O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Quem não quer ser lobo, não lhe vista a pele!

As comemorações da passagem do ano em Armação de Pêra, que já foram festejadas com fogo de artifício, este ano não foram animadas por este evento tão do agrado popular.

Este facto justifica de alguns comentários:

É patente que a nossa Vila tem capacidade de atracção de visitantes nesta época, o que não é novidade, dada a sua beleza natural e sobretudo a susceptibilidade de ser disfrutada em ambiente pacato e não massificado, como no periodo do Verão.
Pensamos no entanto que se justificaria uma maior preocupação com a economia da Vila, nos periodos fora do Verão, com susceptibilidade de atracção de turismo (Passagem do ano, Carnaval, Pascoa), mediante a organização de alguns eventos, como será para a passagem do ano o fogo de artificio, que permitam a esses consumidores gastar em Armação o que até aqui vão gastar a Albufeira ou Portimão.

Compreendemos que a crise financeira da autarquia é profunda e que se tenham de usar os dinheiros públicos com parcimónia. No entanto achamos que os cortes a existirem com maior radicalismo, não podem, nem devem, afectar àreas essenciais da economia da região, como é a qualidade mínima da oferta turistica.

Por outro lado e sem deixar a qualidade turistica de parte, acrescendo-lhe a qualidade de vida em geral em Armação de Pêra, não constatamos que a opção na poupança em eventos tenha como alternativa uma gestão responsável e competente das artérias, passeios ou lixo, a qual continua a dar mostras de abandono inqualificável.

Se por um lado constatamos que alguns veiculos abandonados na via pública se encontram devidamente notificados os seus proprietários do risco da remoção respectiva, apesar de só quatro meses depois da denúncia fotográfica neste blog, o que apesar de tudo, é merecedor da apreço público, por outro continuamos a assistir a verdadeiras ameaças à integridade fisica dos transeuntes, como sejam os entulhos e as “crateras” que estão “semadas” pelas ruas, por longos meses, sem que, quem quer que seja, Junta ou Câmara, ou ambas, faça o que quer que seja para tapá-los.

O risco em questão é para todos, residentes ou turistas, mas também para a economia da Vila e receita do Concelho. Qualquer um destes tão carenciados!

Ser responsável politico acarreta muito trabalho, pois é...
Mas quem não tem vida para isto, não se devia meter nisto!

29 comentários:

Anónimo disse...

O que esperam!
Com Isabel Soares é mais do mesmo!

Anónimo disse...

Essa é que é essa. Com simplicidade se dizem grandes verdades.

Anónimo disse...

Demais!!!! Como e que querem mais turismo com esta vergonha que vimos outra vez esta ano,,,,,A avenida principal nem luz tinha no natal. O presepio desaparaceu tambem!! Albufeira, Portimao, Lagoa e a pequena aldeia Porches novamente uma lindesa cheio de luzes e presepios muito lindos e ARMAÇAO novamente no escuro! Realmente nao sei como querem que Armaçao nao trabalha so 2 meses e 2 dias por ano se isso continua assim!!!

Ja agora queria desejar a minha amiga Adelina um bom ano com poucas irritações!!!!!!!!!!

Deborah Rodrigues

Anónimo disse...

O presépio deve ter sido penhorado para pagamento das dívidas da câmara.

Anónimo disse...

A passagem do ano em Armação de Pera, consistiu este ano, numa "Caçada aos Gambozinos", organizada por D. Adelina Capelo.
Não souberam?
Foi muito fixe.

Foi convidada uma moçoila da cidade, ingénua, para ir à caça.
As pessoas das cidades, geralmente são ingénuas e, vai daí,
levaram a moçoila à caça do gambozino!
Fingiram que iam a correr atrás de qualquer coisa, e levaram a moçoila com eles atrás a acreditar que na realidade estavam a perseguir um bicho! E, depois, chegaram ao pé duma árvore, viraram-se para ela: olha ele está ali!! Não estás a vê-lo?? (apontarem pra cima) Olha, OLHA, LÁ ESTÁ ELE, VISTE, VISTE!!!!!! tens de o ir buscar, anda cá que te ajudamos!!!!
E foram buscar um escadote de madeira, e a moçoila lá trepou para cima da árvore!
: ELE ESTÁ MAIS PRA CIMA!!! OLHA, TÁ ALI!! SOBE!! SOBE MAIS QUE O APANHAS!!!!
E quando a moçoila chegou ao cimo da árvore, tiraram o escadote de madeira e fugiram!!!!

Moral da história:

Armacenenses!
Se a moçoila chegou ao cimo da árvore, com a vossa ajuda, devem tornar a por o escadote para que não se estatele, não acham?.

Anónimo disse...

Começamos bem o ano. Esperar mais e melhor não parece muito credivel, pelo menos neste concelho e pais.

Anónimo disse...

Bom ano e parabens pelo novo arranjo gráfico que é espectacular. A nossa fortaleza nunca este tão linda.

Anónimo disse...

O promotor deste blog afirmou por várias vezes que o nível da despesa pública é excessivo, mas será que ele tem a noção exacta daquilo que afirma?
Convêm perceber como chegámos a esta situação? Haverá certamente várias causas, mas vamos realçar uma: o problema da “concentração dos benefícios e diluição dos custos”. O problema é que normalmente os benefícios de uma despesa pública estão concentrados num grupo reduzido de agentes, enquanto os custos estão dispersos por um vasto grupo de contribuintes.
Explico com um exemplo. Se eu for residente em Armação de Pêra e a autarquia se propuser promover o maior fogo-de-artifício do mundo, claro que serei favorável ao projecto. É verdade que terei de pagar mais impostos para cobrir o acréscimo da despesa. Mas tratando-se de uma despesa dividida por uns milhares de contribuintes, para mim trata-se apenas de alguns de Euros. 1 Milhão de Euros já faria uma bela duma festa, e se eu for um contribuinte médio isso corresponde a um imposto adicional de 30 Euros, menos que seis maços de cigarros.
Claro que o foguetório não seria o único caso, e o contribuinte armacenense acabaria por pagar uma montanha de impostos: entre foguetórios, estádios de futebol e outros projectos de interesses especiais, no final já seria mais do que meia dúzia de euros por contribuinte.
Embora este exemplo seja apenas uma situação hipotética, o problema da concentração dos benefícios e diluição dos custos é um problema real e frequente. Nalguns casos o sistema não resolve o desequilíbrio fundamental: os beneficiários da despesa pública têm grande interesse em organizar-se como "lobby"; mas ninguém fala em nome da maioria silenciosa dos pequenos contribuintes que financiam o despesismo.
Julgo por isso acertada a decisão de não se ter gasto dinheiro em foguetórios desnecessários, fica assim o contribuinte defendido dos interesses especiais.

Anónimo disse...

am muito atento, dizendo algumas verdades parciais, monta uma leitura distorcida do problema, o que equivale ao efeito de uma mentira.

1º A despesa virtuosa em envestimento, destina-se ao desenvolvimento da economia e com ele o aumento da receita.
2º Mesmo os famosos estadios de futebol, sobre os quais muito ignorante se pronuncia, foram, com a realização do euro-2004, responsáveis por 1% do PIB, foram só em parte reduzida apoiados pelo Estado, cabendo o restante aos privados com ou sem financiamento.
3º A dinamização de despesa desta natureza em A.Pêra não teria de recair necessária e exclusivamente na CMS.
4º Por fim, prefiro sempre a despesa, ainda que de conteudo duvidoso, mas que se veja, que aquela que se esvai em processos duvidosos, em consumos sumptuários, em viagens desnecessárias, em estudos para amigos que não servem para nada, em desvios orçamentais etc. etc., porque a despesa inscrita nos orçamentos não goza do previlégio de estar acima de qualquer suspeita. A realidade já o demonstrou à exaustão, em tudo o que é orçamento neste Pais.

Anónimo disse...

Weissmuller, era bom explicar aqui a virtuosidade do investimento totalmente público que foi feito no estádio do Algarve.
Durante o euro 2004 foram realizados dois jogos e desde essa altura está às moscas, mas os custos de manutenção continuam a ser suportados pelos munícipes de Faro e Loulé.
Os contribuintes destes dois concelhos e os actuais presidentes das câmaras de Faro e Loulé não tem certamente a sua opinião.

Anónimo disse...

caro weissmuller,

os estádios de futebol do euro 2004, foram pagos em parte pelo estado, DIRECTAMENTE. Mas dessas contas nunca se saberá a verdade.

outra coisa. Valorizar o facto da construção dos estádios em 1% do PIB é argumento terceiro mundista. Se dissesse que a UTILIZAÇÃO dos estádios representava 1% do PIB todos os anos após a sua construção...

Mas como sabe, qualquer circo tem mais espectadores do que qualquer jogo no estádio do Algarve, Aveiro, Leiria, Coimbra etc.

Anónimo disse...

Snrs am muito atento e jn, os senhores pecam por um mal muito português: o curto prazo.
Ora o investimento por natureza é coisa que se faz a prazo, bem como o seu retorno.
Os estádios, só com os impostos gerados com a actividade da sua construção pagaram a parte do Estado no custo.
O PIB poderá beneficiar de novo quando se realizar o europeu de juniores que é cá, e com os estádios estamos aptos a candidatar-nos a um mundial coisa que não seria possivel sem ele. Com o que os senhores não podem realmente é com a evidência do fenómeno mais popular que existe que é o futebol. Se se esqueçessem que se calhar nunca souberam jogar futebol e que este é uma indústria do espectáculo como outra qualquer, se calhar assim, veriam o fenómenos com outros olhos. Tenho dito.

Anónimo disse...

O Snr Weissmuller ainda esqueçeu dois argumentos importantes:
1- Nunca foi contabilizado o valor da publicidade ao produto Portugal que o Europeu gerou no mundo e a facturação posterior com o turismo.
2- O estádio do Algarve é um equipamento único em dimensão que o Algarve necessita para a época estival, por exemplo para concertos, jogos amigáveis, etc etc e no inverno para as equipas do norte da europa fazerem jogos.
Se os responsáveis não são competentes para dinamizar mais eventos, desportivos ou não, o problema não é do investimento e da estrutura criada, mas dos responsáveis que não fazem dela um instrumento de receita, oferta e prestigio.

Anónimo disse...

Nem quero falar nos 66,5 milhões de euros que custou a construção do estádio do Algarve. Mas são necessários 2,8 milhões por ano para manter aquela infra-estrutura.
A empresa que o gere, não consegue arrecadar em receitas mais do que 10% do necessário, fica por isso a cargo do munícipes desses concelhos pagar a diferença, os 40 euros anuais que cada um contribui para suportar a despesa não seria mais bem aplicada em investimentos realmente reprodutivos como a educação?

Nos últimos anos só me recordo de uma vez aquele estádio ter ficado com a sua lotação praticamente esgotada, foi em 24 de Abril de 2005 quando o Glorioso jogou com o Estoril, nessa altura sim o estádio parecia uma catedral a sul.

Anónimo disse...

srs. weissmuller,

Quando se define um investimento para longo prazo, normalmente, delimita-se esse prazo e define-se um programa.
O campeonato dos juniores e uma potencial candidatura a um mundial, não poderiam estar nessas contas ou programa.
Como tal foi um mau investimento e foi negligente.

Quanto à expressão do anunciado campeonato de juniores para o PIB nacional, atribuo-lhe o mérito da previsão do ano.

Quanto à indústria do espectáclo que é o futebol, volto ao circo.
O circo não tem uma assistência do Estado à sua actividade.
E normalmente tem mais assistências do que qualquer jogo no estádio do Leiria.
Para que diabo merece o futebol a assistência do Estado?

Sobre as despesas das autarquias algarvias com as festividades e respectivo retorno, uma proposta de estudo.
Compare as contas das autarquias de Albufeira e as de Portimão.
De certeza absoluta, concluirão do seguinte. Com os mesmos meios existem autarquias que sabem fazer as coisas e outras não.
E mais. Uma delas consegue pagar a trinta dias aos seus fornecedores a outra não. Nem a cento e oitenta dias.

Quanto ao sr. tiffosi e os concertos. O último concerto realizado no estádio do algarve, teve mais desculpas para a fraca assistência, do que fregueses (e que pagaram bem)

Anónimo disse...

O que o am atento e o jn querem sei eu...

Anónimo disse...

Quanto à opinião do JN não me prenuncio mas eu quero autarcas que saibam gerir bem os seus municípios, que façam investimentos reprodutivos, não gastem o dinheiro em foguetórios e coisas que tais.

Anónimo disse...

O anónimo das 15 43 esqueceu-se de terminar a frase o que eles querem é um tacho da Isabelinha

Anónimo disse...

uma coisa é não ter papas na língua
outra coisa é ser ofensivo.

essa de que ando à procura de tacho, ainda por cima da isabelinha é ofensiva.
Para a isabelinha (mas por ela não falo) mas principlamente para mim.

agora, se falassem de uma panela...

Anónimo disse...

Quando falham os argumentos lá aparece a história do tacho. Não ligue am muito atento e jn, esta malta do reviralho são mesmo assim, quando a conversa não lhes agrada vem com essa do tacho. Falem a verdade!

Anónimo disse...

D. Adelina, os tachos estão muito tisnados, muito encardidos e já não agradam a ninguém.
Cuidado com a ASAE.
Não se esqueça do escadote, tá bem?

Anónimo disse...

A conversa estava interessante. Proponho que se volte a elevar o nivel para eu aprender alguma coisa.

Anónimo disse...

Adelinazinha, uh, uh!!

Anónimo disse...

Diz lá, querido! Tou aqui!

Anónimo disse...

Já estava preocupado, a sério, estava a ficar nervoso.
Feliz 2008

Anónimo disse...

Feliz 2008 também para ti! E quando quiseres, querido, só tens que chamar! Sou uma capelo ao teu dispor!

Anónimo disse...

Nunca imaginei que uma capelo pudesse ser tão bondosa!
Dizem que tem veneno para matar 10homens.
Estou apaixonado e vou arriscar.
Onde é a toca, querida?

Anónimo disse...

Vais ter que procurá-la, amor! Não sou uma capelo assim tão fácil. E ao contrário do que parece, não sou da família das cobras. Para a tua pesquisa dou-te uma dica: tens que me procurar perto do mar. Vivo numa linda gruta!

Anónimo disse...

Que frustração!
Nunca imaginei, mas agora compreendo a indignação dos armacenenses, quanto às posições de D.Adelina Capelo.
A Belinha bem merece apoios de gente da sua laia.
Pobre daquele que sofre há 32 anos.
Enfim, a vida tem destas coisas.

Correio para:

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