sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Há (pelo menos) um político no concelho!

Recentemente o vereador Fernando Serpa concedeu uma entrevista ao “Jornal do Algarve”, a qual revelando a situação degradada do Município, confirma ao nível da sua superstrutura, a generalidade dossintomas que temos denunciado neste blog, ao observarmos a infraestrutura, isto é a sua consequência aplicada a Armação de Pêra.

Considerámos de todo o interesse a divulgação da entrevista, quer pela utilidade das informações que expõe à luz do dia, quer pelo contributo que constitui para a consciencialização dos cidadãos acerca da qualidade da prestação dos eleitos e o estado das suas consequências.
Se a generalidade dos princípios e valores que revela merecem a nossa aprovação, outras posições merecem a nossa contraposição, o que sucederá oportunamente através de posição que tornaremos pública.

De qualquer forma e em linhas gerais consideramos a entrevista um verdadeiro oásis neste deserto que é a vida politica do concelho.

Jornal do Algarve – A oposição tem vindo a revelar uma grande preocupação com a situação financeira da Câmara de Silves. O vereador chegou mesmo a denunciar problemas graves, como a falta de dinheiro para comprar papel higiénico e a paragem de veículos por falta de verbas para os arranjar. Como avalia a situação financeira da autarquia neste momento?
Fernando Serpa – A situação financeira da câmara que conhecemos, repito, que conhecemos, é grave, com repercussões nas condições de trabalho dos funcionários e na própria prestação de serviços à população. Mas, mais grave, é o facto da autarquia não estar a honrar os seus compromissos, comprometendo a sustentabilidade das coletividades e o próprio funcionamento das juntas de freguesia do concelho. Quando o que se assume em protocolo não é respeitado, por uma estratégia meramente de cariz político-partidário, compromete-se não apenas o bom-nome da câmara, como pessoa de bem, mas parte do nosso futuro coletivo.

J.A. – Qual o montante dessa dívida e como avalia os quatro mandatos da presidente Isabel Soares (PSD)?
F.S. – Um deslumbre barroco que nos trouxe alegremente à beira do precipício, tantas foram as palavras prenhas de promessas que encantaram muitos de nós. Ao longo dos últimos anos, os executivos PSD têm gerido a câmara como se os recursos fossem ilimitados. A câmara gastou o que não tinha, invocando receitas virtuais para avançar no despesismo que ia garantindo votos. Ganharam sucessivas eleições, mas deixaram o concelho de rastos, como já é visível por todos. Os resultados estão à vista: em 2009 tiveram que contrair um empréstimo de 15 milhões de euros ao abrigo do programa de regularização de dívidas do Estado para fazer face ao pagamento das dívidas de curto prazo. Em 2011, passados apenas dois anos, estas dívidas de curto prazo já atingiram os 10,8 milhões de euros, segundo a conta de gerência de 2011, aumentando-se assim a dívida de médio/longo prazo. Para onde foi o dinheiro, se não temos mais indústria, não temos mais comércio, se grande parte das nossas empresas encerrou, se os nossos jovens saíram para os concelhos limítrofes? Se o desemprego é maior, se as nossas organizações desportivas, culturais e sociais agonizam?

J.A. – A Câmara de Silves também está neste momento envolvida em vários processos judiciais. Isso poderá afetar ainda mais a situação financeira da autarquia e comprometer o futuro?
F.S. – Este executivo permanente tem a sua estratégia bem definida. Não assume, nem honra, os compromissos que fez, preferindo antes apostar nas demoras judiciais, pois por essa via, permite-lhe transmitir a ideia de bom gestor. Sorrateiramente, vai empurrando os assuntos para tribunal. Atrasa os pagamentos, com significativos prejuízos para o erário público. Paga juros e desvia verbas para despesas judiciais e honorários de advogados que podiam e deviam ser canalizadas para melhorar os serviços prestados à população. Com tudo isto, a imagem da autarquia sai beliscada, passando a ser encarada como má pagadora, uma entidade em quem não se pode confiar.

J.A. – Outra das suas denúncias prende-se com as quantias que foram pagas a advogados contratados pela câmara, quando a autarquia conta nos quadros com cinco juristas. O que tem a dizer sobre isto?
F.S. – Posso adiantar que apenas no período compreendido entre o início deste mandato e 21 de novembro de 2011 foram gastos cerca de 500 mil euros, sem levar em consideração as despesas e honorários do processo Viga d´Ouro, que ainda não estão contabilizados. Teremos então, mais uma grande surpresa, quando se sabe que a autarquia além das suas, terá de suportar as da presidente da câmara e dos seus dois ex-vereadores. Se ousarmos recuar três anos, vamos assustar-nos ainda mais, pois os valores já rondam um milhão de euros. Uma situação que fala por si e que dispensa comentários.

J.A. – Considera, portanto, que o executivo liderado por Isabel Soares não vai conseguir responder às dificuldades financeiras que assolam a autarquia?
F.S. – Claramente que não. Esta forma de gestão já provou que não resulta. Quem vive acima das suas possibilidades, gasta o que não tem, adia o restante, apostando na via judicial, e não quer cortar na despesa, comprometendo o futuro. Não há volta a dar. O dinheiro não é elástico. Criaram-se hábitos, “compromissos”, maneiras de agir e pensar que não vão querer mudar em vésperas de eleições. Os tempos que agora vivemos convidam a outra postura. Obrigam a mudanças: de pensamento, de estratégia, de agir, de liderança. Será esse o nosso caminho.

J.A. – Depois de um processo longo e complicado, o PS/Silves acabou por abster-se para viabilizar o orçamento camarário para 2012. No centro do debate estiveram os problemas que afetam as juntas de freguesia e as coletividades do concelho… O que levou o PS a tomar esta decisão?
F.S. – Dois aspetos essenciais. Desde logo, a falta de rigor na elaboração do orçamento que não é sério, verdadeiro, nem exequível. Que nos leva a um maior despesismo pela inexistência de receitas credíveis. Por exemplo, alguém acredita que um edifício velho (Casino de Armação de Pera), a precisar de obras urgentes, pode alguma vez ser vendido por quatro milhões de euros, ainda mais considerando a crise que devasta a região? Apenas no espírito de quem precisou de se socorrer dessa artimanha para ter o seu orçamento equilibrado. Por outro lado, deparamo-nos com uma postura de confronto para com as coletividades e juntas de freguesia do concelho, procurando asfixiá-las. Apelamos ao bom senso. Apresentamos soluções, mas nunca conseguimos demover quem apostou na intransigência e na ausência de orçamento, para dessa forma justificar o seu (des)governo, responsabilizando a oposição. A situação financeira das coletividades agravou-se. As juntas ficaram sem fundos para pagar ordenados, o que nos levou a ceder em toda a linha para que não prejudicassem mais o concelho. Alertamos para os perigos que daí advinham, mas reconheço e assumo, cedemos pois, era a única forma de viabilizar a sobrevivência das nossas juntas e coletividades, pensávamos nós. Estávamos enganados. Passados dois meses da aprovação, verificamos que tudo continua na mesma, sem que tenha havido uma única transferência. O que é de lamentar.

J.A. – Se o PS vencer as eleições em outubro de 2013, o que vai mudar em Silves?
F.S. – A aposta na formação dos jovens, no património histórico e na cultura. A transparência em toda e qualquer decisão. O permanente acesso à informação para que os munícipes voltem a participar na vida da comunidade e não apenas uma vez de quatro em quatro anos, quando são chamados a votar. Haverá descentralização de serviços. Saberemos ouvir as pessoas, as juntas e as coletividades. Agilizaremos procedimentos da câmara com o contributo dos funcionários, que nos permitirá retomar o desenvolvimento no nosso concelho.

J.A. – Quais são as prioridades para o município de Silves? E qual elegeria como a primeira medida?
F.S. – Como primeira prioridade procuraremos recuperar a câmara municipal como pessoa de bem, em quem se pode confiar, que paga a tempo e que honra os protocolos que assina. Connosco acabar-se-ão as mordomias, as despesas de representação, os assessores, filhos e enteado deste ou daquela. O financiamento gigantesco de sociedades quer elas sejam de advogados, arquitetos e outros equiparados tem os seus dias contados. Connosco, primeiros estão os silvenses, as sociedades que por cá têm a sua sede, que aqui pagam os seus impostos. Os técnicos serão contratados localmente. Haverá exceções, seguramente, mas posso garantir que não passará a regra. Prestaremos contas e todos conhecerão o enquadramento das decisões, e qual o destino dos dinheiros públicos. Claro que haverá uma auditoria para se conhecer o estado atual das contas públicas, sendo divulgado publicamente o seu conteúdo, e encaminhado o resultado para as entidades da tutela, qualquer que ele seja. A responsabilidade pelas decisões, por todo este descalabro não pode morrer solteira ou quem sabe divorciada. Os regulamentos serão revistos para tornar atrativo o investimento no concelho. As florestas como a agricultura serão dinamizadas. Criar-se-ão de imediato nichos de produtores locais, promovendo-se o seu produto. Pois, na especificidade e qualidade do nosso produto, passará grande parte do nosso desenvolvimento.

J.A. – Como será resolvido o problema da dívida da câmara?
F.S. – Sem soluções milagrosas, mas como uma acentuada redução nas despesas. E dou já vários exemplos: controlo das despesas de representação dos dirigentes, contenção na publicidade, redução do custo das comunicações, nomeadamente dos telemóveis, corte nos assessores e técnicos contratados, para se valorizar e apostar nos nossos técnicos, rentabilização dos meios humanos e materiais da câmara, criando parcerias com as coletividades do concelho, assumindo e acarinhando o papel que as juntas de freguesia desempenham pela sua proximidade com as populações, independentemente da sua cor política. A nível das receitas, ousar semear para depois poder recolher. Apostar na revisão dos regulamentos, de forma a tornar atrativo o concelho de Silves para quem quiser aqui investir e viver.

J.A. – Comparando as eleições de 2005 e 2009, verifica-se que o PSD está a descer e o PS a subir no concelho. O partido está preparado para assumir os destinos do município? E já tem candidato à presidência?
F.S. – Um partido como o PS tem que estar sempre preparado para assumir os destinos de qualquer concelho. Silves não é diferente. Tem excelentes autarcas e ao longo dos últimos anos marcou a sua diferença, amealhando credibilidade tão necessária para os desafios futuros que se avizinham. O nosso trabalho fala por si. Como se sabe, o PS passou por uma mudança estatutária nos últimos meses, que obriga a eleições diretas, onde todos os militantes terão a oportunidade de participar na escolha do candidato que reúna as melhores condições para dirigir os destinos do concelho. Aliás, foi com esse pressuposto que apoiei o atual secretário-geral do PS, e é nessa política que me revejo. Tudo farei para implementar a democratização interna na escolha do candidato. O timing será atempadamente divulgado junto dos militantes. Quem quiser assumir a responsabilidade de avançar, poderá fazê-lo. Apresentar-se-á, defenderá as suas ideias para depois se sujeitar ao sufrágio eleitoral. Mas sou claro, a escolha será sempre dos silvenses, não permitirei um candidato imposto de fora. No que me toca, estou disponível para ser candidato. Se a comissão politica concelhia decidir indicar o meu nome e se recair em mim a escolha, será com grande orgulho que darei o melhor e farei todos os possíveis para sair vitorioso desse desafio. Se tal não acontecer, com a mesma humildade do passado, apoiarei incondicionalmente o candidato de todos nós.

J.A. – Qual é a posição do PS/Silves em relação ao anunciado projeto da Praia Grande, que está a dividir opiniões?
F.S. – Desde logo, importa esclarecer que existe uma ação judicial em curso, apresentada pelo Ministério Público junto do Tribunal Administrativo e Fiscal de Loulé, requerendo a “anulação da deliberação da Assembleia Municipal de Silves de 7 de dezembro de 2007 que aprovou o Plano de Pormenor da Subunidade Operativa de Planeamento e Gestão II da Praia Grande”, com o argumento de que os proprietários dos terrenos integrados no plano de pormenor foram tratados de maneira diferente. Ou seja, nem todos os terrenos aí integrados foram contemplados com a possibilidade de construção. Pelo que, a meu ver e como na altura defendi, quando votei contra este plano de pormenor, os terrenos aí integrados ou eram todos valorizados, sendo por todos distribuídos os índices de construção, ou se assim não fosse, os preteridos deveriam ter sido excluídos, por não representarem nenhuma valorização para o projeto. Outro caminho deveria ter sido seguido, em defesa da propriedade privada, constitucionalmente garantida, e não se ter enveredado na prática por um processo de expropriação semi-camuflado, em que os proprietários se vêm privados de parte do seu património, por imposição de terceiros. Aprovado pela assembleia municipal e publicado no Diário da República, sendo portanto lei, com prazos curtos para a sua execução, o projeto voltou a ser agendado. Coerentes com as posições tomadas quatro anos antes, em agosto de 2011, propusemos e a autarquia deliberou “promover a execução do Plano através de uma operação de reparcelamento e delimitação da área de intervenção da operação, salvaguardando a utilidade da decisão judicial que vier a ser tomada no âmbito do processo judicial”. As infraestruturas podiam assim avançar, sem comprometer o resultado da ação judicial em curso. Outras propostas se seguiram, em defesa da transparência e dos interesses dos particulares, sem comprometer o projeto. Tudo temos feito para conciliar posições aparentemente contraditórias, e assim continuaremos, a merecer a confiança de todos os envolvidos. Sou sincero e claro: Silves não pode perder este investimento, ainda mais no momento conturbado que atravessamos, com níveis de desemprego avassaladores no nosso concelho. A concretizar-se, contribuirá seguramente para minimizar este flagelo. Espero e desejo que as questões judiciais sejam rapidamente dirimidas a contento de todos os proprietários, permitindo uma maior tranquilidade na implementação do plano de pormenor, para que este, à semelhança de outros, não seja uma mera miragem especulativa, ou se transforme num local fantasma


segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Quais são os benefícios das árvores na cidade?



Isabel Soares, Rogério Pinto e Cia, saberão para que servem as árvores?
Os armacenenses tem muitas dúvidas!


domingo, 26 de agosto de 2012

Sem vontade não há saída... (Visão 23 de Agosto), por Guilherme d’Oliveira Martins


Atravessamos um momento decisivo da crise financeira. Há sinais contraditórios, mas é chegado o tempo de responder com prudência e audácia ao que o mundo espera da Europa neste momento. E a politica norte-americana talvez tenha compreendido que uma parceria é indispensável para que o desenvolvimento humano, a sustentabilidade económica e uma cultura de paz se tornem viáveis, numa circunstância de grandes incertezas e de perigos máximos.


Há poucos meses, Helmut Schmidt alertava os membros do SPD alemão:”Se queremos ter a esperança de nós europeus termos importância no mundo, então só a teremos em conjunto. Porque enquanto estados separados só nos poderão contar (no contexto mundial) em milésimas e não mais em percentagens.”


Habermas tem insistido nessa exigência de entreajuda. Perante o drama dos egoísmos e da fragmentação, temos de ter consciência de que não estamos a construir na Europa um Estado federal, mas sim uma união de Estados e povos livres e soberanos. Não se trata, porém, de uma mera aliança ou de uma congregação circunstancial de impulsos. A crise, cujos efeitos sentimos, tem raízes profundas, que correspondem à incapacidade de funcionamento dos instrumentos disponíveis de politica económica para se encontrar as saídas para a satisfação das necessidades inerentes à globalização.


Ao olharmos os tempos longos, percebemos que esta crise não poderá ser solucionada como o foram as precedentes, até porque muitas vezes as dificuldades pretéritas só foram superadas, não pela união de vontades, mas pela ocorrência de cenários trágicos que obrigaram a responder mais pela sobrevivência do que pela racionalidade. Assim, se Keynes estivesse vivo não seguiria qualquer das receitas conhecidas, não porque as considerasse erradas nos pressupostos mas porque as metamorfoses da natureza exigem que se compreendam as novas circunstâncias. A especulação financeira, a busca de ganhos aparentes, a desvalorização da procura global e do emprego, a percepção exacta do paradoxo da poupança – tudo isso obriga a entender que a resposta não está no regresso ao equilíbrio clássico porque este dasatende à complexidade e às mudanças profundas na economia e na sociedade.


A poupança e o consumo têm de ser vistos na sua complementaridade. Precisamos de encontrar formas de mobilizar recursos, pensando na justiça distributiva do presente e do futuro. E voltamos à Parábola dos talentos. Quem multiplicou viu-se compensado. A procura efectiva não se manifesta hoje num só Estado.


As politicas públicas têm de pôr nos pratos da balança: a igualdade e a coesão, de um lado; a eficiência e o crescimento, no outro.


Como afirmava há pouco Guillermo de la Dehesa, “o grande paradoxo é que hoje a área do Euro, no seu conjunto, está em melhor situação orçamental, em termos de défice e de divida, de equilíbrio de transacções correntes e de divida externa liquida do que os Estados Unidos, o Japão e o Reino Unido”. Contudo, não existindo uma opção cooperativa e coordenada dos Estados do Euro, os credores e os devedores estão entregues a si próprios, saindo a perder todos, inevitavelmente.


De facto, “superar a crise não é um resultado de soma zero, podendo os Estados sair a ganhar se se puserem de acordo em reparar os seus erros e em melhorar a governação”(El Pais, 29.7.12).


Daí a necessidade de uma “mutualização parcial e temporária da divida herdada”, de modo a criar mecanismos de controlo orçamental, de regulação e de garantia para os mercados.


Daí a importância da articulação de tribunais de contas e bancos centrais. Consideram-se as propostas técnicas sérias e realizáveis (cf. www.ineteconomics.org).


E não se pense que a solução está apenas numa União Orçamental completa (que não existirá), nem na invocação milagrosa dos eurobonds (que devem poder existir) – mas sim na construção de instituições mínimas necessárias para superar a crise da fragmentação, permitindo reduzir o endividamento excessivo e abrindo as portas a um crescimento económico sensato, justo e com sobriedade.

sábado, 25 de agosto de 2012

Percorrendo alegremente o corredor da morte...


Em Armação de Pêra o equipamento urbano tem uma vida difícil...

Tal como as pessoas até ao advento da medicina moderna, ou nasce forte e sadio e resiste, ou tem uma vida muito curta!

Este equipamento, regra geral, vive até à sua obsolescência, o que, invariavelmente, só ocorre ao fim de muitas décadas.

Adquirindo equipamento de qualidade, mediante um dispêndio eventualmente superior, à partida, produz-se uma economia orçamental por muitos e longos exercícios, uma vez que a sua longevidade permite ao erário público beneficiar das suas utilidades por muitos e bons anos.

É claro que para que tal suceda é útil, necessário e imprescindível uma manutenção cuidada, pois caso contrário o investimento não rende o que deveria e podia.

Uma boa economia pública não prescinde de uma gestão saudável que a acautele. E os cidadãos também não, pois os seus impostos serão sempre mais pesados se houver desperdício e negligência ou dolo por parte de quem está com a "mão-na-massa".

No caso concreto da iluminação pública ainda temos a recordar a acção do snr. Pina Manique que reduziu substancialmente a criminalidade em Lisboa e Porto através da sua ferrea vontade de iluminar estas cidades.


Se estivessemos nesse tempo do Intendente Geral, Pina Manique, a Dra Isabel Soares e o snr. Rogério Pinto teriam contas a ajustar com o Ministério do Interior da época, o que redundaria no seu despedimento pela certa.

Hoje em dia, com todos os benefícios do regime democrático e republicano, dos quais não queremos prescindir, temos que assistir e sofrer as consequências, de uma administração municipal que faz da história e do senso comum, "gato sapato".

Sucede que também hoje em dia, a economia e as finanças, são a guilhotina de outros tempos e a bancarrota a sua lâmina mais afiada.

É que o malbaratar de recursos é punido com a pena de morte! Para todos nós!




sexta-feira, 24 de agosto de 2012

IMI: Sufoca porque trabalhar faz calos!





Um Estado Social sustentável, como a grande maioria dos portugueses pretendem, só é possível mediante uma receita que o suporte.

A receita suficiente para suportar o Estado Social carece primeiramente de uma economia que, produzindo o suficiente, permita arrecadar, equitativa mas proporcionalmente, tal receita.

De seguida carece de um Estado Administrador que seja contido na proporcionalidade dos seus gastos.

Claro está, que essa mesma receita só é possível mediante a contribuição de todos, equitativa e proporcionalmente.

O que, quer os que esperavam, quer os que não esperavam, pretenderam deste governo foi a implementação de todas as reformas necessárias a que, a prazo, pudéssemos vislumbrar que, um dia, seria possível lá chegar: mais economia, para melhorar a receita, reduzindo a despesa sumptuária e aumentando a participação contributiva de todos em resultado da verificação das duas premissas anteriores.

Esta seria a concretização da politica de um estadista, que governa para uma geração e não a de um mero politico que governa para uma legislatura.

Não existiam, nem existem hoje garantidamente, indícios de que estávamos ou estamos perante um estadista, no entanto, as circunstâncias financeiras a que nos conduziram os sucessivos governos, as quais determinaram a inevitabilidade de inúmeras medidas impopulares, permitiam e permitem como nunca em democracia foi possível, em simultâneo com o sacrifício exigido à comunidade, introduzir reformas estruturais que nos encarrilassem, não no trilho da esperança porque ilusório, mas naquele da certeza de que viríamos a ser, no médio prazo, necessariamente um pais sustentável.



Não vai ser desta certamente que nos iremos ver livres desta saga de governos que pouco, ou nada, adiantam ao habitual desgoverno histórico que caracteriza o nosso percurso de 900 anos.

Estamos no entanto em crer que tal seria possível! Objectivamente. Sem remeter as duvidas para o laboratório da esperança donde a maior parte deles saiem incólumes para viverem séculos.

“Trabalhar faz calos!” é uma frase da sabedoria popular que se destina a qualificar os avessos à determinação no desbravamento das dificuldades até ao êxito. Com ela fica tudo dito a propósito das equipas destes extraordinários governantes que aqui nos trouxeram e mantêm.

A lei do menor esforço, que caracteriza a evolução da língua, caracterizou também sempre a metamorfose de Portugal.

Hoje em dia com razões, naturalmente, mais imperiosas: a bancarrota, continuamos a tomar decisões determinadas pela pressão da tesouraria, pouco importando o amanhã, a visão prospectiva, a sustentabilidade do futuro e o futuro das gerações. Esses que tratem deles depois que nós temos que nos safar hoje! É que abolir castas e privilégios, estudar (ou mesmo copiar), outros métodos, organizações, eficiências e eficácias chateia e dá trabalho. E trabalhar faz calos!

Tudo isto a propósito do IMI e dos seus aumentos previstos, alguns deles dramáticos.

Quando é que esta gentinha perceberá que o exemplo vem de cima e que as suas atribuições são a justiça, a equidade e a proporcionalidade? Quando perceberão que estão no poder para servir a comunidade e não para, servindo-se dela, conservarem o seu “way of life” insustentável?



Não será esta uma premissa elementar a um Estado de Direito?

Como se pode insistir no inconstitucional confisco e exigir, com seriedade intelectual e razoabilidade social as contribuições da comunidade dos contribuintes?

“Num artigo da revista Dinheiro e Direitos da associação DECO, divulgado às redações, a associação de defesa dos consumidores refere que a reavaliação de cinco milhões de imóveis atualmente em curso é "há muito necessária" por permitir valorizar valores desajustados.

"Contudo, nalguns casos, o valor patrimonial poderá mais do que duplicar, o que, somado às elevadas taxas de IMI (com um máximo de 0,5%), aumentará o sufoco financeiro das famílias", lê-se.

A DECO indica que o desconhecimento das novas regras ou a "inércia dos contribuintes permite ao Fisco arrecadar mais IMI do que o devido".

Dada a informatização dos dados, a associação manifesta não compreender a dificuldade do Fisco em actualizar automaticamente alguns parâmetros usados no cálculo do IMI, como a antiguidade ou o valor do terreno.

"Resultado: o contribuinte paga imposto como se a casa fosse sempre nova e o metro quadrado ainda valesse o mesmo", denuncia a DECO, acrescentando que a actualização obriga a uma deslocação às Finanças e ao eventual pagamento mínimo de 204 euros.”

É desonesto não proceder oficiosamente à actualização de alguns dos parâmetros do cálculo do Valor do IMI.

É confisco cobrar IMI fora dos parâmetros actualizados!

A Administração Fiscal age como os Bancos no “bom tempo”. Usando spreeds baixos nos contratos novos, só o baixavam nos antigos se o cliente o reinvindicasse! Caso contrário mantinham as condições contratadas manifestamente acima dos valores praticados no mercado.

Aí os mercados não funcionavam. Foi o reino do xico-espertismo, o mesmo que aqui nos conduziu!

Só que dos Bancos, sem esquecermos e muito menos o perdoarmos, sabemos o que esperar.

Da Administração Fiscal exigimos uma atitude socialmente correcta para com a comunidade, porque é possível e é devido!
Sendo manifestamente evidente que para tal têm de ser despedidos os bancários que a desvirtuam da sua matriz comunitária!


quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Largo das caravelas: Candeeiros para inglês ver!





Candeeiros para inglês ver.

Colocados para a inauguração, não serviram para mais nada!

Esta política do "faz-de-conta" que tem caracterizado a gestão de Isabel Soares de sus muchachus, saiu-nos muito cara.
O IMI está aí para todos os que tinham dúvidas, verem!

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Isabel Sores e Rogério Pinto não contribuem para um turismo com futuro em Armação de Pêra



O Programa Bandeira Azul teve início em 1987, integrado no programa do Ano Europeu do Ambiente. Esta iniciativa, de carácter voluntário, da FEE, tem como objectivo, elevar o grau de consciencialização dos cidadãos em geral, e dos decisores em particular, para a necessidade de se proteger o ambiente, marinho e costeiro e incentivar a realização de acções de educação ambiental, de melhoria da qualidade da água balnear, dos acessos, da segurança e equipamentos para os utilizadores.

Os políticos deste concelho são realmente muito fraquinhos, aos poucos tem vindo a destruir o que Deus nos deu.

Poderão os residentes nesta vila e aqueles que tem aqui o seu património vir a pedir responsabilidades a estas pessoas, pela desvalia que tem vindo a provocar às suas vidas?

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

ABC de uma Bandeira Azul arriada definitivamente, triste estória pela pena dos co-autores Isabel Soares e Rogério Pinto




Armação de Pêra e Praia Grande, as duas praias do concelho de Silves, não vão hastear definitivamente a bandeira azul.

Porquê? Em resultado da contaminação bacteriológica das suas águas e areias!

E qual foi a causa? Tratou-se da infecção provocada pelas águas degradadas que despejam as Lagoas de Alcantarilha/Pêra e da Boca da Alagoa!

E a quem incumbia zelar para que isso não sucedesse: à Câmara Municipal de Silves!

E quem são os primeiros responsáveis da Câmara Municipal de Silves e pelo sucedido? Isabel Soares e Rogério Pinto!


Até quando permitiremos que a irresponsabilidade e a incompetência continuem a fazer história (triste) neste concelho?

sábado, 18 de agosto de 2012

Entrevista(Parte VI) uma administração transparente e participada



BC – Como disse o turismo é um campo extenso e será naturalmente a iniciativa privada que terá de dar os passos necessários, se nisso tiver interesse, o que pode uma limitada Junta de Freguesia fazer mais?
X – A Junta tem meios limitados, desde logo, nas suas atribuições e competências. Pode, no entanto, assumir-se como elemento catalisador visando aumentar o investimento, logo a oferta, logo a procura. Tudo faremos desde que ao nosso alcance.
É claro que o rumo que o “desenvolvimento” de Armação prosseguiu marcou-a indelevelmente num determinado sentido que não é, digamos, o mais consensual.
Esse caminho trouxe muitas limitações que impedem soluções variadas. É certo que continuamos a ter o Mar e o Sol, a beleza da baía, mas no concelho já pouco sobra e o que sobra tem projectos aprovados de muito duvidoso interesse que só a crise conseguiu suspender.
De qualquer forma pensamos de grande utilidade a existência de mais um ou dois hotéis, geradores de emprego e, desde que integrantes duma cadeia internacional, úteis na captação de turismo do norte da Europa, no qual Armação, se comparada com Albufeira, não é muito atreita.
No âmbito da “microeconomia” da Junta, posso garantir-lhe que será possível evitar o espectáculo degradante das filas para alugar toldos, a qual pelo ridículo é tema de todos os telejornais. É, a troco de nada, publicidade que Armação dispensa bem.
Não tenho qualquer dúvida acerca da criação de um sistema decente de respeitar as solicitações, no respeito pela sua ordem de chegada, sem obrigar os cidadãos a tamanho despropósito.

BC – Estamos prestes a concluir esta entrevista, gostaria de deixar algumas ideias-força que caracterizarão a sua eventual candidatura?
X – Claro que sim, e começando por agradecer a oportunidade resta-me deixar sublinhado que pretendemos cortar com o passado, de todos os pontos de vista, retirando do passado, se quiser, o grande empenho e dedicação à sustentabilidade económica da Vila, ao melhoramento das condições para o desenvolvimento da sua principal actividade: o turismo, só claramente patente no seu pioneirismo.
Para isso e para o resto faremos questão de ser uma administração transparente e tão participada quanto possível no interesse da Vila e da sua comunidade de cidadãos.

Entrevista(Parte V) Uma panóplia de iniciativas, qual delas a mais útil!



BC – Tendo esse pendor económico na sua gestão, qual será o primeiro passo?
X - A leitura económica da gestão da Junta não desvirtua a acção convencional que as populações esperam da mesma e decorre da legislação em vigor. Mas, para responder à sua pergunta, devo esclarecer que se impõe desde logo, uma auditoria às contas dos exercícios anteriores. Não vejo razão para tantos atrasos na apresentação das contas do último exercício e só isso é revelador de procedimentos que muito provavelmente terão de alterar-se.

BC – E que outras iniciativas tem em carteira?
X – Uma das que mais me motiva, apesar de saber das dificuldades com que virei a deparar-me, é o estimulo à constituição de uma associação de comerciantes.
Os interesses da iniciativa privada devem ser conhecidos dos poderes públicos para que estes ao agirem no concelho ou na Vila, possam consultar aqueles que conhecem directamente a economia real e com isso potenciar as intervenções, no interesse da Vila . Pretendem retirar-se para a economia de Armação de Pêra todas as sinergias possíveis decorrentes de uma articulação mais eficiente entre os interesses públicos e privados até onde a sintonia nas acções e intervenções for possível, sempre adentro da legalidade e do bom senso.

BC – A intenção é boa, mas o histórico individualismo dos comerciantes não augura grande futuro para essa iniciativa?
X – Temos consciência da realidade e das dificuldades em alcançar esse objectivo, mas gostaríamos de partir com algum optimismo e só depois de tentarmos, expondo as vantagens evidentes na união nos objectivos comuns, saberemos o que concluir.
Os comerciantes são habitualmente gente esclarecida e objectiva que tem hoje em dia dificuldades acrescidas face à crise. Quem sabe não descobrirão algumas vantagens na unidade na prossecução de vantagens colectivas?

BC – E no turismo tem algum projecto em carteira?
X – É um domínio ambicioso, pela sua extensão. Mas, mesmo aqui, dentro das limitações orçamentais existentes, como noutros casos, é sempre possível com meios reduzidos fazer mais e melhor, de tão básico que é o trabalho entre comas que tem sido desenvolvido.

BC – Quer concretizar?
X – Desde logo o Lixo, como já tive oportunidade de referir. Se se revolucionar a recolha do lixo, estaremos a dar um passo de gigante pelo turismo nesta Vila, mas não só. Todos sabemos das limitações que as guias turísticas têm na oferta de programas aos turistas. Ora, Armação, infelizmente, para além do Sol e Mar, tem muito pouco mais para oferecer, porém a Baia de Pêra tem património natural digno de ser visitado: são as velhas visitas às grutas. Elas existem mas, com um pequeno empurrão no marketing e publicitação, pode fazer toda a diferença.
As guias profissionais precisam de um mínimo de profissionalismo administrativo para poderem “vender” o produto “Passeio às Grutas”. Fornecendo-lhes esse centro de marcações, o mercado dos interessados poderá ampliar-se enormemente, com vantagem para a oferta turística e para os marítimos que se queiram dedicar a essa tarefa sazonal que pode melhorar em muito o seu rendimento.
O nosso papel aqui será de mero facilitador para um patamar de negocio diverso no interesse de todos.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Entrevista (Parte IV):Temos três objectivos: melhorar, depois melhorar e por fim melhorar e um só “timing” : o mais rapidamente possível!



BC – E que tipo de relações pretende manter com os munícipes? Tem em vista alguma inovação?
X – Naturalmente que sim. Vamos instituir uma linha verde para recebermos todas as reclamações e sugestões dos munícipes.
Sabe que trabalhar com princípios e um programa de acção torna tudo fácil no âmbito das relações com os cidadãos. Uma vez estabelecido e conhecido um modus operandi tudo fica facilitado.
As gestões baseada num pressuposto balofo de autoridade versus submissão o qual, apesar de ultrapassado há séculos ainda é um modelo a que muitos aderem para esconder as suas limitações e dar curso a alguns complexos de inferioridade , torna tudo mais difícil e é o caminho mais curto para a frustração. Desde logo dos próprios e de seguida de todos os outros.

BC – E consigo vai ser diferente?
X – Exactamente como lhe disse anteriormente. Temos três objectivos: melhorar, depois melhorar e por fim melhorar e um só “timing” : o mais rapidamente possível!

BC – Há quem defenda que devemos ir devagar quando temos pressa?
X – Compreendo. O nosso “timing”: o mais rapidamente possível, se por um lado parece uma corrida é logo seguido do termo “possível” que é o travão do realismo a que queremos subordinar a nossa acção, como também já tínhamos referido a propósito da politica que pretendemos implementar na Junta.
Deste “timing” o que pode ser retido para o futuro é que não faremos amanhã, aquilo que puder ser feito hoje!
Convenhamos que, no contexto da história recente da Vila, fazer o que nos incumbe e em tempo é, lamentavelmente, ousado e inovador!

BC – E quanto à actividade piscatória da Vila, tem planos?
X – Nessa matéria temos igualmente ideias devidamente sedimentadas. Os pescadores directamente ou através de quem os represente terão da Junta toda a solidariedade e cooperação.
Tudo o que por parte da Junta for necessário, possível e dentro das suas atribuições e competências, será prestado a esta actividade ancestral que entendemos imprescindível, na sua exacta medida, a Armação e à economia nacional. É uma questão de principio e se me permite a imodéstia, de elementar inteligência.

BC – Mas cabem nas atribuições da Junta essa abordagem económica da sua acção?
X – Meu caro senhor, em que pais e em que conjuntura é que o snr. vive? Tudo hoje tem, como já devia ter tido já que somos um pais, objectivamente, subdesenvolvido, um pendor económico que urge acautelar. Naturalmente que subordinado ao poder politico, mas será sempre um crime deixar a economia subjugada ao poder administrativo ou aos devaneios da actividade politica. Por isso estamos onde nos encontramos.
Quero viver num pais de valores e os valores, por si sós, impõem um ritmo que temos a obrigação de acompanhar e o dever de preservar.
A receita que suporta o Estado social não se faz com empréstimos mas com a criação de riqueza liquida: a produção!

Entrevista (Parte III): não é mais possível repetir os modelos de gestão antigos e invocar inocência



BC – Ser-se rigoroso nas contas e realizar um trabalho que se veja, não é bem a receita habitual?
X – Está a tocar num outro ponto quente da vida politica nacional. Na verdade a incompetência e, ou, a negligência passaram a ser branqueadas com mais um chafariz, uma piscina, um estrada ou um ginásio! As famosas inaugurações...
No presente contexto encontramo-nos mais próximos de concluir que as soluções antigas estão estafadas e que não é mais possível repeti-las e invocar inocência.
Os meios são escassos e milagres...só em Fátima. Não consta que por Silves eles alguma vez tenham ocorrido.

BC – Então a que tipo de gestão se propõe na freguesia?
X – Perdoe-me, mas eu diria de outro modo, sem qualquer pretensiosismo, a que tipo de politica me proponho!

BC – Pois seja, que politica pretende implementar, a ser eleito?
X – Uma politica de realismo, implementada com muita determinação, potenciando os meios disponíveis ao limite, seguindo um “caderno de encargos” predeterminado por uma análise sustentada e participada dos problemas.
Encontrado o naipe dos problemas, e depois de devidamente hierarquizados, a única opção será atacar a fundo as soluções através de um trabalho empenhado e sério.

BC – Certamente que terá algum exemplo para concretizar melhor?
X – Concerteza! Posso dar-lhe já um exemplo paradigmático. O lixo. Não é possível assentarmos a economia de Armação no turismo e mantermos a Vila nesta lixeira.
Qualquer que seja o futuro, caso me candidate e seja eleito, durante o meu mandato acabo com o lixo, nem que seja comigo a ajudar!
Não cremos que o problema seja de tal forma complexo que não tenha uma solução razoável com os meios disponíveis e pelos vistos, muita determinação. É um problema antigo mas se o resolver, como considero ser possível e desejável, constituirá um beneficio novo para a nossa comunidade e para a sustentabilidade económica da Vila.

BC – E que tipo de relações pretende estabelecer com o Município?
X – Boas. Na medida do possível! Terá a minha cooperação empenhada quando a sua acção se destinar a resolver, ou a ajudar a resolver problemas essenciais da Vila.
Terá a minha reivindicação intransigente quando puder resolver ou ajudar a resolver um problema essencial da Vila e não o faça por negligência, despeito, indiferença, irresponsabilidade, “partidarite” ou qualquer outro desvalor semelhante.
Terá a minha colaboração quando a sua intervenção puder concorrer para resolver ou ajudar a resolver e não disponha de todos os meios, mas seja patente a sua vontade de o fazer.
Armação de Pêra encontra-se no concelho de Silves e só por isso não deve nada a ninguém! Concorre para as receitas do concelho em medida significativa e não deve reivindicar , como será compreensível, o retorno integral do que aqui é arrecadado, uma vez que o concelho é composto de várias localidades que não recolhem receitas semelhantes embora tenham custos públicos elevados.
O que Armação não vai tolerar, e eu com ela, será continuar a ser descriminada nos impostos, como é o caso do IMI, como localidade de luxo em virtude de ter infraestruturas que afinal não tem!

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Entrevista (Parte II):O xico-espertismo é a contrafacção da inteligência!



BC – Mas os partidos são um mal necessário?
X – Claro que são necessários. Não há democracia sem partidos ou sem classe politica. O problema não reside nas instituições democráticas, e seus modelos de abordagem dos problemas. O mal está nos vícios e descaminhos das suas vocações. O mal é, se quiser, da contrafacção!

BC – Mas, como é possível, “furar” esse cerco da contrafacção?
X – Pelo trabalho sério, dedicado e esclarecido. Se assim não for não teremos futuro!

BC – Mesmo na Oposição?
X – Sobretudo na oposição. Quem se pretende candidatar tem de conhecer os “dossiês” e conhecendo-os...não há como não tomar posição. Os governos tem de se preparar exactamente na oposição.

BC – E no poder?
X – No poder haverá que agir atacando, com seriedade e elevado sentido de responsabilidade, os problemas e, avaliando sempre com rigor os interesses predominantes em causa, agir em conformidade com os mesmos, na medida do orçamentalmente possível.
Só uma pedagogia do exemplo, tão participada quanto possível, permitirá augurar um futuro melhor, designadamente através de representantes do povo mais fieis aos mandatos.

BC – Você é um ingénuo ou um candidato sem qualquer perspectiva de êxito?
X – Nem uma coisa, nem outra, se me permite. É precisamente na centração nessa dualidade que se perde o concurso de excelentes mandatários para a causa pública.
Até quando vamos conceder ao xico-espertismo a aura de inteligência? O xico-espertismo é a contrafacção da inteligência!

BC – Mas convenhamos que quem não promete não augura uma conquista eleitoral. É uma regra de ouro na politica, ou não?
X – É verdade que assim costuma ser, sobretudo ao nível nacional. Os nossos dois últimos primeiros-ministros prometeram não aumentar os impostos e foi o que se viu. Porém, ao nível local, sobretudo ao nível da Freguesia, penso que o “pulso” do candidato é medido, ou pode, ou deve, ser medido com outro rigor.

BC- Mas, olhemos o exemplo de Armação de Pêra, o Presidente da Junta, que será um bom homem, jamais revelou qualquer competência para o cargo, jamais apresentou quaisquer resultados, nem as contas dentro dos prazos legalmente estipulados apresenta, para além de absolutamente ausente no que às principais questões da Vila diz respeito, será que os eleitores de Armação lhe mediram o pulso, para usar a sua terminologia, e o reelegeram por mérito?
X – Claro que não. O efeito das marcas partidárias e do posicionamento das pessoas em função de lealdades ao emblema não são bons conselheiros e só por sorte correm o risco de acertar.
Este é um dos “handicap” gerado pela “clubite” partidária, isto é, alguma falta de maturidade democrática.
Com o peso da má gestão dos Governos a entrar pelo bolso adentro dos portugueses, acredito que esta maturidade vai sofrer um aperfeiçoamento rápido.
As pessoas vão passar a querer saber melhor o que os eleitos fazem com o seu dinheiro! Melhor ainda: as pessoas começam a saber agora que é o seu dinheiro que mantém todo o circo em que as gestões perdulárias têm vivido. Que é em si e na sua capacidade de contribuir que assenta o pais. E que se se desperdiça é sempre o mesmo que paga: o cidadão-contribuinte.
O futuro é inevitavelmente mais participativo. E esses senhores começam a perceber que o exercício dos cargos vai passar a fiar mais fino!

BC – Mas vai demorar certamente?
X – Só demorará o que a comunidade dos cidadãos permitir!

BC – Voltemos a Armação. Se vier a candidatar-se e tiver êxito, vai ser o Vítor Gaspar da nossa história?
X – Não. Longe disso. Pode ser-se rigoroso nas contas sem se ser financeiro! Isto é: economicamente míope.

Entrevista a um candidato diferente(Parte I)



Iniciamos hoje a transcrição da entrevista com um, ainda potencial, candidato à Junta de Freguesia de Armação de Pêra, conforme prometido.
Dada a sua extensão publicamo-la fraccionadamente correndo o risco de assim se esbater o interesse jornalístico da mesma.
O “candidato” escolheu manter o anonimato, o que respeitámos e designamo-lo por Snr. “X”. “BC” designa, naturalmente o Blogue Cidadania!

BC- Boa noite senhor X! Agradecemos a sua presença no BC.
X – Boa noite, eu é que agradeço a oportunidade que o BC me deu de poder divulgar os meus pontos de vista à comunidade.

BC- Já decidiu candidatar-se à Junta de Armação, com tanta antecedência?
X – Para ser objectivo, ainda não. Apesar do impulso que tento controlar pela via da racionalidade, ainda não tomei a decisão definitiva.

BC – Então o que fazemos aqui, hoje?
X – As circunstâncias verdadeiramente indecentes criadas pela gestão autárquica, no seu todo, em Armação de Pêra, indignam qualquer cidadão minimamente preocupado. A questão que se coloca a muitos deles é a de saber se têm efectivamente condições de dedicar à salvaguarda dos interesses comunitários todo esse tempo.

BC – É só uma questão de tempo?
X – Claro que não!

BC – Então que mais?
X – Outra questão, não menos importante, é se podemos viver com o ordenado que o Orçamento de Estado prevê para o cargo. Se o orçamento pessoal permite ser ajustado a tal rendimento.

BC – Pois, pois, aí reside um dos problemas da classe politica! Os mais qualificados não se sentem atraídos pelo rendimento de um cargo público?
X – Muitos dos que poderiam vir por bem, não podem aceitar reduzir drasticamente o orçamento das suas famílias. Outros ou não vêm por bem, ou já são ricos.

BC – Quer dizer que só poderemos ter políticos competentes e sérios se forem ricos?
X – Nada disso. O problema não se pode reduzir a uma síntese dessa natureza e sobretudo desse teor.

BC – Então em que ficamos?
X – Ficamos em que muitos dos que podiam ajudar nas áreas de maior exigência técnica, e que são realmente necessários se quisermos dar um salto qualitativo, só pagos a peso de ouro! Outros, pelas suas competências especificas, não são “controláveis” nem sequer “partidarizáveis”, nada vocacionados para “YES MAN”, não se encontram, desde logo, no espectro do convite para tais incumbências.

BC – Mesmo ao nível local, a dinâmica das coisas é essa?
X – Ao nível local, tudo se passa como no Portugal dos Pequeninos. O sistema ajusta-se à dimensão das coisas, e o principio aplica-se mas em ponto pequeno.

BC – Essa “leitura” esgota o tema?
X – Claro que não! Pois o que sucede é que a ausência no jogo do poder de cidadãos mais capazes deixa o campo livre aos mais poderosos, qualquer que seja o domínio multifacetado das expressões do poder. Pode até ser o poder de dispor do seu tempo. Abrir diariamente uma sede partidária em “Freixo de Espada à Cinta” e servir os cafés à meia dúzia de militantes que lá aparecem semanalmente, pode conduzir alguém à Assembleia de freguesia, municipal ou até à Assembleia da República.

BC – E quem tem esse tempo para dar ao Partido?
X – Desde logo quem estiver desocupado, ou quem tiver muito pouca ocupação!

As soluções inteligentes são inumeras vezes as mais baratas! O Amor às funções é muitas vezes, uma delas.



As limitações orçamentais não limitam necessariamente as soluções inteligentes!

São unidades de espécies diferentes! A ausência do conhecimento profundo das realidades que se administram, o comodismo da gestão burocrática de gabinete, a falta de consciência da natureza das funções públicas que se exercem e de cultura democrática, acompanhadas da prosápia, são inimigos figadáis da inovação e da criatividade e, pior que tudo, da proactividade.

As limitações orçamentais, muitas vezes, não passam de boas oportunidades para a manutenção do "dolce fare niente"! Para o "tudo como d'antes no quartel de Abrantes"!

Muitos dos problemas que temos apontado a dedo, os quais brotam como cogumelos em Armação de Pêra, não resultam de dificuldades orçamentais!

Todos eles se resolveriam com proactividade, consciência da natureza das funções públicas que se exercem, alguma criatividade e, ou, inovação e sobretudo entrega e profissionalismo.

É claro que amar Armação de Pêra, ajudaria muito!

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Lagoa da bosta

Em tempos que já lá vão, foi possível tomar banho na ribeira de Pêra, que também foi um santuário de muitas espécies piscícolas. Sendo exigível e possível que tal volte a acontecer, podemos todos esperar sentados, porquanto a quem incumbe tal responsabilidade, não liga a mínima! Que se lixem, a saude pública, o futuro das espécies, a economia resultante da pesca!

O aviso está lá. Pequenino para ninguém ver, mas está lá!

Os outros prometem, Rogério Pinto cumpre! Se não temos capacidade para manter as árvores, então o melhor é acabar com elas!


Actos preparatórios do crime

Protecção para o calcetamento, que a árvore defunta nunca teve!


O crime foi consumado!

O pirata calceteiro prepara-se para atacar de novo!


Ponderados bem os factos, ficamos sem saber se chorar, se rir! Provavelmente rimos até chorar!

Por onde começar?

As árvores, todas nesta rua, foram negligentemente tratadas desde que foram implantadas.
A solução encontrada foi acabar com as caldeiras das árvores!

Depois da despesa significativa representadas pelas próprias caldeiras, rega contemplada na empreitada, a qual provavelmente, a avaliar pela morte sistemática das árvores, apesar de paga, ou pelo menos facturada, não terá sido fornecida, e a respectiva árvores, decidiu brilhantemente a CMSilves tapar as caldeiras como se de buracos se tratassem!

Para esta brilhante acção usou a CMS de todos os cuidados! A segurança dos transeuntes foi devidamente acautelada! Tudo o que não fez durante a obra grossa, quando os riscos eram enormes, apesar de toda a gente o reclamar e mesmo depois de alguns pés partidos!

Para conservar as árvores, nem tanto e o resultado está à vista!

O ridículo tem sido explorado até à náusia na comédia. Na política, não sendo predicado desconhecido, não é, de todo, estranho e, no caso de Silves, pode dizer-se tratar-se de uma preferência obsessiva!

Há poucos post atrás referimos o abuso do restaurante "Clipper" que devastou a árvore que "inadvertidamente foi plantada na sua esplanada", hoje, para resolver aquele abuso, devastam-se até as próprias caldeiras e assim, já ninguém pode reclamar.

Isto é, resolveu-se o problema o desaparecimento da àrvore devastando toda a floresta!
Sem floresta, a ausência da árvore, não é notada!

Brilhante resolução, ao nível da produção intelectual da mais básica das cavalgaduras!

Por outro lado, não esqueçamos que o Beco do Casino Velho, hoje em dia, zona de estacionamento, careçe de acessos escorreitos e as árvores constituíam um impedimento absurdo. Pena foi o dinheiro público despendido com o projectado, executado, facturado e pago com a sua implantação.

Por fim, mas não em último lugar fica a utilidade das árvores e o seu beneficio geral que a todos aproveita.

Daí que, hoje em dia, os cidadãos interessados, do bem, entre a vida e a morte daquelas, raramente hesitam, optando habitual e naturalmente pela vida! Pensam duas vezes!

Um dia no final de uma entrevista na radio, o interlocutor questionou um experimentado jornalista criminal brasileiro, sobre a diferença entre um "policial" e um "bandido".

O jornalista não hesitou: "Um policial pensa sempre duas vezes antes de atirar! Bandido não!"