O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Manuel Delfino Ribeiro:A devida homenagem da Vila a um Presidente exemplar, mandatário de excelência!

Maio de 1974:Tomada de Posse da Comissão Administrativa da Junta de Freguesia de Armação de Pêra. À esquerda Manuel Delfino Ribeiro, assinando o termo de posse, Luis Ricardo. Junto a Luis Ricardo:Abilio Leote Ribeiro.

Em Dezembro de 1976 realizavam-se em democracia plena, as primeiras eleições autárquicas em Armação de Pêra.

Em resultado do escrutínio sairiam eleitos, como primeiro Presidente da Junta de Freguesia democraticamente eleita em Armação de Pêra, o Snr. Manuel Delfino Ribeiro, como tesoureiro o Snr. Abílio Leote Ribeiro e como secretário o Snr. Rui de Sousa Vilanova.

Pouco tempo depois de tomar posse, o Presidente, Manuel Delfino Ribeiro, filho da terra e homem enraizado profundamente na actividade do comércio do pescado, em cuja actividade atingiu notoriedade nacional, interpretando fielmente as justas aspirações da população que dependia da pesca, determinou-se com entusiasmo em promover a satisfação de algumas necessidades elementares da população.

O tempo era de acção e o Presidente era um empreendedor, generoso e voluntarista.
A premência de certas carências não se compadecia com aturadas reflexões e muito menos com os ditames da burocracia que, embora abalada, sobreviveu à mudança virando a casaca para as cores
democráticas.

Empreendeu assim, logo desde a Comissão Administrativa a que presidiu, entre outras realiz
ações, a construção de um edifício digno, esse sim definitivo, para a instalação da Lota de Pesca.

A justeza dos propósitos, a premência da sua determinação em satisfazê-los, a capacidade de realização, a vontade indómita que o compeliu ao ponto de financiar a própria construção do edifício, fizeram o resto.

E, se é certo que veio, mais tarde, a reaver os custos suportados, é sobretudo certo que todos nós sabemos que estamos a falar de uma atitude impar, a um nível sem qualquer paralelo conhecido na história desta terra.


A Armação de Pêra real, de sempre, não a Armação “de ninguém” do cosmopolitismo turístico, devedora ao homem, de uma homenagem à altura do singular exemplo de abnegação, realização, generosidade e modelo de autarca em democracia, cumpriu, no passado dia 10 do corrente, dia do 78º aniversário da freguesia, este dever, “imortalizando” o homem e o exemplo com a atribuição do seu nome a uma rua da Vila.


Singela homenagem da terra que, apesar da justiça da mesma ainda em vida, lhe continuará a dever e sobretudo ao exemplo que constituiu, a obrigação da memória futura.


Digna de registo é assim a iniciativa da Assembleia da Freguesia de Armação de Pêra que deu cumprimento à proposta – aprovada por unanimidade – de homenagear justamente o cidadão armacenense: Manuel Delfino Ribeiro, primeiro presidente da Junta de Freguesia, eleito em democracia.


A homenagem só pecou pela falta de precisão no nome do homenageado: Delfino, não Delfin!


A presença no acto do executivo da Junta de Freguesia e da direcção da Associação de Pescadores, é elucidativa sobre a natureza consensual da justa homenagem!

1 comentário:

Anónimo disse...

Como é possível fazerem uma homenagem e nem o nome sabem escrever na toponímica.

Correio para:

Armação de Pêra em Revista

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