CRENTES QUE A REALIDADE DO Concelho carece de análise, discussão e sobretudo de politicas que extravasem o folclore e os fontanários, propomos hoje, a propósito do emprego, uma abordagem liminar aos últimos números oficiais.
Foram recentemente publicadas as estatísticas relativas ao desemprego registado em Portugal e verificamos que a taxa de desemprego voltou a subir em contra ciclo com o crescimento económico (???).
O concelho de Silves não é excepção à regra, mantendo-se contudo a oferta de emprego. Que concluir? Existindo oferta de emprego e desemprego, ou as competências exigidas são elevadas e o mercado de trabalho não pode atender a esta procura ou os postos de trabalho oferecidos não vão ao encontro das expectativas dos trabalhadores.
E, nestas circunstâncias, será que a taxa de desemprego poderá sofrer um recuo?
SE ATENDERMOS A QUE QUASE 78% da população inscrita no centro de emprego e residente no concelho de Silves e tem menos que o 9º ano, a taxa não vai certamente descer, mas muito provavelmente tenderá a subir. Porquê?
Porque a realidade informa-nos que 50% dos estudantes que entram no mercado de trabalho, chegam de cursos onde o emprego escasseia.
Aqui, mesmo os desempregados com cursos superiores são da área de letras. Liderados por direito e ciências sociais, com 30% dos estudantes, seguido pelos professores com mais 20%.
Por outro lado, a empresa PME típica portuguesa, a grande empregadora nacional, vivendo num mercado em recessão, não sentirá particular apetite por um Conselho onde não estão criadas quaisquer condições de atractividade.
Das outra empresas, PME’s ou não, que pretendam competir no mercado global, nem vale a pena falar pois estas, para além de incentivos, necessitam de pessoas com um conjunto de competências alargadas, que estes trabalhadores não tem.
ESTE CONCELHO NÃO TEM UMA ESTRATÉGIA clara para o seu desenvolvimento, o crescimento tem sido feito à custa da indústria da construção civil e em algum turismo de baixa qualidade centrado essencialmente na freguesia de Armação de Pêra. A pouca indústria existente represente muito pouco no bolo da riqueza que é gerada no concelho de Silves.
O Algarve em geral e o concelho de Silves em particular podem e devem aproveitar as suas condições naturais para atrair empresas de serviços e de alta tecnologia que consigam competir num mercado global.
Mas, neste caso, os empregos que serão criados serão dirigidos a pessoas que devem ter competências nas áreas das ciências e da engenharias. Se queremos que neste concelho se instalem empresas que possam vir a concorrer no mercado global a estrutura da oferta de pessoas aptas para o trabalho deve mudar.
POR ISSO A ADMINISTRAÇÃO AUTÁRQUICA, nos limites das suas competências, deve tornar este concelho competitivo, criando as condições físicas e incentivos fiscais mais favoráveis para atrair os mais aptos e assim transformar este concelho numa terra de futuro.
Mas os desempregados com baixas qualificações e com fracas competências não podem ser abandonados, nem as empresas que não estão em competição global. Uma rede para o emprego e formação profissional deve ser posta em prática, congregando, governo, autarquias, associações empresariais, para formar estas pessoas em áreas onde realmente haja necessidade.
A QUEM COMPETIRÁ REFLECTIR E ENCONTRAR caminhos para o alargamento do mercado local e a solução desta e doutras questões de idêntica natureza?
AO GOVERNO CENTRAL? Será que o Governo central conhece melhor a realidade local? Se sim, para que queremos um órgão de poder local? Para acrescerem no orçamento da despesa a converter em mais impostos?
Qual o papel dos partidos e ou dos candidatos independentes à gestão autárquica? Não terão de conhecer e reflectir sobre as realidades do Concelho e darem-nos a conhecer as suas posições?
ATÉ QUANDO pensarão que se podem candidatar e vencer eleições, mantendo as caras alegres e as cabeças vazias?
ATÉ QUANDO aceitaremos participar em actos de elevado valor cívico e sem qualquer conteúdo político real?
O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.
domingo, 20 de maio de 2007
Ser ou não ser candidato a melhorar realmente, eis a questão (II
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Eleições Autárquicas,
politica municipal
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13 comentários:
Uns distribuem beijos e abraços pelo povo, prometendo, prometendo, sabendo que não vão poder cumprir só para se manterem à tona de água.
Outros fingem fazer oposição tentando agradar ao controleiro do governo na tentativa de arranjarem mais um tacho a condizer.
Alguns delician-se com a fofoquice camarária com os seus comentários lamechas na blogosfera.
Terá este concelho futuro?
Será que existe ideias e liderança capaz de mudar as coisas?
Será que não teria sentido criar um parque industrial e/ou um centro de empresas, com condições atrativas para que se instalem micro e pequenas empresas no concelho?
Neste concelho que tem turismo e não se encontra ninguém para fazer uma pequena reparação ou outra assistência?
Continuam a querer que as PME's se instalem e progridam e o mercado pede rendas exorbitantes que inibem a iniciativa aos jovens empresários e até a outros que teriam que fazer se tivessem condições de mercado para se instalarem?
E a Câmara quer resolver alguma coisa na economia real?Contribuir para o desenvolvimento de uma população que não está nos choques tecnologicos, verdadeiramente a maioria?
Para isto é que os leasings devem servir, se não existirem outros meios.
Concordo com algumas das ideias expressas no seu post e comentários aqui expressos.
Acho uma boa ideia a implementação duma rede para o emprego e formação no concelho de Silves,já trabalhei num país europeu nesta área e verifiquei que pondo as instituições a trabalharem em conjunto se obtem melhores resultados.
Com objectivos claros, metas quantificadas, liderança e avaliações bem feitas estes 78 % de desempregados teriam outra hipóteses e nós certamente não tinhamos de contribuir para os seus subsídios de desemprego ou de inserção social.
Um dos objectivos para a rede seria a requalificação desses desempregados dando-lhes competências em áreas como canalizador, electricista, pedreiro, jardineiro etc, mas também uma componente muito forte de empreendorismo, para que quando terminassem a sua formação podessem criar os seu negócio.
As autarquias podiam apoiar cedendo pequenos espaços para a instalação das empresas, cobrando rendas simbólicas até que o negócio se implantasse.
Se os desempregados que estão inscritos no desemprego não estivessem a receber um subsidio já tinham arranjado um trabalho.
Em Armação não falta trabalho, vejam quantos cafés e restaurantes estão à procura de empregados e quantos aparecem para ocupar esses lugares.
Não fossem os brasileiros e os imigrantes do Leste alguns de nós já tinham fechado as portas por falta de quem queira trabalhar.
Sr.ª Adelina
A Srª escreve duma maneira que até parece que quem está desempregado é porque quer.
Só espero que nunca lhe bata à porta uma desgraça como esta.
O PODER CLIENTELAR
É um irritante lugar comum dizer que a tragédia e a comédia andam na História de braço dado, mas a verdade é que o rebuliço gerado desde a suspensão de um funcionário da Câmara Municipal de Silves pela Presidente Isabel Soares, em Julho passado, por alegadas irregularidades cometidas em obras na área de actuação desse funcionário é um exuberante exemplo.
Espantar-se-á muita gente que eu tenha algo a dizer a propósito do caso que, ultimamente faz recair sobre o Concelho de Silves uma curiosidade inusitada, infelizmente pelas piores razões menos desejáveis. Mas devo começar por esclarecer que, nada me motiva a pronunciar-me sobre o caso que agora é propalado pela imprensa regional e nacional, bem pelo contrário. Quanto a mim, mais importante que tentar apurar a verdade – que a nenhum Silvense escapa -, é a necessidade de fazer um juízo político sobre uma situação que, por ser comum à maioria dos concelhos portugueses, representa a evolução negativa, em curso há muitos anos, das condições do exercício do poder local. A relação crescentemente clientelar estabelecida desde 1997, entre o sistema de poder construído na autarquia silvense e um conjunto cada vez mais largo de forças vivas, e não só, colocadas na sua dependência, acabou por perverter os mecanismos normais da representação democrática e assegurar a Isabel Soares uma espécie de blindagem contra qualquer alteração eleitoral. Criou ainda um caldo de cultura em que foram crescendo os sentimentos de impunidade , e até de prepotência, onde predomina, nos actos da administração, uma opacidade propícia ás suspeitas do tipo daquelas que estão hoje em causa e que no mínimo deveriam merecer grande atenção por parte do novo PGR e especialmente, por parte do «Padrinho» Presidente da República, após o que disse sobre a matéria , no dia 5 de Outubro.
Mas como ia dizendo, o caminho para chegar aí foi associável a uma prática política em que a venalidade dos processos, que facilmente deparou com condescendência e com cedências calculistas, degenerou e resvalou para processos com configuração de corrupção política, em que as diversas forças e outros se deixaram comprometer. Foi o primeiro passo a partir do qual foi muito difícil encontrar vontades, para propor, quanto mais conseguir, a inversão da marcha. O processo foi progressivo, até mesmo «suave», em direcção a um falso unanimismo feito de silêncios e de isolamento das resistências. Saliente-se que este risco, em que incorre o poder local silvense por se ter instalado um clima político de demasiada facilidade, não é alheio ao caso hoje muito badalado e a outros casos.
Silves é um concelho que até conheceu alternância autárquica. Nunca ninguém havia conseguido três mandatos seguidos e essa não é habitualmente uma situação de efeitos perversos. De resto, desde que o PIS ( Partido de Isabel Soares) venceu à justa as primeiras eleições, há 9 anos, as forças à sua esquerda conferiram-lhe sempre margem de manobra para se consolidar e se transformar repetidamente em vencedora. A circunstância, comum aliás a muitas situações similares, de ser no interior do partido do poder que se exerce a maior parte das ambições locais funcionou também aqui como factor de crescimento, «despolitização» e «despartidarização» do PSD local.
Quando a actual titular do cargo de Presidente alcançou a primeira vitória em 1997 iniciou a fase da passagem à maioria absoluta secundarizando progressivamente o papel do seu próprio partido o que acabou por significar a busca deliberada de um clima de unanimidade em torno da sua figura e do seu poder.
Entre a Oposição e o Poder dominante, de Isabel Soares, parece que se desenvolveu de resto um sintomático processo de osmose, com apoios a um poder cada vez mais forte e uma ideia de que as fronteiras partidárias se apagavam em face de uma nova maneira de liderar o concelho. Estava cumprido um ciclo, que não é caso único nas autarquias mas que raramente acaba bem. A partir desse ponto começaram os estragos conhecidos: um menosprezo aberto pelas oposições, a exasperação progressiva dos excluídos, os conflitos despidos de ideias alternativas e as acusações sistemáticas de abusos de poder e de suspeitas de corrupção. O paroxismo de há muito insustentável deste conflito difícil de imaginar, no actual figurino, um recuo para uma situação de normal convivência democrática.
Mas as situações aparentemente sem saída são por vezes as que nos obrigam ao encontro dos sinais de esperança.
Sr.ª Adelina
O Papai do céu na hora de fazer você se esqueceu de algo
Botou muita maldade no seu coração
Mas a sua falta de humildade fez chamar minha atenção
A partir de hoje vou estar colado em você
O citador tem razão, mas a razão não lhe dá audição.
Venha um post com fofocas da Câmara e quer vê-los a botar lérias.
Isto é como nas revitas cor de rosa a malta quer é foguetório e mal dizer.
O citador parece ter informação sobre a politica do concelho a avaliar pela análise feita.
O Concelho precisa de gente assim, aliás com a gente deste blog.
Parabens a todos esses de quem devemos esperar mais, permitam-me o "abuso". Caso contrário, sempre úteis, não contribuirão para melhorar as coisa como o titulo do post, muito bem, parece querer sugerir.
Não tenho já idade para batalhas destas senão através do voto, mas acho que quem pensa e participa pode e deve candadatar-se a melhorar.
Não tenho opinião sobre o Carneiro Jacinto, mas considero que sendo pessoa arejada e doutras experiências menos provinciana, sendo de Silves, poderá personificar uma esperança de outras competências, apoios nacionais e preocupações menos aldeãs.
Juntem-se as boas vontades e faça-se melhor.È uma sugestão e, porque não dizer, um pedido.
Querem todos tacho.
Muita conversa, muito dizer mal, mas obras e projectos ficam com a Dr.ª Isabel Soares. Que se Deus quiser vai lá ficar mais um mandato.
Sr.Armandinho ou lá o que é tenha dó.
Adelina Canpelo
OBRAS ? PERGUNTO : QUAIS? Faça o favor de enumerar as obras de Isabel Soares?
Só tem que escolher a freguesia!
Adelina Capelo escolho
3 freguesias
Tunes, São Marcos da Serra e são Bartolomeu de Messines.
Obras ? Quais?
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