O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

domingo, 11 de maio de 2008

EXPLORAÇÃO INDECENTE

Se lhe perguntarem o que é que pode custar 1.000 contos (± 5.000,00€) por litro, não diga que não sabe!
Na verdade você cruza-se diariamente com esse precioso liquido!
Trata-se de um produto actual de grande necessidade e utilização imperiosa!
As tecnologias da informação que pretensamente chegaram para aproximar as pessoas e potenciar o seu trabalho e custos, trouxeram consigo coisas do passado.
Trouxeram incrustada a prática da exploração da procura de certos produtos, como se vivêssemos a fase mais deprimente do capitalismo selvagem.

Já não é suficiente para as marcas globais, o facto de terem o mercado global à sua disposição e, por conseguinte, uma facturação planetária.
Não se satisfazem com a fortuna incalculável que uma margem razoável que o consumo mundial e progressivo, garante.

De facto, só a lógica da exploração da necessidade, parece haver concorrido para o estabelecimento do preço ao público!

Afinal o que é que custa quase 4600€ o litro e não é nem para beber?
Resposta: TINTA DE IMPRESSORA!

Há não muito tempo atrás, as impressoras eram caras e barulhentas.
Com as impressoras a jacto de tinta, o mercado doméstico mudou, pois todos foram seduzidos pela qualidade, velocidade e facilidade dessas novas impressoras.
Mas o estado de necessidade criado pelos fabricantes foi montado de forma letal: passaram a oferecer impressoras cada vez mais baratas, e cartuchos cada vez mais caros.
Nos casos dos modelos mais baratos, o conjunto de cartuchos pode custar mais do que a própria impressora.
No limite pode acontecer ser mais compensador trocar a impressora que fazer a reposição de cartuchos.·

Mas, ainda não satisfeitos, de há uns tempos para cá, passaram a DIMINUIR a quantidade de tinta (mantendo o preço). As impressoras HP1410, 3920 que usam os cartuchos HP 21 e 22, apresentam-se com 5 miseros Mililitros de tinta!
Um Cartucho HP, com parcos 10 ml de tinta, custa 19€. O que representa 1.9€ por mililitro.

Para termos uma noção da dimensão da exploração, podemos informar que um Champagne Veuve Clicquot City Travelle, custa por mililitro 0.43€.

A Lexmark vende um cartucho para a linha de impressoras X, cartucho 26, com 5,5 ml de tinta colorida por 25€.
Se fizermos as contas: 1.000ml / 5.5ml = 181 cartuchos * 25€ = 4525€!!!4525€ por um litro de tinta colorida! Com este valor podemos comprar aproximadamente:
- 300gr de OURO;
- 3 ou 4 TVs de Plasma de 42;
- 45 impressoras que utilizam este cartucho;
- 4 notebooks;
- 8 Micros Intel com 256 MB.·
Ou seja, um assalto com à mão-de-veludo, justificado pelos algozes com
a utilidade do chavão: tecnologia de ponta! Mas quanta tecnologia de
ponta não utilizamos a preços razoáveis?
Onde estão as ASAE’s e a defesa do consumidor? A fazer contas ao número ideal de detenções, processos crime e contra ordenações que justifiquem mediaticamente que o mercado é um covil de comerciantes
-malfeitores?
Onde estão os parlamentares que alegam que o povo não reclama de nada? Que estamos a perder a capacidade de nos indignarmos?
Não foram esses senhores eleitos para representar o povo? E não será o povo a massa dos cidadãos-consumidores-utentes-contribuintes?

6 comentários:

Anónimo disse...

Belinha estás perdoada, afinal a falta de dinheiro tem a ver com os tinteiros.

Anónimo disse...

Os municípios de Lagos, Loulé, Tavira ficaram classificados entre os 23 melhores municípios, de um total de 41, candidatos a nível nacional ao projecto Eco XXI.
Este projecto adopta um modelo semelhante ao da bandeira azul (para as praias) e prevê a atribuição de uma bandeira e um certificado que comprovam a qualidade ambiental dos municípios.

As câmaras de Lagos, Loulé e Tavira receberam, assim, o galardão Eco XXI, que premeia o desempenho ambiental. Para isso, os municípios algarvios tiveram de obedecer a um conjunto de requisitos que servem de base ao cálculo do índice Eco XXI, um valor percentual que indica o desempenho ambiental do município, sendo atribuído o galardão a todas as autarquias com valor superior a 50 por cento.

Os municípios tinham obrigatoriamente de cumprir quatro indicadores primários: promoção de educação ambiental, aplicação do programa eco-escolas, qualidade da água para consumo humano e valorização de lixos.

Os restantes indicadores privilegiam, entre outras áreas, o funcionamento das instituições, conservação da natureza, ar, água, energia, resíduos, mobilidade, ruído, turismo e economia.

E SILVES tá donde?

Anónimo disse...

A obrigação de emitir factura mensal de cobrança do serviço de fornecimento de água irá implicar um aumento dos custos para os operadoras, empresas e câmaras, da ordem dos 20 milhões de euros por ano.

A estimativa de acréscimo de custos é feita pelo Instituto Regulador da Água e Resíduos (IRAR), que admite que a prazo o custo adicional será transmitido para os consumidores. A passagem para factura mensal nos serviços essenciais, que inclui a água, a electricidade e o gás natural, resulta da entrada em vigor a partir de 26 deste mês de nova legislação que elimina igualmente a cobrança de consumos mínimos ou taxa do contador.

Tal como acontece na electricidade e no gás, a maioria dos prestadores do fornecimento de água cobra o serviço com frequência bimensal. A adopção desta medida representa em média, e de acordo com as contas do IRAR, um custo directo de emissão entre os 0,8 e 1,3 euros por unidade. Partindo de um universo de referência de três milhões de clientes, facilmente se chega aos 20 milhões de euros anuais. Esta conta, que inclui impressão, envelope, processamento,e portes, entre outros, é válida para os operadores com mais de 50 mil contratos. Para os restantes, os custos são mais avultados. Alguns operadores apresentam já factura mensal, mas a maioria não o faz.

O impacto deste encargo na factura do consumidor dependerá, diz o IRAR, da opção tomada por mais de 300 entidades (empresas e autarquias) que são responsáveis pela fixação do tarifário. No entanto, o presidente do IRAR, Jaime Baptista, admite que a prazo tendencialmente esse custo passe para o cliente. É aliás o que se prevê que aconteça na factura da luz e da água, sendo que só no primeiro caso o custo acrescido está estimado em 35 milhões de euros.

Para minimizar os encargos, o IRAR recomenda o reforço do envio e cobrança de facturas pela Internet, solução que, por exemplo, a Epal já disponibilizou para Lisboa

Anónimo disse...

O reviralho tem tanta ânsia em fazer criticas à Srª Presidente, que voltou mais uma vez e relativamente à factura da água a dar tiros nos pés.
Fazer oposição e ser presidente da câmara não é para todos.

Anónimo disse...

O cidadão anda por cá para pagar e ser tratado abaixo de cão.
Quer seja ao Estado e pelo Estado, quer seja aos empresários e pelos empresários.

Anónimo disse...

Só os consumidores poderão por, um dia, termo a esta exploração indecente.
Foi útil o esclarecimento e a iniciativa de combate e consciencialização para esta (infelizmente não única) ameaça.

Correio para:

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