domingo, 23 de março de 2014

Kubata morta e enterrada, ou o destino (inevitável?) dos estabelecimentos com alma!


Com ela morre também um pouco mais da Armação de Pêra aldeia piscatória e perspectiva-se a diminuição da oferta da suprema sofisticação da simplicidade gastronómica que a sardinha assada constitui, acrescida de um ambiente informal de que aquele espaço, na sua derradeira fase, gozava.

Aguarda-se a chegada de uma oferta esteriotipada, plástica, internacional que corresponda aos canones do "by the book" da indústria hoteleira que muito raramente domina a restauração e só daqui a muito, depois de a conseguir exterminar completamente e de descobrir que tal oferta pode constituir "inovação" conseguirá reproduzir uma tasca autentica necessariamente de patine plástica, desprovida do seu essencial: o tasqueiro, a simplicidade dos meios e dos metodos e a qualidade de um peixe que se recusa a passeiar fora de àgua por quilometros e quilometros, por gelos e ares refrigerados, para ganhar o estatuto de "fresco" numa qualquer etiqueta com código de barras que lhe assegurará o esteriotipo da qualidade que os não conhecedores, conheçem.

Paz à sua alma e glória aos resistentes!

5 comentários:

  1. Em Armação de Pêra os resistentes estão condenados ao extermínio, quem assume publicamente uma posição, mesmo que bem fundamentada, contra os poderes instalados, está sujeito a todo o tipo de pressões.

    A "Kubata" fica para sempre na memória dos armacenenses e o que está a ser iniciado com o seu extermino também, por razões opostas, todos iremos recordar o início do fim da vila piscatória...

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  2. Existem em Armação de Pera pessoas que lidam mal com o progresso.
    Vejam o que pensa a presidente atual sobre este assunto!

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  3. O destino da Kubata foi traçado pelo anterior executivo municipal PSD! O que é lamentável é o blog cidadania escrever odes sobre uma construção que era clandestina, cheirava a esgoto e era explorada em concorrência desleal com quem pagava taxas municipais e tinha a sua situação legal! Enfim... é o país que temos!

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  4. Atenção, o progresso não deverá ser sustentado na destruição do passado.
    Não vamos querer progredir até onde sejam destruídas as memórias da vila de Armação de Pêra.
    Tenhamos todos o bom senso de procurar preservar a nossa identidade.
    Prestar vassalagem a ignorantes não nos vai garanir o futuro...

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  5. Vivas ao Zé leiteiro e o comer a sardinha á mão...

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