O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

sábado, 17 de janeiro de 2009

ENQUANTO OS CRANIOS ESTUDAM SAIDAS

NÃO SERIA BOM AGIR JÁ SOBRE O QUE ESTÁ MAL?

Noutro dia assistíamos a um programa televisivo acerca da crise e das possíveis medidas de intervenção fiscal que poderiam provocar alguns amortecedores na crise económica e financeira em Portugal.

Debate de qualidade, sereno e elevado. Participantes com experiência em várias vertentes e valências da questão. Dois ex Secretários ou Sub secretários de Estado dos assuntos fiscais, um economista e um jurista da área da fiscalidade.

Todos fizeram intervenções de qualidade, com bom suporte técnico e atendendo à exposição mediática, o seu bom nome técnico e a natureza de um programa de televisão, até nos pareceram sinceros. A cada medida que avançavam com vista a intervir na economia, dinamizando-a, o próprio ou um seu colega de programa reportava os efeitos negativos da outra face da moeda.

Foram feitas análise lúcidas e ditas verdades, mas, de facto, nenhuma delas reuniu o consenso dos presentes. Aparentemente esgotaram, embora pela rama, as saídas que a fiscalidade pode propiciar neste contexto de crise. Baixar este ou aquele imposto representava para cada um dos intervenientes a solução melhor dentro do possível, sempre visando amortecer o fenómeno do desemprego previsto.

Ficou bem patente, a segurança na inventariação exaustiva das terapias disponíveis, as quais são, para os especialistas, facilmente inventariáveis, pois não são muitas, quer a insegurança quanto aos seus efeitos.

Este programa de televisão bem poderia ser, dada a categoria dos intervenientes, uma reunião do Conselho de Ministros, a segurança na inventariação seria a mesma e a insegurança nos efeitos prováveis igualmente.

A noção de preenchimento, retirada pelo espectador, por virtude da qualidade do programa, contrastava com a noção de vazio resultante da evidente complexidade das intervenções possíveis e a debilidade dos efeitos das medidas realizáveis, na inversão do curso da crise.

Algo nos disse que a diferença apenas iria consistir na segurança fantasiosa de Sócrates, entrevistado à saída daquele Conselho de Ministros, como é seu timbre a dizer qualquer coisa, certa ou errada.

Uma ou outra das verdades porém foi retida e deve ser compartilhada.
Dizia o jurista que o Estados/os Governos, quando legislam têm sobretudo em vista a meia dúzia de empresas que conseguem ver o Terreiro do Paço, isto é as habituais EDP, GALP etc.

Que não conhecem a realidade da economia real das micro pequenas e médias empresas, que empregam mais de 70% da mão-de-obra, cujo desemprego se teme.

Pois claro, o Estado não vai promover despedimentos, as grandes empresas aguentam-se pois o mercado interno é suficiente para não promoverem desemprego de monta. Quem resta então?

A ECONOMIA REAL, PARA QUEM OS GOVERNOS NÃO LEGISLAM, PORQUE A DESCONHECEM!

Na verdade todos os que se lembram do rol de primeiros ministros desde o 1º Governo Constitucional, só três conheciam a economia real por nela intervirem profissionalmente há muitos anos: Nobre da Costa, Maria de Lurdes Pintassilgo e Pinto Balsemão. Todos os outros nunca trabalharam na economia real [se estivermos a esquecer algum, pedimos desculpa ao próprio e damos um rebuçado a quem adivinhe outro!].

Assim iremos ter o desprezo habitual pela economia real, cujo empreendorismo e eficiência são testados a sangue suor e lágrimas e demonstrado pela sua própria existência neste contexto de adversidade estrutural.

Um amigo um dia disse-nos que um pequeno empresário que vença em Portugal, venceria muito melhor e mais facilmente numa economia saudável. Com uma diferença, com a sua capacidade de trabalho e sacrifício, com muita naturalidade atingiria, para alem do sucesso óbvio, um nível económico inimaginável em Portugal.

Apesar de ser um convite expresso a abandonar de vez o pais que não sustentou os seus emigrantes apesar destes o terem sustentado a ele durante séculos, o que nos deixa sempre algum remorso, NÃO PODEMOS ESTAR MAIS DE ACORDO!

Outra noticia clara e incontestada que resultou de uma das intervenções mais qualificadas foi o facto de, em sede de IMT, a variável “VALOR DE MERCADO” na construção do valor a liquidar pela transmissão, ser UMA COISA QUE NINGUÉM SABE O QUE É; que seja o que for DEVIA REFLECTIR A QUEDA GENERALIZADA DO VALOR DO IMOBILIÁRIO A QUE TODOS ASSISTEM, dinamizando um sector fundamental da nossa economia débil, e PASME-SE dada a natureza indefinida do conceito É SEGURAMENTE INCONSTITUCIONAL, segundo foi peremptoriamente afirmado.


Na verdade, já referimos, em post anteriores, as verdadeiras atrocidades na liquidação de IMT em Silves, o qual é feito para certos imóveis por valores até 90% superiores ao valor real da transacção. Sendo que, em casos conhecidos, imóveis exactamente iguais, no mesmo edifício, continuaram e continuam por vender exactamente ao mesmo preço que em 2006.

Estamos certos que alguma coisa tem de mudar nos impostos e mais ainda na voracidade fiscal. Também sabemos que esta pescadinha-de-rabo-na-boca, tem de ser manobrada com mestria. Mas, do QUE TEMOS A CERTEZA ABSOLUTA é que o momento, ainda antes de qualquer mexida, é ABSOLUTAMENTE PROPICIO A CORRIGIR INJUSTIÇAS, quando ainda por cima podem estimular o mercado, com a oferta quase paralizada.

Para estas coisa simples, que os responsáveis deviam também pedir aos funcionários que descobrissem, como pedem que inventem receita, não precisamos de crânios especialmente dotados. Não será verdade meus Senhores? Se assim é, porque esperam para agir?

5 comentários:

Anónimo disse...

Armação de Pêra: Abordado na rua por patrulha
Detido e agredido “sem justificação”
"Sem justificação." É assim que um jovem de 28 anos diz ter sido detido e agredido por militares da GNR de Armação de Pêra, depois de abordado na rua por uma patrulha.


O caso aconteceu na tarde do dia 3, na rua Vasco da Gama, em Armação de Pêra. Bruno Lima sofreu vários ferimentos na face, cabeça e pernas. Ao que o CM apurou, um militar fracturou dois dedos de uma mão e outros dois ficaram feridos nas pernas.

A GNR alega que o jovem "se dirigiu à viatura da patrulha e tentou agredir um dos militares", o que levou à sua detenção. Segundo fonte do Comando da GNR, "o rapaz resistiu com violência à detenção e foi necessário usar a força".

Bruno Lima não esconde que resistiu à detenção, porque entendeu que "não existia motivo". Segundo o jovem, os guardas pararam o carro à sua frente e abriram a janela. "Debrucei-me sobre o carro e disse-lhes: ‘Boa-tarde’. Um deles deu-me logo uma chapada", recorda.

Depois de transportado ao posto, assegura que os militares lhe deram "socos e pontapés". Já dentro da cela e algemado, o jovem nem queria acreditar quando um dos elementos da GNR lhe apontou "uma arma" e lhe disse : "Se fosse comigo, levavas logo um tiro." Passou o fim-de-semana no posto e dois dias depois foi presente ao Tribunal de Silves. Ouvido pelo Ministério Público (MP) saiu em liberdade com Termo de Identidade e Residência. Segundo apurou o CM, o procurador que o interrogou quis saber pormenores sobre as ameaças com arma dentro do posto. O Comando da GNR diz que só avança com um inquérito interno se existir queixa no MP. Esta está a ser ponderada pela representante legal de Bruno Lima.

Anónimo disse...

GNR viola mulher

Um soldado da GNR de Armação de Pêra foi ontem condenado por um tribunal de júri, em Silves, à pena de oito anos de prisão, pela prática de 11 crimes: um de violação, um de falsificação de documento, três de coacção agravada (um na forma tentada), um de auxílio à imigração ilegal e cinco de abuso de poder.


Miguel Soares, que não conseguiu evitar as lágrimas ao conhecer a sentença, foi ainda condenado a pagar a P. P., a vítima de violação, a quantia de 15 mil euros a título de indemnização por danos de natureza não patrimonial. O tribunal deu como provado que a violação de P. P., de 36 anos, foi consumada, apesar de a vítima o ter empurrado e começado a chorar, segundo relatou.

O soldado, casado, de 34 anos, foi contudo absolvido de cinco crimes de extorsão, bem como de um de corrupção passiva, três de abuso de poder e seis de auxílio à permanência de imigrantes ilegais.

"Este foi um dia negro e uma vergonha para todos quantos estão ligados à segurança", observou a juíza Sandra Pinto, presidente do colectivo, que adiantou esperar que esta condenação seja encarada como um exemplo.

O tribunal determinou ainda a manutenção da situação de prisão preventiva em que o militar se encontra desde 25 de Julho de 2007, em Tomar, enquanto durarem os trâmites do processo – nomeadamente recurso da Defesa, que o advogado de Miguel Soares disse já ir interpor. Isto por considerar que "os factos dados como provados não correspondem ao que se passou em audiência de julgamento, nomeadamente no que toca ao crime de violação". Para Fernando Sobreira, a convicção do tribunal foi formada "apenas a partir do depoimento" de P. P. e não de provas.

Anónimo disse...

Belinha

Entendi mal ou os teus amigos empresários já não entram com o dinheiro para a recuperação da Sé?

Fizeste tanto alarido, dizendo que já tinhas arranjado uma solução para a reabilitação da Sé e agora vens com esta conversa.

Estou a ver andas tão por baixo que nem os empresários ricos do concelho consegues convencer.

2009 não vai ser bom para ti e nós munícipes vamos pagar por tabela.

Será que te vais poder candidatar a outro mandato?



Tecto da Sé de Silves ameaça ruir, obras de recuperação ainda não avançaram



Sé de Silves
Já foi sede do Episcopado do Algarve, mas agora um simples dia de chuva pode comprometer uma missa. O tecto da Sé de Silves ameaça ruir, mas as desejadas obras de recuperação teimam em não se concretizar.

Há cerca de quatro anos que a catedral - uma das mais antigas do Algarve e a única a ser construída de raiz para esse fim -, começou a dar sinais de degradação, quando uma trave de madeira caiu em plena missa.

O risco de derrocada é assumido pela paróquia e pela Câmara de Silves, que temem pela segurança de quem vai à catedral, onde já praticamente nem se realizam casamentos, por falta de condições.

Quando começaram a surgir os problemas, a paróquia decidiu restringir o livre acesso a algumas áreas da Sé, sobretudo na zona onde o tecto é de madeira, com receio de que algum devoto ou turista possa vir a ser atingido.

Um dos únicos locais "livres de perigo" é o presbitério, um corredor lateral cuja cobertura é de pedra e não de madeira, pois o principal problema é o mau estado do tecto de madeira, que apodreceu e ameaça ruir.

"É uma má imagem para o turismo do Algarve", resume Isabel Soares, presidente da Câmara de Silves, que tem alertado várias entidades para a urgência em promover obras de recuperação na Sé, até o Presidente da República.

Em declarações à Lusa, a autarca lembrou que Silves é o segundo local mais visitado no Algarve pelos turistas, depois da Fortaleza de Sagres, sendo a Sé e o Castelo os principais trunfos turísticos de uma cidade sem praia.

"O castelo recebe cerca de 250 mil visitantes por ano, o que significa que a Sé é visitada pelo mesmo número de pessoas", refere, lamentando que seja quase deixado "ao abandono" um monumento daquela imponência.

O Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR) de Faro chegou a elaborar em 2006 um relatório que apontava para a necessidade de uma intervenção urgente na catedral e estimava em 370 mil euros os custos das obras.

Contudo, até agora, não há qualquer tipo de intervenção prevista, apesar dos esforços da autarquia, do padre e da própria comunidade, que já se uniu para angariar dinheiro para a recuperação.

O processo de recuperação da Sé de Silves está a ser liderado pela Direcção Regional de Cultura do Algarve, mas segundo Isabel Soares, tanto quanto se sabe "ainda nada está a ser feito" para que o monumento seja recuperado.

"Consta que a Caixa Geral de Depósitos manifestou a possibilidade de afectação de uma verba", revelou a presidente da autarquia, que diz que a Câmara também vai atribuir uma verba de 40 mil euros.

Em declarações à Lusa, o delegado regional da Cultura no Algarve Gonçalo Couceiro disse preferir aguardar que haja alguma decisão final sobre a atribuição de verbas para a obra para se pronunciar.

Anónimo disse...

Com tantos tachos para os primos e os afilhados, que por mérito próprio a esta hora fariam parte das estatísticas dos desempregados, a Câmara Municipal de Silves só disponibiliza uma verba de 40.000 mil euros!!! Dou por mim a pensar que somos ainda mais retardados do que em África e ainda temos o privilégio de sugar e desbaratar o dinheiro dos contribuintes europeus!!

Anónimo disse...

A GNR de Armação de Pêra é um exemplo para todos nós!!! Já nada me espanta, pois há uns meses atrás queriam me deter só porque estava a conduzir com carta de condução, mas sem o bilhete de identidade! Queriam me deter, ainda me ameaçaram, e só faltava proporem a minha prisão preventiva!!!

Das duas uma, ou a falta de formação é tremenda, e temos de ter pena deles, porque os superiores canalizam o dinheiro para os seus ordenados, ou senão é porque existe um grave e perturbante abuso de autoridade, que tem de ser severamente castigado...

Correio para:

Armação de Pêra em Revista

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