os lideres europeus evidenciam é a verdadeira nulidade que as oposições a esses lideres, nos diversos países, demonstram à saciedade.
É assim pública e notória a ausência total de
discurso portador de alternativas quer nos lideres quer nas suas oposições, ao
status quo europeu e ao destino que levamos.
Engrossa por isso, com o mero decurso do tempo
e o resultado das politicas adoptadas ou através de novas medidas desastrosas,
o numero de críticos que, através de condenações com suporte histórico e
económico-cientifico, ou através de condenações com base histórica-politica,
todas acerca do curso das medidas europeias de natureza económico-financeiras e
sobretudo dos seus efeitos, ou quanto ao percurso da manifesta involução
politica a que se assiste na própria união, fornecem aos cidadãos base
suficientemente séria para concluírem acerca da ilegitimidade dos seus
representantes, nas diversas instâncias da decisão politica.
Obama, que não é só um excelente comunicador,
é avaliado por alguns de nós, sobretudo pelas recomendações sensatas que tem
feito à Europa e a alguns lideres europeus mais responsáveis, acerca da Grécia,
a seu tempo, e mais recentemente acerca de Chipre, percepcionando em
antecipação os resultados desastrosos das asneiras anunciadas e algumas
executadas.
Pouco faltará, por este caminho, para o
provável cisma da Europa do sul, a eventual criação de uma nova união e quem
sabe, um sucedâneo de um Plano Marshall, do tipo Plano Marshall XXI,
apadrinhado pelo Presidente Obama e pela Reserva Federal (com a Imprensa
Nacional lá do sítio a trabalhar dia e noite em novos dollars) que permita ao
sul da Europa não se converter, no médio prazo, numa extensão do norte de
África.
Porque os europeus só precisam de lideres que achem que é possivel |
O projecto americano de se criar um mercado
comum EEUU/Europa constitui uma das ultimas e criativas tentativas do Presidente
Obama fazer ver às abéculas europeias sobre quais são as verdadeiras
preocupações com que lidar nos tempos que correm, isto enquanto as alimárias do
Velho Mundo se mantêm centradas na missão histórica principal : a eleição de
Madame Merkl ou Frau Poucochinha, como queiram.
Na verdade, o Chipre demonstrou o que vale e
que tipo de garantias dá a União nos dias que correm.
Quem tem amigos destes não precisa de
inimigos, sabe hoje qualquer europeu desta Europa.
É evidentemente uma tese ficcionada, mas que
seria preferível ao destino que vivemos e sobretudo ao que parece nos aguardar,
disso não temos qualquer duvida.
Post Scriptum:
1.- Não consta de nenhum manual de Ciência Politica que uma União de Estados tenha necessariamente de ser entre Estados fronteiriços;
2.- Não consta de nenhum manual do consumo que a felicidade automobilistica só se pode atingir num Audi, BMW, Porche ou Mercedes, nem que aquela seja inacessivel com um Fiat, Alfa Romeu, Chevrolet ou... Ferrari.
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