O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.
sábado, 30 de janeiro de 2016
sexta-feira, 29 de janeiro de 2016
Ou mentiu a Bruxelas. Ou mentiu aos portugueses
O debate parlamentar desta manhã ficou marcado pelas acusações da direita à pouca confiabilidade das linhas orientadoras do Orçamento do Estado para 2016, ancoradas na carta da Comissão Europeia ao Governo a pedir mais explicações, na avaliação da UTAO e nas sempre muito isentas análises das agências de rating. Mas para quem foi buscar lã, Passos Coelho saiu tosquiado, com a sua ausência de resposta à acusação de que garantiu a Bruxelas que os cortes nos salários e a sobretaxa do IRC eram definitivos – ao contrário do que nos disse a nós, portugueses.
Não é que não desconfiássemos ou não soubéssemos mesmo. Sempre que o ex-primeiro-ministro, Passos Coelho, aparecia com o seu ar seráfico a anunciar mais um corte salarial dos funcionários públicos, mais uma redução das pensões, mais uma sobrecarga fiscal ou outro ónus da mesma jaez, dizia-nos sempre, para nos sossegar os espíritos, que se tratavam de medidas provisórias. Tudo era provisório. Os cortes salariais seriam devolvidos – mas a sua devolução foi sempre empurrada com a barriga para datas posteriores às que foram sendo anunciadas. Os cortes nas reformas seriam corrigidos – mas sempre num amanhã que não chegava. E o “enorme” aumento de impostos que Vítor Gaspar lançou sobre os portugueses também seria revertido logo que as condições o permitissem – condições que nunca o permitiram.
Não é, pois, que não desconfiássemos. Qualquer economista de meia tigela percebe que os grandes cortes de despesa pública de que o anterior Governo tanto se orgulha concentram-se, no essencial, em cortes de salários e de pensões que foram sempre anunciados como provisórios. E a melhoria das contas públicas assentou em grande parte na subida substancial da receita fiscal, também ela anunciada como provisória.
A margem é estreita? É. O orçamento tem vários riscos? Tem. Mas talvez seja bom lembrar que nos quatro orçamentos elaborados por PSD e CDS houve oito (repito: oito!) orçamentos retificativos e Bruxelas teve sempre de puxar para cima as metas acordadas para o défice e ignorar mesmo a descida exigida de meio ponto anual no défice estrutural. Porque é que devemos acreditar mais na fiabilidade dos orçamentos de Passos e Portas do que no de António Costa e Mário Centeno?
O que nós não sabíamos é que Passos Coelho e Maria Luís Albuquerque deram a entender ou garantiram mesmo aos seus pares na Comissão Europeia e no Eurogrupo que os cortes seriam definitivos, assim como a subida dos impostos. É claro que os importantes senhores da Comissão e do Eurogrupo, sempre tão atentos quando as coisas não lhes agradam, não se preocuparam minimamente em saber se o que Passos e Maria Luís diziam externamente coincidia com o que garantiam internamente. Ou se souberam não se importaram nada com a duplicidade do discurso. Como eles sobejamente sabem, os portugueses são um povo manso e de brandos costumes que aceitou de mão estendida e cerviz dobrada o brutal ajustamento que lhes foi imposto durante quatro anos, baseado em erros económicos grosseiros, cálculos financeiros mal feitos, desigualdade de tratamento com outros países como sobejamente demonstra o recente relatório de avaliação do ajustamento por parte do Tribunal de Contas Europeu.
Agora, que o atual Governo quer cumprir uma promessa do anterior, a par daquilo que está no seu próprio programa, aqui d’El-Rey, que o orçamento não é sustentável, que há demasiado otimista, que as hipóteses em que assenta não são realistas e por aí fora. Os referidos senhores bem se podem limpar à toalha com que a França, Itália e Espanha ignoraram olimpicamente os seus ais nos orçamentos que elaboraram para este ano. A margem é estreita? É. O orçamento tem vários riscos? Tem. Mas talvez seja bom lembrar que nos quatro orçamentos elaborados por PSD e CDS houve oito (repito: oito!) orçamentos retificativos e Bruxelas teve sempre de puxar para cima as metas acordadas para o défice e ignorar mesmo a descida exigida de meio ponto anual no défice estrutural. Porque é que devemos acreditar mais na fiabilidade dos orçamentos de Passos e Portas do que no de António Costa e Mário Centeno?
Mas voltemos à vaca fria. Passos Coelho ou enganou os seus pares em Bruxelas ou enganou os portugueses. Não há outra possibilidade. Mas dado o seu histórico – cumprir escrupulosamente e para além do exigido todos os contratos com os credores externos e rasgar todos aqueles que existiam internamente com os cidadãos portugueses – conclui-se sem grande margem para dúvidas que Passos enganou os seus concidadãos. Ou, para usar uma palavra de que não gosta, mentiu aos seus concidadãos. E isso fica para memória futura. Ponto final.
Nicolau Santos, in Expresso Diário, 29/01/2015
Não é que não desconfiássemos ou não soubéssemos mesmo. Sempre que o ex-primeiro-ministro, Passos Coelho, aparecia com o seu ar seráfico a anunciar mais um corte salarial dos funcionários públicos, mais uma redução das pensões, mais uma sobrecarga fiscal ou outro ónus da mesma jaez, dizia-nos sempre, para nos sossegar os espíritos, que se tratavam de medidas provisórias. Tudo era provisório. Os cortes salariais seriam devolvidos – mas a sua devolução foi sempre empurrada com a barriga para datas posteriores às que foram sendo anunciadas. Os cortes nas reformas seriam corrigidos – mas sempre num amanhã que não chegava. E o “enorme” aumento de impostos que Vítor Gaspar lançou sobre os portugueses também seria revertido logo que as condições o permitissem – condições que nunca o permitiram.
Não é, pois, que não desconfiássemos. Qualquer economista de meia tigela percebe que os grandes cortes de despesa pública de que o anterior Governo tanto se orgulha concentram-se, no essencial, em cortes de salários e de pensões que foram sempre anunciados como provisórios. E a melhoria das contas públicas assentou em grande parte na subida substancial da receita fiscal, também ela anunciada como provisória.
A margem é estreita? É. O orçamento tem vários riscos? Tem. Mas talvez seja bom lembrar que nos quatro orçamentos elaborados por PSD e CDS houve oito (repito: oito!) orçamentos retificativos e Bruxelas teve sempre de puxar para cima as metas acordadas para o défice e ignorar mesmo a descida exigida de meio ponto anual no défice estrutural. Porque é que devemos acreditar mais na fiabilidade dos orçamentos de Passos e Portas do que no de António Costa e Mário Centeno?
O que nós não sabíamos é que Passos Coelho e Maria Luís Albuquerque deram a entender ou garantiram mesmo aos seus pares na Comissão Europeia e no Eurogrupo que os cortes seriam definitivos, assim como a subida dos impostos. É claro que os importantes senhores da Comissão e do Eurogrupo, sempre tão atentos quando as coisas não lhes agradam, não se preocuparam minimamente em saber se o que Passos e Maria Luís diziam externamente coincidia com o que garantiam internamente. Ou se souberam não se importaram nada com a duplicidade do discurso. Como eles sobejamente sabem, os portugueses são um povo manso e de brandos costumes que aceitou de mão estendida e cerviz dobrada o brutal ajustamento que lhes foi imposto durante quatro anos, baseado em erros económicos grosseiros, cálculos financeiros mal feitos, desigualdade de tratamento com outros países como sobejamente demonstra o recente relatório de avaliação do ajustamento por parte do Tribunal de Contas Europeu.
Agora, que o atual Governo quer cumprir uma promessa do anterior, a par daquilo que está no seu próprio programa, aqui d’El-Rey, que o orçamento não é sustentável, que há demasiado otimista, que as hipóteses em que assenta não são realistas e por aí fora. Os referidos senhores bem se podem limpar à toalha com que a França, Itália e Espanha ignoraram olimpicamente os seus ais nos orçamentos que elaboraram para este ano. A margem é estreita? É. O orçamento tem vários riscos? Tem. Mas talvez seja bom lembrar que nos quatro orçamentos elaborados por PSD e CDS houve oito (repito: oito!) orçamentos retificativos e Bruxelas teve sempre de puxar para cima as metas acordadas para o défice e ignorar mesmo a descida exigida de meio ponto anual no défice estrutural. Porque é que devemos acreditar mais na fiabilidade dos orçamentos de Passos e Portas do que no de António Costa e Mário Centeno?
Mas voltemos à vaca fria. Passos Coelho ou enganou os seus pares em Bruxelas ou enganou os portugueses. Não há outra possibilidade. Mas dado o seu histórico – cumprir escrupulosamente e para além do exigido todos os contratos com os credores externos e rasgar todos aqueles que existiam internamente com os cidadãos portugueses – conclui-se sem grande margem para dúvidas que Passos enganou os seus concidadãos. Ou, para usar uma palavra de que não gosta, mentiu aos seus concidadãos. E isso fica para memória futura. Ponto final.
Nicolau Santos, in Expresso Diário, 29/01/2015
quinta-feira, 28 de janeiro de 2016
quarta-feira, 27 de janeiro de 2016
terça-feira, 26 de janeiro de 2016
segunda-feira, 25 de janeiro de 2016
domingo, 24 de janeiro de 2016
Armação de Pera: Carnaval Trapalhão 2016
"O Mundo da Fantasia" passa por Armação de Pera que vai receber mais uma edição do tradicional Carnaval Trapalhão.
Para além dos habituais cortejos de domingo e terça-feira, que têm início às 15h00, junto ao Hotel Holiday Inn Algarve e que irão percorrer toda a Avenida Frente-Mar, o grande destaque deste ano vai para o Arraial previsto no final dos desfiles na zona da Lota, assim como para as participações especiais da orquestra de percussão “Percutunes", APEXA e o Clube Citroën 2 CV “Os Marafados - Algarve”.
sábado, 23 de janeiro de 2016
sexta-feira, 22 de janeiro de 2016
quinta-feira, 21 de janeiro de 2016
quarta-feira, 20 de janeiro de 2016
terça-feira, 19 de janeiro de 2016
domingo, 17 de janeiro de 2016
sábado, 16 de janeiro de 2016
A inteligência faz a diferença
Uma bela Senhora, distintérrima, estava num avião vindo da Suíça.
Vendo que estava sentada ao lado de um padre simpático, perguntou:
- Desculpe-me, padre, posso pedir -lhe um favor?
- Claro, minha filha, o que posso fazer por si?
- É que eu comprei um novo secador de cabelo, sofisticadíssimo, muito caro.
Realmente ultrapassei os limites da declaração e estou preocupada com a
Alfândega. Será que o Senhor o poderia levar debaixo de sua batina?
- Claro que posso, minha filha, mas certamente sabe que eu não posso mentir!
- O Senhor tem um rosto tão honesto, Padre, que estou certa que eles não lhe
farão nenhuma pergunta.
E deu-lhe o secador.
O avião chegou a seu destino. Quando o padre chegou à Alfândega,
perguntaram-lhe:
- Padre, o senhor tem algo a declarar?
O padre prontamente respondeu:
- Do alto da minha cabeça até a faixa na minha cintura, não tenho nada a
declarar, meu filho.
Achando a resposta estranha, o fiscal da Alfândega perguntou:
- E da cintura para baixo?
- Eu tenho um equipamento maravilhoso, destinado a uso doméstico, em
especial para as mulheres, mas que nunca foi usado.
Soltando uma sonora gargalhada, o fiscal exclamou:
- Pode passar, Padre! O próximo...
Vendo que estava sentada ao lado de um padre simpático, perguntou:
- Desculpe-me, padre, posso pedir -lhe um favor?
- Claro, minha filha, o que posso fazer por si?
- É que eu comprei um novo secador de cabelo, sofisticadíssimo, muito caro.
Realmente ultrapassei os limites da declaração e estou preocupada com a
Alfândega. Será que o Senhor o poderia levar debaixo de sua batina?
- Claro que posso, minha filha, mas certamente sabe que eu não posso mentir!
- O Senhor tem um rosto tão honesto, Padre, que estou certa que eles não lhe
farão nenhuma pergunta.
E deu-lhe o secador.
O avião chegou a seu destino. Quando o padre chegou à Alfândega,
perguntaram-lhe:
- Padre, o senhor tem algo a declarar?
O padre prontamente respondeu:
- Do alto da minha cabeça até a faixa na minha cintura, não tenho nada a
declarar, meu filho.
Achando a resposta estranha, o fiscal da Alfândega perguntou:
- E da cintura para baixo?
- Eu tenho um equipamento maravilhoso, destinado a uso doméstico, em
especial para as mulheres, mas que nunca foi usado.
Soltando uma sonora gargalhada, o fiscal exclamou:
- Pode passar, Padre! O próximo...
sexta-feira, 15 de janeiro de 2016
quinta-feira, 14 de janeiro de 2016
quarta-feira, 13 de janeiro de 2016
terça-feira, 12 de janeiro de 2016
segunda-feira, 11 de janeiro de 2016
domingo, 10 de janeiro de 2016
Algarve pode vir a ser o paríso dos reformados americanos
O Algarve voltou a ser destacado na imprensa americana como um dos melhores lugares do Mundo para se passar a reforma. O portal US News & World Report, especializado em publicar rankings, listas e sugestões de investimento, sugere a região do algarve como um dos melhores locais de 2016, para os americanos passarem a sua reforma “além-mar”.
Num artigo assinado por Kathleen Peddicord, fundadora do grupo Live and Invest Overseas, considerou o Algarve como a melhor região do mundo para se desfrutar da reforma, refere que «o Algarve tem um custo de vida baixo, mercado imobiliário barato e um bom clima».
A região tem uma a lindíssima costa, cidades medievais, aldeias piscatórias, bem como mercados ao ar livre e vinho regional. Tem ainda ruas calcetadas e casas caiadas de branco com chaminés com entrelaçados.
A questão do bom tempo é reforçada por Kathleen Peddicord: «o clima é muito bom, com 3300 horas de sol por ano. São mais dias de sol do que em qualquer outro lugar na Europa, o que permite desfrutar de praias bem preservadas. O Algarve tem 100 milhas de costa com formações rochosas rendilhadas e praias premiadas. Adicionalmente, é um destino de topo no golfe, com 42 campos em menos de 100 milhas».
Sobre o custo de vida, «um dos mais baixos da Europa Ocidental», a publicação refere que «um casal de reformados pode viver confortavelmente com 1500 dólares (cerca de 1400 euros) por mês. Com um orçamento de 2000 dólares (cerca de 1800 euros) por mês, ou mais, pode-se desfrutar de um estilo de vida europeu mais luxuoso».
A juntar a todos estes fatores, os americanos que tomem a decisão de viver no Algarve, não se vão sentir sozinhos: «uma mudança para o Algarve será facilitada pela comunidade de expatriados já instalada. […] O Algarve é casa de mais de 100 mil reformados estrangeiros residentes».
sábado, 9 de janeiro de 2016
sexta-feira, 8 de janeiro de 2016
quinta-feira, 7 de janeiro de 2016
Vacina
Um estudo recente, realizado por uma conceituada universidade portuguesa, concluiu que a ingestão moderada de vinho e presunto reduz, em quase 100%, o risco de poder vir a tornar-se um terrorista islâmico!
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curiosidades
quarta-feira, 6 de janeiro de 2016
terça-feira, 5 de janeiro de 2016
segunda-feira, 4 de janeiro de 2016
domingo, 3 de janeiro de 2016
sábado, 2 de janeiro de 2016
sexta-feira, 1 de janeiro de 2016
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