O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

domingo, 9 de dezembro de 2007

SILVES NA CORRIDA PARA SECAR O MEXILHÃO



O gráfico representa o crescimento exponencial do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) arrecado pelo Município de Silves nos últimos três anos.
Um dos objectivos da reforma do património era permitir uma maior harmonização entre os prédios velhos e novos e uma maior equidade fiscal, não se pretendia, alegadamente, que as câmaras viessem a arrecadar mais receita, mas ao fim de dois anos o que se verifica é que as câmaras arrecadam cada vez mais receitas e os cidadãos-contribuintes mais despesa.
Nesta frágil economia os únicos gráficos com evoluções desta natureza são os da cobrança de impostos.

Hoje, em tempos de profunda crise orçamental, a pressão excessiva da cobrança, tem sido habilmente instrumentalizada – quer pelo governo quer pelos sindicatos- no sentido de sustentar a opacidade da verdade, remetendo a solução do défice para a receita, e reelegendo, dos escombros, os autos de fé, tão facilmente ressuscitáveis neste pais tão profundamente moldado pela inquisição, precisamente na área de competência do Estado – a cobrança fiscal – onde a conflitualidade potencial do “jus imperi” com os direitos dos cidadãos é mais perene e, actualmente em desmesurado e conclusivo crescendo.

Sintomàticamente, o recurso aos tribunais fiscais, para defesa dos contribuintes face à voracidade da administração fiscal, tem “premiado” as “vitimas” daquela com, significativos, sessenta por cento de decisões favoráveis.
Mas se os excessos que chegam a Tribunal têm este resultado favorável aos contribuintes, o mesmo não se passa na grande maioria dos excessos, que muitas vezes ou “não têm dimensão” económica que justifique aos cidadãos o exercicio judicial dos seus direitos, ou ficam estes precludidos por insuficiência económica daqueles. O estudo da Provedoria de Justiça que incidiu sobre o funcionamento da DGCI, revela a todos, em Novembro de 2007, o que muitos já sabiam há alguns anos: os direitos dos cidadãos-contribuintes são abusados sem parcimónia, e sem qualquer má consciência oficial, pùblicamente reconhecida. Com excepção de um ou outro ex governante, como Manuela Ferreira Leite, curiosamente aquela que “industrialisou” esta actividade trilhante, ou alguns comentadores económicos que andaram distraidos, divagando sobre a economia virtual, durante toda esta conjuntura, até ao estudo da Provedoria cuja oportuna iniciativa e publicação confirmam o crédito de que esta instituição é merecedora.
Entretanto, a Senhora Presidente da Edilidade Silvense, profissionaliza o tratamento da sua imagem pública. Podera! ela lá sabe o que faz para a deteriorar e das reparações que carece.

26 comentários:

Anónimo disse...

Carneiro Jacinto andas tão embevecido em fazer política na blogosfera que até já inventas a necessidade da contratação duma empresa de comunicação para tratar da imagem da Senhora Presidente da Câmara de Silves na realidade virtual, para contrapor às opiniões expressas em quadro blogues.
Há quem diga que os blogues são todos teus ou por ti financiados, bem tentas “agitar as águas”, mas o Arade está assoreado à espera das obras prometidas pelos teus “amigos” do Governo.
CJ não entendes que esta coisa da blogosfera é tudo virtual, a maioria dos eleitores nem sabem o que é a Net e muito menos esta coisa da blogosfera.
A “audiência” dos blogues não enche uma camioneta de carreira.
Cai em ti CJ, a politica faz-se no terreno aqui em Silves e não sentado num cadeirão ou à mesa de um restaurante em Lisboa.
Arranja melhores informadores dentro da câmara, pois aquele que tens é um totó.

Anónimo disse...

Dois reparos.

Os dados do gráfico representam um período em que ocorreram duas coisas. A primeira é a da actualização das avaliações e registos (que ainda decorre, pelo que não me surpreende que esse gráfico continue a subir mais uns anos). A segunda é o poder informativo que as novas tecnologias têm permitido à adminsitração pública.

O problema é outro.
O retorno desse esforço na vida do contribuinte não é compensador. Não é percepcionado pelas acções nem pelas atitudes dos seus governantes.

Quanto ao caso da presidente da edilidade em necessitar de tratamento de imagem só há uma coisa a fazer. Esperar para ver.
Só posso desejar que a ajude, para bem das pessoas do concelho de Silves.

Quanto aos silvenses atentos, não duvido da atenção. Mas duvido do discernimento e capacidade de interpretação.

Anónimo disse...

Esqueci o assunto do Arade.

A ideia romântica da navegabilidade até à Cidade de Sives agrada-me.

Mas de certeza absoluta que não é a peça fundamental para a melhoria da qualidade de vida da cidade de Silves.

Por enquanto parece um luxo ou extravagância, que não se pode comprar.

Não era melhor guardar a ideia e sua virtude e trabalhar para que um dia isso seja possível, do que pura e simplesmente exigi-la a qualquer custo?

Anónimo disse...

Aumenta os impostos no Concelho.
Resposta do especialista em demagogia contratado pela presidenta a peso de ouro.
A culpa é do Carneiro Jacinto!!!!
Não há pachorra para isto!

Anónimo disse...

Drª Isabel Soares
A origem da mentira está na imagem idealizada que temos de nós próprios e que desejamos impor aos outros

Anónimo disse...

Resposta ao comentário de Jn sobre a administração pública

Jn refere que prefere ser atendido como cidadão pela administração pública e não como um cliente sujeito a qualquer técnica de marketing.

Estou em parte de acordo com a sua afirmação, mas não posso considerar a burocracia como um mal necessário, nem posso concordar por exemplo que a conservatória do registo predial de Silves, leve meses para fazer um registo.

A economia dum país não pode estar dependente destas “burocracias”, que na maior parte das vezes não acrescenta nada ao processo.

Anónimo disse...

AM muito atento.
Repito que a burocracia é um mal necessário. Que não aprecio.
O caso que refere é um inconveniente. Que não é inédito.
Mas, suponho que terá reclamado e denunciado às autoridades competentes.
É que só há uma coisa a fazer com os maus exemplos. Corrigi-los. Ou obrigar a corrigi-los.

Anónimo disse...

O problema se me permitem não é um nem outro. O problema é que a "ganância" no crescimento da receita e a voracidade da cobrança, não têm correspondência na exuberância da despesa (a obra , o investimento, a economia públicas)(paga-se demais para a contrpartida que o estado dá) e a burocracia permanece mantendo o serviço público terceiromundista para impostos próximos dos suecos, dinamarqueses, alemães.
Somos realmente uma economia marroquina, com leis alemãs, agora aplicadas por funcionários que se pretendem suecos.
Assim não vamos lá. Ou pior, vamos com o assassinato da classe média, os pobres na mesma e os ricos na mesma.

Anónimo disse...

Mais vale rico e com saúde do que pobre e doente ... Tenho dito!

Anónimo disse...

que lhe faça bom proveito. Acho é que se enganou na morada!

Anónimo disse...

Anomio nã cohece Marroc.
Economia nã diferent da Europ.
Arab not stupid

Anónimo disse...

A Dr.ª Isabel Soares, demonstrou mais uma vez a sua grande capacidade para resolver os problemas do concelho. Sem grandes alaridos e confusões resolveu a contendo dos moradores de Vale Fuzeiros, o traçado da linha de muito alta tensão.
O nosso concelho vê mais uma vez o problema resolvido sobre a liderança de uma grande mulher e presidente.
Deixem-na trabalhar!

Anónimo disse...

Afinal as amizades do candidato só servia para enterrar o povo de Vale Fuzeiros.

Anónimo disse...

"Cortem tudo o que diz a Adelina! Cortem tudo o que diz a Adelina!"

Anónimo disse...

Para quem não leu o Correio da Manhã.

E calar a boca a quem diz mal da Drª. Isabel Soares.

Segundo revelou ao CM a presidente da autarquia silvense, Isabel Soares, a intervenção estende-se desde o Barranco do Olival até à Lota. O concurso público será lançado em Janeiro. As obras poderiam iniciar-se “antes do próximo Verão, mas, para a evitar transtornos durante a época turística, só deverão arrancar em meados de Setembro.”

Os trabalhos irão demorar “nove meses”, pelo que a autarca espera que a intervenção esteja concluída “até ao Verão de 2009.”

A requalificação da frente de mar implicará a substituição das redes de água, esgotos e iluminação pública, bem como a instalação de novo mobiliário urbano e o arranjo paisagístico. As arribas e a parte da praia serão iluminadas.

O projecto contempla ainda o antigo casino (um dos edifícios mais conhecidos da vila, situado junto à praia). O imóvel será transformado em espaço cultural, com biblioteca e um pequeno auditório. Terá ainda um restaurante.

A zona do mini-golfe será destinada a jardim e espaço de lazer, com um apoio de cafetaria. A praça de táxis será deslocada para outra zona daquela estância turística.

A Câmara irá, entretanto, tentar que o Ministério da Administração Interna ceda o edifício onde, até ao final do ano passado, funcionou o Posto da GNR, no interior da Fortaleza. No referido imóvel está previsto a instalação do chamado Museu do Mar.

A pedonalização da frente de mar – o acesso automóvel ficará reservado a residentes, veículos de emergência e de cargas e descargas – fará com que o trânsito tenha de processar-se pela Via Dorsal

Anónimo disse...

Ena, tanta coisa bonita.
E quem paga, se a Câmara não tem vintém?
Já agora diga onde vai reabrir a Ali, tia adelina.

Anónimo disse...

Mas, então, tudo isso não foi já divulgado pela mesma pessoa há alguns anos e, entretanto, nada fez?
Chega de folclore.
Os Armacenenses já sabem o que a casa gasta e desta vez a Belinha vai pagar a factura em dívida.
DONA ADELINA todos sabemos que vamos ter eleições, não é necessário que nos venham lembrar com promessas vãs.

Anónimo disse...

Chegam as eleições, lembram-se de prometer fazer novamente aquilo que já tinham anteriormente prometido fazer e que não fizeram... Basta de tomar os Armacenences por estúpidos...

Anónimo disse...

Só se pode concluir que a D. Adelina Capelo é:
1- leitora assídua do Correio da Manhã, para encontrar as notícias do concelho, pela sua raridade;
2- gosta de obras públicas no concelho;
3- gosta da dra. Isabel Soares, pelas suas qualidades;
4- não gosta que critiquem a actuação da dra. Isabel Soares, pelas suas acções;
5- e concorda que a actuação da dra. Isabel Soares, não merece qualquer crítica. Que é perfeita.

Em resumo, a D. Adelina Capelo está contente com a vida que conhece, no concelho de Silves.
Concelho de Silves, que é caracterizado pela estagnação e declínio da vida (comercial, cultural e económica)na cidade de Silves; pelo caso urbano que é Armação de Pera (que só mereceu atenção a partir das críticas de um veraneante famoso); pela deficiente acção social num concelho com casos dramáticos; pelo declinio das suas actividades económicas e agrícolas.
É possível e necessário (urgente) fazer melhor D. Adelina Capelo.
E é preciso ouvir, discutir, analisar e interpretar a população do concelho de Silves.

Anónimo disse...

O Jn tem razão é preciso interpretar a população do concelho de Silves e isso faz muito bem a Dr.ª Isabel Soares.

E essa população reconhecida tem lhe dado a sua confiança nas urnas.

Em 2009 cá estamos para ver.

Anónimo disse...

D. Adelina Capelo,
Das suas capacidades de interpretação, estou esclarecido.
Das da dra. Isabel Soares também, mas há mais tempo.
Mas, governar não é ser eleito.

Anónimo disse...

Jn
Mas em Portugal para governar é necessário ser-se eleito.

A vontade e as ideias podem ser muitas mas quem manda é o povo quando expresa a sua vontade nas urnas.

Felismente Portugal não é um país comunista como a Correia do Norte, Cuba ou China.

Nesses países os governantes tem em conta mais a bala do que o voto popular.

Cá por por este cantinho já passamos pelo mesmo, e olhe não gostei nada, prefiro esta democracia com todos os defeitos que ela possa ter.

Anónimo disse...

Eu disse, governar não é ser eleito, porque os resultados das eleições aceitam-se.
As governações e seus actos, aceitam-se, ou não se aceitam, conforme sejam justas ou não.
Percebe?

Todos os dias a administração pública, decide da nossa vida. Todos os dias, temos que reagir.
Votar nunca foi, dar carta e cheque em branco a ninguém.
É nomear um gestor para uma coisa comum.
É assim tipo, decidir o administrador do condomínio.

O mal é o pessoal faltar às reuniões de condomínio.

Anónimo disse...

Meu caro JN, não vale a pena perder tempo a dar explicações à D. Adelina Capelo, melhor, ao fantoche do Regime Soarista, nem ao AM MUITO ATENTO, porque essas pessoas só entendem aquilo que lhes interessa e aquilo que lhes interessa nada tem a ver com o interesse público e o bem comum dos munícipes do nosso município...

Anónimo disse...

Robespierre
A verdade é como o azeite vem sempre ao de cima.
Por muito que não queiram o caminho está traçado, este concelho vai continuar a desenvolver-se.
Jn
Como diz o am muito atento ainda existe uma minoria que não se adaptou a viver em democracia, preferem um Fidel ou um Kim Jong, só eles são os donos da verdade, por vontade desta gente calávamo-nos e só eles é que podiam falar.
Jn não se iniba expresse a sua opinião, que eu como Armacenenses e democrata expressarei a minha sempre defendendo o bem comum dos munícipes desta freguesia e deste concelho.

Anónimo disse...

Caro Robespierre, obrigado pela sua preocupação com o meu tempo.
Mas sabe, comentários num blogue, não são mais do que exercício de tempo livre.

Quanto à D. Adelina Capelo, lamento informá-la, mas o seu teste deu positivo.
Contacte o seu médico de família.
Ele tem novidades para si.
Novidades. Porque, soluções ainda não existem para casos como o seu.
Provavelmente, só daqui a duas ou três gerações.

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