terça-feira, 30 de novembro de 2010
Rio de Janeiro - batalha contra os traficantes de droga
As favelas do Rio de Janeiro transformaram-se em campos de batalha, as forças brasileiras combateram contra centenas de traficantes que se entrincheiram no complexo de favelas do Complexo do Alemão.
Após dias de preparação, as forças de segurança brasileiras invadiram o Complexo do Alemão, onde entre 500 e 600 traficantes de droga estavam escondidos. Pelo menos 42 pessoas morreram.
Pode ver aqui mais fotos
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Ai, a geografia
Por Filomena Serol
Em Portugal, lamentamo-nos muitas vezes quando os norte-americanos confundem o nosso país com uma província de Espanha. Esta falta de conhecimentos geográficos cai-nos mal… Mas quem diz norte-americanos, diz também canadianos – nacionalidade da protagonista da historieta que agora vos conto.
Alterações climáticas voltam a ser discutidas
Começa hoje em Cancun no México e decorre até dia 10 de Dezembro sobre a égide da ONU o processo de negociações sobre as alterações climáticas. Vão estar presentes representantes de mais de 190 países do mundo,tentando relançar a luta contra as alterações climáticas.
Se não existir uma forte vontade política dos países mais poluidores no sentido de avançarem com medidas concretas que reduzam os gases de efeito de estufa, o risco de um novo fracasso é uma hipótese que ensombra o encontro, o que, a suceder, irá desacreditar severamente a bem intencionada iniciativa da ONU.
domingo, 28 de novembro de 2010
HÁ MUITA ASNEIRA PRA ALÉM DO DÉFICE!
O blogue do Verador c.m.silves, trata, sem termos a certeza, cremos que pela primeira vez, o tema do LIXO no concelho!
Hoje, por via da crise e dos défices, designadamente o do orçamento municipal, toda a asneirada da gestão municipal é atribuída à contenção na despesa.
Não cremos que tudo se explique pelas medidas de contenção, as quais, a existirem (?) continuam muito curtas na mangas.
A razão de fundo meus senhores, para este e outros problemas do concelho, é que há muita asneira para além do défice!
Passe a imodéstia, já muito antes desta crise de “caixão à cova” este blogue denunciava a escabrosa situação da recolha miserável do lixo em Armação de Pêra!
Seria talvez útil ao senhor Vereador consultar o arquivo deste blogue mais vezes e estar atento às datas dos posts!
A crise não é, por conseguinte, a mãe de todas as asneiras deste executivo autárquico.
A origem do mal terá assim de ser encontrada primeiramente no desamor seguido de perto pela incompetência, irresponsabilidade, diletantismo e ausência absoluta de sentido de estado, de comunidade e de interesse público.
Por isso, para esta administração, por muito que se procure, não há outro remédio que não seja o olho da rua!
sábado, 27 de novembro de 2010
The Ocean mantêm estrela no guia Michelin
O ano passado noticiamos neste blog que O The Ocean tinha ganho uma estrela no Guia Michelin, este ano a estrela continua a pertencer-lhe enquanto outros a perderam. O The Ocean pertence ao restrito grupo dos 11 restaurantes portugueses premiados pelo Guia Michelin com uma 1 estrela.
Para um restaurante ostentar uma estrela Michelin não basta ter um grande chefe à frente da cozinha. Muitos tem-nos de excelente qualidade mas nem por isso têm estrelas Michelin. É preciso ter condições de trabalho excepcionais, bons produtos, uma boa equipa, tempo para testar novas receitas, uma boa carta de vinhos, e excelente serviço.
A propósito da economia, da confiança, da crise...
25 de Outubro de 2007, 06:30
Por Sérgio Soares, da agência Lusa
Lisboa, 25 Out (Lusa) - Os portugueses são o povo mais desconfiado da Europa Ocidental e ocupam a 25ª posição entre 26 países num estudo da OCDE destinado a medir a amplitude da desconfiança e falta de civismo dos diferentes povos recenseados.
Os estudos da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e da "World Values Survey", citados no novo livro "A Sociedade da Desconfiança, por dois economistas franceses do Centro para a Pesquisa Económica e suas Aplicações (CEPREMAP), demonstram que esta "ausência de confiança generalizada nos outros e nas instituições é mensurável e afecta a economia e a sociedade em geral" em todos os países avaliados.
Os portugueses são, em média, os europeus mais desconfiados, à frente dos franceses (24º lugar) e da maioria dos outros povos desenvolvidos, de acordo com uma outra sondagem realizada entre 1990 e 2000 pela «World Values Survey» que inclui os países membros da OCDE, nomeadamente EUA, Japão, Austrália e Canadá. No último lugar, imediatamente depois de Portugal, apenas os turcos conseguem ser ainda mais desconfiados.Em resposta à pergunta "Regra geral, pensa que é possível confiar nos outros ou acha que a desconfiança nunca é suficiente?", os portugueses ficaram no último lugar, com menos de 18 por cento a responderem afirmativamente. Os franceses situam-se imediatamente a seguir em termos de desconfiança média relativamente aos demais e às instituições.
No outro extremo, 66 por cento dos suecos e 60 por cento dos dinamarqueses admitem por regra confiar nas outras pessoas e nas suas instituições.
Numa comparação entre pessoas com o mesmo nível escolar, sexo, situação familiar, religião e orientação política, face aos noruegueses que ocupam o primeiro lugar relativo aos que mais confiam, os portugueses só ficam à frente da França, Hungria, Turquia e Grécia.
O economista e professor universitário Mira Amaral disse à agência Lusa "não ter ficado surpreendido" com estas estatísticas. Para o antigo ministro da Indústria do primeiro governo de Aníbal Cavaco Silva, a desconfiança "afecta, obviamente, a economia" e indicia incapacidade das pessoas para trabalharem com outras em rede.
"A desconfiança mostra que não acreditamos nas outras pessoas e no País, e quando uma pessoa não confia no seu país não investe", sublinhou, acrescentando que os portugueses "são pouco liberais e muito estatistas".
Opinião semelhante tem o economista António Nogueira Leite para quem "a desconfiança social afecta, sem dúvida nenhuma, a competitividade" ao criar entropias que complicam as relações económicas e por implicarem o "falhanço de alternativas" válidas.
"É um indicador importante", afirmou, referindo-se às estatísticas recolhidas nestes estudos.
O também economista e professor universitário João César das Neves, embora só concorde em termos gerais, afirma-se "surpreendido" com a colocação de Portugal porque, apesar dos portugueses serem um "povo muito desconfiado há pior na Europa".
Graças aos franceses que, em regra, se situam nos estudos citados quase sempre pior colocados, os portugueses são os menos cívicos e apenas ultrapassados por mexicanos e franceses, ocupando também a terceira posição entre os povos que acham legítimo receber apoios estatais indevidos (baixas por doença, subsídios de desemprego etc.), adquirir bens roubados (14º lugar para os portugueses contra 20º lugar dos franceses) ou aceitar luvas no exercício das suas funções (12º lugar para os portugueses e 21º lugar para os franceses).
Para Mira Amaral, estas estatísticas tornam evidente também o problema do Estado providência que não suporta indefinidamente os abusos de pessoas sem escrúpulos que recebem apoios sociais indevidos através de métodos fraudulentos, por exemplo para conseguirem baixas médicas."Este comportamento não é atávico" nos portugueses, no sentido de que não possa ser remediado, mas é "uma grande pecha", afirma.
A maioria dos inquiridos nos estudos da OCDE e no livro diz, contudo, condenar a falta de civismo, qualquer que seja o país considerado. No entanto, os habitantes dos países nórdicos e anglo-saxónicos são maioritários em relação aos do Mediterrâneo ao considerarem que tais actos nunca se justificam.
Os autores dos diferentes estudos chegam à conclusão que a falta de civismo é transversal a todas as sociedades e não apenas às pessoas com menor nível escolar.
De acordo com o comportamento registado entre os diplomatas de 146 países nas Nações Unidas e nos consulados em Nova Iorque, no que respeita ao cumprimento das regras de trânsito, constata-se que entre 1997 e 2005 os diplomatas portugueses foram os que mais infracções cometeram mas beneficiando de imunidade, entre os ocidentais (68º lugar), bastante pior situados do que os espanhóis (52º) e só à frente dos franceses (78º).
Na longa lista de estatísticas sobre comportamento, o das empresas portuguesas no estrangeiro são as que menos envergonham ao situarem-se a meio da tabela, no 15º lugar, entre as que menos tentativas fazem para corromper nos mercados onde se instalam.
Segue-se uma lista decrescente integrada pela França, Espanha, EUA, Bélgica, Holanda, Alemanha, Reino Unido, Canadá, Áustria, Austrália, Suécia e Suiça.
As empresas que mais tentativas de corrupção fazem são as da Índia, China, Rússia, Turquia, Taiwan, Malásia, África do Sul, Brasil, Arábia Saudita, Coreia do Sul, Itália, Israel, Hong Kong, e México.
Para quase 20 por cento dos portugueses e franceses "para se chegar ao topo, é necessário ser corrupto".
Neste aspecto, Mira Amaral faz questão de explicar que existem duas motivações. Uma assente na inveja dos que não suportam ver alguém triunfar e outra dimensão baseada na convicção justificada do povo de que a classe política, através de esquemas, promoções e "amiguismo", consegue obter mais privilégios do que os devidos.
"A promiscuidade entre grupos económicos e políticos leva as pessoas a terem alguma razão nessa sua desconfiança", constata Mira Amaral.
"Hoje em dia, não se é premiado por se ter tido uma boa carreira mas por amiguismo", sublinha o antigo governante que confirma ter constatado inúmeras vezes este fenómeno e o ter sofrido na pele.
O antigo ministro reconhece que "há um grande tráfico de influências e de amiguismo" que favorece indevidamente os círculos que disso beneficiam.
Belgas, franceses, italianos e portugueses são os povos europeus que menos confiam na sua administração da justiça, contra os dinamarqueses que ocupam o 1º lugar entre os que mais confiança depositam no respectivo sistema judicial.
Curiosamente, os portugueses são dos que mais confiam no seu parlamento (9º lugar), apenas atrás da Suíça, Espanha, Áustria, Finlândia, Dinamarca, Suécia, Holanda e Noruega, e ocupam paradoxalmente o mesmo lugar no "ranking" dos que mais confiam nos sindicatos, apesar das elevadas taxas de desvinculação sindical.
Os mexicanos, seguidos dos turcos, checos, gregos e franceses são os que declaram não ter "nenhuma confiança" nos respectivos parlamentos.
No seu livro "A Sociedade da Desconfiança", Yann Algan e Pierre Cahuc consideram que a origem da desconfiança se baseia no corporativismo e no estatismo. Essa mistura criou em vários países um "círculo vicioso de desconfiança e de disfunções do modelo económico e social", liquidando a bandeira do universalismo que alguns povos gostam de apresentar.
O estudo dos dois economistas franceses revela que, se não existisse uma desconfiança tão elevada em relação às outras pessoas e às instituições (governo, parlamento, sindicatos), em média por habitante, os portugueses teriam aumentado em 18 por cento os seus rendimentos médios entre os anos 2000 e 2003 com efeitos idênticos sobre o PIB.
João César das Neves considera que a desconfiança é "sem dúvida" um elemento importante para a dinâmica económica mas que ela é, antes de mais, uma "terrível influência para a vida social e o equilíbrio pessoal e familiar". Para este economista, o efeito sobre o crescimento ainda é o menos importante.
Os autores do estudo dizem relativamente à França, citando os principais líderes políticos, entre os quais Francois Bayrou, que o país vive a "mais grave crise da sua história recente, e que esta é uma crise de confiança" nas instituições e nos diferentes órgãos do Estado.
Mira Amaral concorda e considera que, "genericamente, as estatísticas apresentadas também estão de acordo com as características dos portugueses como povo".
João César das Neves acha que esse elemento é importante mas secundário, sublinhando mais o facto de vivermos numa época de transição social, com enorme transformação das instituições, hábitos e costumes e a consequente crise cultural, que é particularmente visível na Europa.
"Além disso, a tradicional tendência portuguesa para a violação das regras também tem efeitos, junto com a má qualidade da classe política", destaca.
Pouco optimista, afirma que a desconfiança tem flutuado ligeiramente com as crises económicas e políticas. "Estamos hoje melhor que há três anos, mas pior que há dez. Mas trata-se de pequenas alterações à volta de um nível baixo", conclui.
O velho ditado com "um olho no burro e outro no cigano" parece continuar a guiar o comportamento quotidiano dos portugueses.
SRS.
Lusa/fim
( http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/EVfkRu9tdosxOzbGTJ7O1w.html)
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Despudor na desconsideração de valores estruturantes num Estado de Direito
O Tribunal Europeu dos Direitos do Homem (TEDH) condenou Portugal pela cobrança de custas judiciais acima do aceitável.
O processo custa ao Estado Português 190.000 euros, o valor da indemnização atribuída aos lesados que tiveram de pagar mais pelas custas de um processo do que o valor que receberam por via dele: uma indemnização pela expropriação dos seus terrenos para que a Brisa construísse uma auto-estrada.
Para o TEDH, Portugal viola o direito constitucional de propriedade e de justa indemnização pela sua perda.
Refira-se que em Portugal, o pagamento de custas judiciais tem natureza fiscal e corresponde à contrapartida do fornecimento de um serviço de acesso à justiça.
Esta característica mantém-se com o novo Código das Custas, que entrou em vigor em Janeiro de 2009.
No entender daquele tribunal, não foi assegurado um equilíbrio justo entre os interesses em causa, ou seja, o direito dos proprietários receberem um valor pelos terrenos, e o interesse geral da sociedade na contrução da estrada.
O acórdão revê o caso de um terreno no Alentejo com cerca de 130 mil metros quadrados, que foi expropriado em 1995 aos proprietários, a favor da Brisa, para a construção de uma auto-estrada.
Não foi conseguido na altura acordo entre os expropriados e o expropriante, pelo que a indemnização veio a ser definida por uma comissão de arbitragem que avaliou o terreno em 177.000 euros.
Nem os proprietários nem a Brisa concordaram com o valor definido, iniciando-se uma série de recursos.
No final, o valor da indemnização pela expropriação foi fixado pelo tribunal em 197.236 euros, tendo o Tribunal da Relação confirmado essa decisão.
As custas do processo a pagar pelos proprietários, foram fixadas em quase 500.000 euros. Foram alvo de reclamação, tendo o tribunal diminuindo as custas para cerca de 309 mil euros.
Este valor também alvo de recurso, que chegou até ao Tribunal Constitucional, mas esta instância não aceitou o caso.
A questão foi então levada ao TEDH (Tribunal Europeu dos Direitos do Homem) que decidiu a favor dos proprietários expropriados.
A taxa de justiça foi fixada em 15.000 euros e considerada paga, e a indemnização a receber em 190.000 euros.
O Estado tem até Fevereiro para pagar aos lesados.
A noticia justificaria um livro sobre Cidadania, Estado de Direito, Contrato Social e de como o Estado Português em muitos aspectos se encontra mais próximo do aparelho do Rei Soberano que de um verdadeiro Estado moderno e Social.
O acesso à justiça é gratis em muito paises europeus, a começar pela vizinha Espanha.
Em Portugal, pelo contrário, assiste-se já a inumeras violações dos direitos individuais, mormente em matéria fiscal, que ficam impunes, mas não só mas pior, porquanto se perpretam verdadeiras injustiças sem que ninguém ou qualquer direito possa acudir aos lesados.
Recorde-se apenas os números publicados pelo Provedor de Justiça que apontavam para um sucesso processual dos contribuintes em Tribunal na ordem dos 60%!
Desconheçemos é o número de processos que teriam o mesmo fim caso fossem impugnados por aqueles que não têm, hoje em dia, dinheiro para pagar os preparos judiciais, esquecendo já os honorários do advogado que por eles litigasse judicialmente!
Daqui também será lícito concluir acerca do valores que o Estado, despudoradamente, cobra nos processos que não são impugnados, mas que bem poderiam sê-lo caso o contribuinte tivesse dinheiro.
Isto para não falar do temor (ou pavor) de muitos outros contribuintes que continuam convencidos que pagar o que lhes pedem ainda é o que lhes fica mais barato, dando corpo à verdadeira aberração que constitui a renúncia objectiva ao exercício de direitos constitucionais por parte de cidadãos por virtude de uma memória remota que os retém na idade média interagindo com a Inquisição, ou mais recentemente, no consulado Salarazista interagindo com a P.I.D.E..
O verdadeiro, mais profundo e nobre fim da Revolução de Abril era, implicitamente, dizimar os efeitos destes atavismos decorrentes dessas memórias remotas nos cidadãos que despontavam para integrar uma nova, verdadeira e meritória República!
Trinta e seis anos depois, ainda não se encontram atingidos!
O Estado que se pretende social, alegando cumprir a sua natureza é bastas vezes anti-social!
E os seus cidadãos não "morrendo" da doença, morrem bastas vezes da cura!
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Carpir é nosso, como os produtos nacionais. Não Esquecer!
POR FAVOR, LER ATÉ AO FIM PARA AJUDARMOS PORTUGAL
Estima-se que se cada português consumir mais 150€ de produtos nacionais, por ano, a economia cresce acima de todas as estimativas e, ainda por cima, cria postos de trabalho.
Ponham o mail a circular. Pode ser que acorde alguém.
Dê preferência aos produtos de fabrico Português. Se não sabe quais são, verifique no código de barras.
Todos os produtos produzidos em Portugal começam por 560 ........
Reformas com tecto máximo de 1700 euros
terça-feira, 23 de novembro de 2010
No Algoz pais pedem segurança
Um grupo de encarregados de educação de alunos da Escola Básica nº 1 e Jardim-de-Infância (EB1+JI) de Algoz marcou para hoje de manhã um cordão humano à volta do estabelecimento de ensino, como forma de alertar a comunidade para a insegurança e falta de higiene. O grupo está a promover também um abaixo-assinado, que será entregue à presidente da Câmara de Silves.
O dinheiro para a educação tem dificuldades em aparecer, tanto aqui em Armação de Pêra como no Algoz, mas para festas, romarias e consultadoria jurídica Isabel Soares já sabe gastar à tripa forra.
Veja-se os exemplos dos ajustes directos:
Prestação de serviços contínuos de aluguer, montagem e desmontagem de stands e tendas 73000 euros
ALLTENDAS - Aluguer e Montagem de Equipamentos para Eventos, Lda
Aquisição de Prestação de Serviços Jurídicos 70000 Euros
Leonor Bentinho e Carla Bentinho - Sociedade de Advogados, RL
Fornecimento de T-shirts e Bonés para realização do evento Silves Tour 2010 5960 euros
Zero X, Lda
Prestação de serviços na área da comunicação e propaganda - Geração S - lançamento de imagem 7500 euros
Think Comunicação, Lda
5 ANOS DO PENEDO GRANDE
Quem nos conhece sabe ser nossa profunda convicção de que só uma opinião pública informada pode promover a edificação de uma sociedade melhor, diremos mesmo se tomarmos como ponto de partida a sociedade que temos, uma sociedade muito melhor!
De facto uma opinião pública esclarecida tenderá a deixar de atender ao folclore eleitoral e a exigir programas eleitorais e mandatários capazes cuja acção concreta fiscalizará com outra exigência e competência.
Com o devido respeito àqueles que o possam fazer sem nosso conhecimento, são já os blogues da iniciativa da sociedade civil do concelho, como o Penedo Grande, que antecipam virtualmente esses cidadãos do futuro!
E com resultados no condicionamento do comportamento da classe politica concelhia bem menos modestos que aqueles que o Paulo Silva refere no post alusivo.
Sobretudo pelo contributo do Penedo Grande para esse elevado objectivo, aqui deixamos uma sincero obrigado pelos cinco anos percorridos nesse caminho.
Pela iniciativa, qualidade, consistência e persistência do cidadão que participa gostaríamos de deixar o aplauso e a justa homenagem !
J.J.J.
E se Banksy “atacasse” a Fábrica do Inglês…
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
domingo, 21 de novembro de 2010
sábado, 20 de novembro de 2010
O Mercadinho disléxico, do Portugal dos pequeninos!
Num pais como Portugal, apesar das medidas tomadas pelo governo, que se viu finalmente obrigado a autoflagelar-se reduzindo o peso salarial da função pública, medida que se impunha de há muito, à qual resistiu, como uma avestruz, enquanto foi possível e apesar da evidência sobre a sua inevitabilidade atentos os sistemáticos desmandos orçamentais dos sucessivos governos e o estado das contas públicas que motivaram, persiste-se numa atitude, agora chorosa, continuadamente desfocada sobre a realidade, quer por parte dos responsáveis políticos, quer por parte de muitos agentes económicos.
Vem tudo isto a propósito dos estigmas que as actividades especulativas, como a especulação imobiliária, que caracterizaram um certo tipo de desenvolvimento, de resto, como se vê, inconsequente, lavraram fundo no mercado.
Muitos agentes económicos, designadamente os senhorios, como se nada tivesse acontecido no mercado e na economia, teimam em reclamar pelas rendas dos seus imóveis, valores absolutamente incomportáveis para os negócios que nos mesmos escolhem instalar-se, tal como hoje correm.
É recorrente assistir a muitos desempregados, com iniciativa e saber, tentarem jogar mão de qualquer pequeno negócio, na busca de um pequeno lucro que lhes permita amenizar os seus défices.
Para tanto recorrem ao arrendamento com carácter permanente – uma loja – ou transitório – um espaço – numa superfície comercial tradicional ou esporádica ( do tipo Fatacil).
Invariavelmente concluem que a facturação realizada chegou, quando chegou, para a renda e para pagar a mercadoria transaccionada. O trabalho não foi remunerado porque o volume de negócios não chegou para mais.
Os senhorios ou promotores destas feiras (stockmarket , stock ligth ou equivalente, como agora se chama) continuam, indiferentes, a reclamar rendas que não tem nada que ver com a nossa economia, muito menos com o estado em que a mesma se encontra, permanecendo em “jogo” graças à procura dos incautos que arriscam resistir à adversidade com trabalho, iniciativa e empreendorismo.
As regras, ou a ausência das mesmas, estabelecidas pela especulação imobiliária continuam a caracterizar a actividade de grande parte deste sector de actividade!
As conclusões que retiram da crise é continuar a agir da mesma forma esperando o mesmo resultado. E enquanto o número de incautos continuar a aumentar, como é de esperar com o aumento do desemprego, continuarão a sobreviver com aquelas regras.
Há senhorios que mantêm as suas lojas para arrendar longos meses a fio, aguardando o tonto que as ocupe pela renda pedida.
Senhorios, muitas vezes em estado de necessidade, teimam em manter elevadas as suas pretensões, crentes que é a atitude mais sensata!
Sem fazer contas ao que perdem, aninham-se com os seus sonhos especulativos a somar as rendas que virão a receber quando o incauto aparecer.
Quando acordam, se não for na iminência de um despejo do seu inquilino, por falta do pagamento de rendas, é pela notificação de que o inquilino não suporta o seu custo, pretendendo fazer cessá-lo o mais rapidamente possivel.
A Lei da Oferta e da Procura é letra morta neste mercado. Esta não é uma economia de mercado.
A agiotagem caracteriza mais este sector que qualquer valor integrante do conceito de empresariado.
Razão talvez tivesse tido a lei das rendas salazarista que as congelava, talvez por conhecer bem a natureza ancestral daqueles que dão razão ao ditado "não sirvas a quem serviu"!
Desses direitos, por seu turno, muitos inquilinos usaram e abusaram, explorando o uso e habitação de exploradores e explorados, deixando aos interpretes vindouros desses mesmos papéis o "stress" de uma verdadeira luta de classes.
A inteligência da classe politica democrática nos sucessivos episódios governativos nunca querendo perder os votos dos protegidos pela lei das rendas salazarista ou seus sucedaneos nunca lidou o problema de frente, antes tentou contorná-lo pretendendo transformar, em verdadeiro passe de mágica, todos os inquilinos em proprietários, em vez de se preocupar mais em contribuir para o funcionamento eficiente do mercado.
Conservou votos, através de uma politica "social" à conta dos senhorios. Como é bonito ser-se generoso à custa alheia!
De resto, como tem feito com o produto dos nossos impostos, mantendo o emprego clientelar na administração pública e os privilégios sociais dos seus funcionários, face aos demais, na saude e na reforma.
Tudo isto enquanto em economias maduras, nada resiste à Lei da Oferta e da Procura. Mesmo o imobiliário e todos os contratos que ao sector dizem respeito.
Mas isso é outra estória! É a estória das especificidades portuguesas.
Mesmo a classe empresarial, na qual, qualquer economia de mercado, tem fundadas expectativas enquanto agentes do desenvolvimento, em Portugal, salvo honrosas excepções, quando ultrapassa a insignificância, gosta de viver paredes meias com o orçamento, não é seduzida pelo risco, nem pelo investimento, e, em boa verdade, nem sequer pelo mercado, permanece atavicamente a apreciar a especulação e o curto prazo.
Por outro lado, os sindicatos não dão melhor conta de si, permanecem envoltos na neblina Sebastianica, aguardando diferentes resultados, apesar de conservarem as mesmas práticas.
A juventude da democracia, o diletantismo da sua classe politica, a assepsia das elites politicas, culturais e económicas, a rejeição da realidade profunda do Portugal salazarista e da sua pobreza ancestral por um lado e os fundos estruturais europeus por outro, “acompanhados à viola” pela euforia do contributo inestimável do apelo ao consumo típico de uma sociedade desenvolvida, que parecíamos ser, criaram-nos uma ideia virtual de desenvolvimento, sem qualquer sustentação na economia real.
Disléxicos todos. Os senhorios são só um bom exemplo disso!
Que agilidade podemos esperar deste mercado paralítico, para aniquilar os condicionamentos que nos retraiem?
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
A desesperada esperança
A desesperada esperança reside agora nos "investidores", não importa quem eles sejam, e se respeitam ou não os direitos humanos nos seus países (isso parecem coisas do passado, o que faz suspeitar sim, de um ataque à democracia, porém a uma escala nunca vista).
terça-feira, 16 de novembro de 2010
A saida da crise, está em mudar de vida!
Invariavelmente cobrem as ineficiências, omissões e muitos outros dislates, à conta do aumento da carga e pressão fiscais pelo lado da receita.
Invariavelmente também insistem em se apresentarem donos do seu nariz, falando sempre ex catedra como se não necessitassem dos conselhos avisados dos cidadãos e, de entre eles, muitos bem mais qualificados que eles.
Sistematicamente tendem para zelar pela reeleição à conta do aumento da despesa no OGE, como se nada se tivesse passado durante os mandatos onde exibiram a sua ignorância e inconsistência, à exaustão.
Mesmo que prossigam interesses inconfessados, os quais, as mais das vezes, sabemos bem prosseguirem, não deixam de ser estupidos ao tomarem-nos activamente por estupidos.
Incomensuravelmente estupidos de idiotas que são!
Porque "temos" que continuar a lidar com esta gentinha poucochinha, não devemos esquecer de nunca subestimar a estupidez dos idiotas!
Ah! e já agora, aproveitar para mudar de vida(partidária e eleitoral)!
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
domingo, 14 de novembro de 2010
sábado, 13 de novembro de 2010
Biblioteca Escolar –EB1 e Jardins de Infância de Alcantarilha, Armação de Pêra
Um blogue cá da terra onde podemos ficar a conhecer o que acontece na Biblioteca Escolar –EB1 e Jardins de Infância de Alcantarilha, Armação de Pêra
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Endividamento Global!
durante a Grande Depressão e hoje em dia!
Os governos têm-se endividado durante séculos, recorrendo ao esquema de Ponzi, envolvendo os contribuintes, os investidores e as gerações futuras.
terça-feira, 9 de novembro de 2010
REPUTATION INSTITUTE, pela voz do seu Presidente Simon Svergaard
De acordo com Simon Svergaard, vice-presidente da entidade que analisa como os países se vêem uns aos outros, a crise da dívida e os impasses políticos não terão ainda afectado aquela posição no ranking. Mas se as medidas de austeridade gerarem agitação social, a reputação será atingida e a economia vai sentir o impacto.
Como é que se avalia a reputação de um país?
Há cerca de dez anos desenvolvemos um modelo para avaliar a reputação das empresas, que mede a ligação emocional que uma pessoa tem com uma empresa. Há três anos decidimos fazer o mesmo para os países. Fizemos uma investigação sobre como conseguiríamos obter um quadro de pontuações para um país que reflectisse a sua reputação. Basicamente, há quatro pontos-chave: é um país em que confia, é um país pelo qual tem uma estima grande, é um país onde gostasse de ir e é um país que lhe desperta um sentimento positivo. Além disso, tentamos perceber por que é que aquele país tem uma determinada reputação, o que envolve questões sobre até que ponto o Governo é eficiente, sobre a situação económica do país, o ambiente físico e o estilo de vida.
No último estudo que fizeram, a reputação de Portugal estava em 19º lugar em 39 países. Mas, olhando para a autopercepção dos próprios portugueses, a reputação descia para 32º lugar entre 35 nações. O que contribui para isto?
Apesar da diferença, Portugal é um dos países onde há um equilíbrio entre a forma como os estrangeiros vêem o país e como os portugueses o vêem. Quando se vive num país, tende-se a ser mais positivo para com esse país. Em Portugal, isso não acontece. Quanto à percepção por parte dos países do G8, Portugal é um país muito bonito e com um estilo de vida apelativo. Em contrapartida, tem pontuações mais baixas ao nível do avanço económico, por ser um país que não se identifica com nenhuma grande marca e por ser visto como pouco desenvolvido no campo da tecnologia, quando, na realidade, é bastante desenvolvido.
Isso quer dizer que esses avanços não são suficientemente visíveis?
Sim. Portugal tem uma rede de infra-estruturas viárias que é das melhores da Europa, tem uma rede de comunicação moderna, um sistema bancário em que todos os ATM estão interconectados. Há países considerados muito desenvolvidos, como os da Escandinávia, que não têm estes avanços. O problema é: será que o resto do mundo sabe desta faceta? Portugal tem capacidade para se posicionar como um dos países líderes da Europa no campo da tecnologia, mas, para isso, tem de começar a comunicar o que faz.
O vosso estudo foi feito no início do ano, quando Portugal ainda não tinha enfrentado a pressão dos mercados sobre a dívida pública. Que impacto este contexto tem na sua reputação?
Se olharmos para a situação actual na Grécia e também em França, não tenho dúvidas de que estes países terão uma pontuação menor no próximo estudo. Cada vez que há um acontecimento físico num país, a reputação desce. É o caso das manifestações sociais na Grécia e em França contra as medidas de austeridade. Isto leva a uma perda de reputação que tem um efeito imediato na economia, fazendo diminuir a actividade turística e pode ainda gerar perdas no investimento estrangeiro. Em Portugal, a situação é um pouco diferente, mas pode agravar-se, se Portugal também não conseguir evitar manifestações e greves. A partir do momento em que houver agitação social, a reputação de Portugal é atingida.
Mas acha que Portugal está já a perder reputação?
Não. Mas acho que o Governo português está a esconder-se da tempestade, à espera que esta desapareça. Se o Governo quer melhorar e aumentar reputação, tem de assumir responsabilidade de prestar atenção ao que se diz sobre o país lá fora e desempenhar um papel mais activo na comunidade global. Portugal acaba de ser nomeado para o Conselho de Segurança das Nações Unidas, tem Durão Barroso à frente da Comissão Europeia, tem de saber aproveitar-se disso para aumentar a sua presença a nível internacional.
O Governo não tem sabido comunicar como deve ser?
O Governo português devia ser mais pró-activo em termos de comunicação e garantir que as suas políticas e medidas não são discutidas apenas na imprensa nacional mas internacional. Neste momento, se olharmos para os meios de comunicação internacionais, apenas ouvimos falar da Grécia, da Irlanda ou da Espanha. Não passa a ideia que Portugal é um país que está pronto para fazer qualquer coisa para sair da crise.
Tem-se falado muito da possibilidade de Portugal vir a recorrer ao Fundo Monetário Internacional (FMI), como fez a Grécia. Se isso acontecer, que impacto tem sobre a reputação do país?
No curto prazo, não tenho dúvidas de que uma intervenção do FMI faria Portugal perder confiança, pois passaria a imagem de que o Governo não consegue tomar conta do país. Poderia gerar-se a noção de que Portugal é uma nova Grécia. Contudo, no longo prazo, poderia até ser bom, porque ajudaria o país a resolver a crise. Por isso, não posso dizer que é algo necessariamente mau.
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
O exemplo do Zézé Camarinha não floresceu por Armação de Pêra!
Acreditámos que a maior parte dos armacenenses entenderia o inglês suficiente para compreender os posts que vamos publicando neste blog.
Ao que parece o exemplo do Zézé Camarinha não floresceu por Armação de Pêra (e por um lado ainda bem...), atendendo às reclamações que nos enviaram por Email. Por isso, aqui deixamos “Learning English with Misterduncan”, para que alguns dos nossos leitores possam iniciar a sua formação nesta área e possam beneficiar do resultado do trabalho de muitos cidadãos empenhados, por esse mundo fora. Claro que também esperamos que se reduzam as reclamações.
domingo, 7 de novembro de 2010
sábado, 6 de novembro de 2010
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Poucochinhos...
Não somos especialistas em economia. Porém andamos por cá, activamente, há alguns anos, o que nos permitiu conviver, observar e concluir meia dúzia de coisas sobre a economia portuguesa, o Estado e a sua interdependência vital.
Há meia dúzia de anos também, revelou-se-nos através de um palavroso conviva, profissional competente e respeitado como tal, uma síntese estatística, que aglutinou um conjunto largo de percepções isoladas a que a mesma deu uma nova vida ou melhor uma estruturação fundada a uma tese que, mesmo para quem não é economista e sobretudo não sendo economista, não passava de uma convicção impressionista do que era a dimensão da economia portuguesa a qual não resisto, nestes dias de desespero existencial, a partilhar convosco.
O que também só é possível por não ser economista, já que apenas posso garantir a ordem de grandeza dos dados e não o rigor absoluto dos números.
Todos sabemos o que é o imposto sobre o valor acrescentado, aquele que se liquida e aduz a qualquer transacção ou prestação de serviços, aquele que hoje anda, grosso modo, pelos 21% e irá passar para os 23% no próximo ano.
Qualquer estatística sobre este imposto constitui uma radiografia muito séria e crua sobre a economia portuguesa porquanto nos dirá como a mesma é composta.
Tanto quanto soube por aquela via existem em Portugal cerca de 770.000 contribuintes que liquidam, cobram e entregam ao Estado o IVA resultante das transacções que efectuam ou dos serviços que prestam.
Quer isto dizer que são 770.000 as empresas, empresários e profissionais liberais (aqueles que, no decurso das suas actividades se encontram obrigados a liquidar o IVA. Existem mais profissionais, como os médicos, ou empresas, como a Banca ou exportadoras, cujos serviços ou transacções não são passíveis de incidência de imposto).
Deste universo, somente cerca de 77.000 (andará o número pelos 10%) têm a obrigação mensal de entregar ao Estado o imposto recolhido, sendo que os restantes (+ ou -700.000)o fazem trimestralmente.
Equivale por isto dizer que daquele universo (770.000) somente 10% (77.000) têm um volume de negócios superior a (+ou -) 600.000 euros anuais.
Por aqui se pode ver a dimensão das empresas que integram a nossa economia: somente 77.000 facturam mais de 600.000 euros anuais(50.000 euros/mês), sendo que 693.000 empresas facturam menos de 50.000 euros por mês.
Mas o dado ainda mais impressionante (será possivel?) está por chegar!
Calculam os leitores o número de empresas que são responsáveis pela liquidação, cobrança e entrega ao Estado de cerca de 70% da receita de IVA? Digamos... por 70% do volume de negócios no mercado (sem Banca, médicos, exportadoras e pouco mais)?
Pois bem, tal número é inferior a 20 empresas!
Aterrador!
Pensando melhor, até poderemos adivinhar quais serão: EDP, Petrogal, Portugal Telecom e outras das comunicações, Sonae e outros distribuidores, Portucel, alguma cimenteira, alguma farmaceutica, algum importador de automóveis e rapidamente chegaremos aos 20.
Que concluir sobre esta economia, entre muitas outras coisas? Que, se não é insignificante, anda muito próxima da insignificância!
Que, só os monopolistas de facto, têm consumidores em número suficiente, para economias de escala e dimensão internacional.
Que só produtos de primeira necessidade são negócio com dimensão neste pequeno mercado (como aliás já no tempo da economia rural do Dr. Salazar, sendo que, por aqui, pouco avançámos).
Que só a despesa do Estado, sobretudo com as obras públicas, assegura volume de negócios suficente para outro pequeno grupo de empresas (certas construtoras) ter alguma dimensão internacional.
Que o grosso do emprego não são elas que dão, porque por aí os números invertem-se, estes oficiais, já que cerca de 66% do emprego é assegurado pelas micro, pequenas e médias empresas.
Que o Estado, à conta da despesa, continua a ser o principal empregador e empreendedor nesta economia. Isto sem o Estado não vai lá, como disse Sócrates durante o seu primeiro mandato.
Que, sem uma iniciativa privada e uma economia maior que gere a receita necessária ao Estado social dificilmente poderemos sair deste imbróglio já que o Estado tende a suprir os défices de emprego (quer através do emprego, quer através do desemprego) e assegura as reformas, os quais (emprego directo, subsidio de desemprego e reformas) representam cerca 80% do impacte, pelo lado da despesa, no OGE, o qual com este peso às costas dificilmente, algum dia, folgará.
Que, é urgente acabar com privilégios que distinguem os funcionários públicos dos outros trabalhadores por conta de outrém, porque sendo uma medida de justiça social e equidade que se impõe (não há razão para uns serem filhos do orçamento e outros enteados, sendo premente o nivelamento pelos enteados, uma vez que não é possivel todos gozarem do estatuto, regalias e segurança dos funcionários públicos, nem tal é cogitável), reduz substancialmente a despesa onde ela mais pesa, sem que, moralmente, seja possível condenar a iniciativa e, ou, o seu resultado.
Que, sem prejuízo de quaisquer outros desenvolvimentos que a inovação e o engenho possam trazer e que têm de trazer e apesar da crise internacional, o turismo é o sector, à mão de semear, absolutamente prioritário que terá de ter, de uma vez por todas, politicas competentes, prospectivas, sérias e estáveis, o que só se atingirá com um pacto de regime que assegure o seu desenvolvimento estruturado e sério, porque o turismo concorre decisivamente para suprir défices essenciais da nossa economia: Exportação (Balança Comercial) Emprego (é o sector que por milhão de dolares investido mais emprego cria) e Consumidores (os 10 milhões de portugueses só chegam para alimentar as empresas monopolistas de sempre no mercado, que ainda precisam de privilégios, como a EDP, que lhe garantem um volume certo de facturação).
Que, se houver coerência na história deste pais, ainda vai aparecer petróleo no nosso território “on shore” ou “off shore” (já temos gás natural, descoberto mas não explorado em razão de muita burocracia, incompetências, irresponsabilidade e atavismos, para muitos anos de consumo) que nos permitirá, por um novo ciclo de vacas gordas, continuar a sermos iguais a nós próprios: aquele povo, lá para os confins da Ibéria, que não se sabe governar, nem se deixa governar!
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
República Portuguesa ou Portugal, S.A.? Cidadão ou Accionista?
O Vereador Fernando Serpa no tarefismo da sua actividade politico-bloguistica tanto nos dá noticias e informações relevantes como nos dá, com a mesma velocidade e leveza, opiniões/provocações intelectuais que nos deixam, não poucas vezes, perplexos.
Deduzimos do teor do seu post de 31 de Outubro, acerca dos custos estonteantes que, só em sede de juros, as dividas da CMS aos seus fornecedores atingirão, que se fossemos todos inteligentes como, em seu entender, os que pensam como ele e não como nós, deveríamos ter apoiado a proposta do PSD, no sentido de ver a taxa do IMI para os imóveis do concelho, atingir o tecto legal, o máximo permitido, independentemente da carga que tal decisão traria para os cidadãos contribuintes.
Dizemos nós que, em decorrência do mesmo principio, poderíamos chegar mesmo ao prémio Nobel da inteligência, se estivéssemos dispostos a defender uma taxa de IMI (mesmo ilegal que fosse) na medida do dobro ou mesmo do triplo da máxima legalmente permitida, uma vez que, desse modo, contribuiríamos melhor para o serviço da divida da autarquia perante os seus credores.
Agir com inteligência, na nossa versão irónica, ou em benefício de um sono tranquilo, na versão original, seria por conseguinte colocar-nos a pagar – pura e simplesmente – a despesa desmesurada, irresponsável e diletante inscrita no orçamento municipal, ainda que tal sacrifício seja desproporcionado e injusto para o cidadão contribuinte, sem a questionar.
A atitude implícita neste ponto de vista não é, de resto, original. Ela é muito típica da classe politica dirigente, aquela mesma que tem gerido o OGE de há muito até hoje, e cuja performance se encontra bem evidente no estado das nossas finanças públicas, já para não falar do estado da nossa economia, para o qual a nossa classe empresarial também tem dado o seu contributo inestimável.
Trocando por miúdos: a classe politica gere a res publica com a leviandade de um louco temerário; tal gestão suicidária resulta numa situação de insolvência e os cidadãos contribuintes, SEM questionarem a competência da gestão, SEM questionarem a legitimidade daqueles que, qualquer que tenha sido o seu contributo, pequeno, médio ou grande para o desastre orçamental respectivo, incólumes, permanecerão à frente dos destinos comuns,SEM participarem nas decisões de combate à despesa e ao défice e sobretudo SEM se verem envolvidos num “programa” que tenda a pôr fim a esta lógica pendular, paguem, por via da receita dos impostos, quaisquer que eles sejam e sobretudo não bufem…,para poderem dormir melhor e acrescentamos nós, para serem cidadãos bem comportados, num quadro de cidadania também definido pela mesma classe politica, que insiste em do mesmo apenas reter os deveres, expurgando-o dos direitos e sobretudo dos poderes que lhe são prévios e inerentes.
Lamento muito, senhor Vereador, mas não queremos, de todo, ser representados por quem assim pensa!
Porque não nos revemos como mandantes de tal ignomínia!
E, porque não acredito que o senhor tenha sido mandatado pelos cidadãos-eleitores para lidar com os factores em presença nesses termos, concluimos que abusa dos poderes que lhe foram conferidos no respectivo mandato, muitas vezes por omissão, outras por acção.
Gostariamos que investigasse e tornasse publico, para onde raio foram os apoios do OGE para as autarquias pagarem aos seus fornecedores, os quais, no caso de Silves, terão sido na ordem dos 15 milhões de euros?
Gostariamos que nos informasse acerca das medidas de racionalização da despesa que, na sede própria, defendeu para o Município? E dessas, quais as que foram adoptadas?
Gostariamos de saber também qual o projecto de futuro que a Câmara tem para o concelho e para a gestão do município, diverso daquele que nos conduziu à presente situação, caracterizado pelo cumprimento rigoroso dos próximos orçamentos, em equilíbrio, para podermos acreditar que o défice não vai continuar a aumentar, para constante ameaça e empobrecimento dos cidadãos-contribuintes e gozo permanente dos delapidadores do erário público.
Então… depois de transmitido o resultado dessas mesmas diligências que lhe incumbem, admitimos ouvir as sugestões que terá a apontar no sentido do aumento da receita pela via dos impostos!
É que,numa realidade orçamental muito próxima, a de uma empresa privada com dimensão, típica de economias mais ricas e das quais podemos receber alguns ensinamentos, um orçamento é equilibrado e invariavelmente para cumprir.
Se por qualquer razão que se justifique no interesse da empresa e dos seus accionistas, uma rectificação ao orçamento no campo da despesa, a administração (órgão executivo) irá ter de convencer os accionistas (assembleia dos accionistas) da bondade da sua proposta que irá (a ser aceite) e em que medida, onerar a despesa e, sobretudo, que resultados positivos espera obter com tal despesa.
E mal da administração que não consiga os resultados a que se propôs...o seu destino não é o de ocupar outros cargos remunerados na empresa, ou esperar para ganhar de novo (porque carga de água tal sucederia?) a confiança dos accionistas, o que só poderá vir a suceder noutra freguesia, jamais, em principio, na mesma empresa!
Ora atentos os procedimentos dos governos, nacional e concelhio, e a administração autocrática e pouco sensata que os caracterizam e sobretudo os resultados que continuam a apresentar, melhor seria que nos deixássemos de politicas e convertêssemos os cidadãos em accionistas dum qualquer Portugal, SA.
Provavelmente teríamos direitos e poderes mais respeitados que enquanto cidadãos desta República!
Quando, atentos os valores em presença, deveria ser exactamente o contrário!
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
terça-feira, 2 de novembro de 2010
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Uma luz, lá bem no fundo, para o orçamento da câmara de Silves para 2011
Está em cima da mesa a discussão do plano e orçamento da Câmara de Silves para 2011. Mais uma vez, vai ficar esquecida a promessa de se fazer um plano participado por todos.
Os documentos não são tornados públicos, permanecendo no segredo dos Deuses.Quem não fizer parte de um partido político ou trabalhe no Município, desde que saiu da vereação o Dr. Manuel Ramos, só tem conhecimento do que se passa dentro de portas, através do “mexerico”!
A publicação das actas e dos documentos de gestão que deveriam estar disponíveis no portal no município, estão a criar pó dentro das gavetas.
A “discussão” - se existir - restringe-se aos sete vereadores, que nalguns casos, ficamos com a dúvida,se se representam a eles próprios ou às forças políticas que os fizeram eleger.
Atravessamos tempos difíceis não só na economia e nas finanças, mas na organização social e na base ecológica que nos tem sustentado.As nossas decisões tem sido tomadas a pensar no curto prazo as quais vemos hoje bem onde nos levaram.
A crise em que vivemos tem a ver com o excesso de despesa e não com falta de procura, neste momento a dívida do município, uma vez contabilizada como deve de ser, deve ultrapassar os 25 milhões de euros o que representa quase um ano de geração de riqueza.
Necessitamos pensar a longo prazo. O que queremos que seja o concelho de Silves daqui a três gerações. Para isso necessitamos de ter uma visão que nos projecte no futuro.Devemos considerar as tendências de longo prazo, como as alterações climáticas, escassez de recursos, inovação tecnológica, mudanças demográficas, os conflitos sociais e a globalização. Devemos tentar antecipar eventos inesperados, como catástrofes naturais, epidemias e choques económicos.
Pensar longe e definir uma estratégia para 10, 20 anos, não deixando que os interesses mesquinhos de um mandato nos toldem a cabeça,é o caminho. Devemos ter sempre presente que os problemas estão dentro de nós e não no exterior e que raramente a solução para o problema está onde está a dor.
Os serviços públicos devem ter capacidades, competências e organização, que contribuam para a sustentabilidade do sistema. Como escreve a Paula Bravo, no editorial do Jornal Terra Ruiva, para que serve uma autarquia sem dinheiro? ou pondo o problema de outra forma, para que serve uma autarquia que gasta a maior parte do seu dinheiro para se sustentar?
Depois vem o orçamento e a forma de implementar o que pensamos, em Silves, como de resto em todo o país, necessitamos de ter um orçamento sério para 2011.
As decisões que foram sendo tomadas ao longo das últimas décadas partiram sempre do princípio de que a economia iria crescer indefinidamente e que o betão iria gerar as receitas necessárias para irmos vivendo. Em boa verdade a humanidade quer oportunidades e não restrições. Carl Iung, um dos fundadores da psicologia, dizia «as pessoas não suportam realismo em excesso».
Caímos na real, como dizem os nossos irmãos brasileiros e vamos pensar em fazer um orçamento de verdade e sem complexos ou vamos adiando o problema até que o doente (que é a nossa comunidade tal como a entendemos) morra de vez.
O valor total da receita deve rondar os 35 milhões de euros. As despesas com pessoal representam 37 % deste valor e a maior parcela. O serviço da dívida representa 8%. Sobram 55%, cerca de 19 milhões, mas, parecendo muito, esta verba deve servir para pagar as restantes despesas de funcionamento.
Para termos água nas torneiras, o lixo e os esgotos recolhidos e tratados vamos necessitar de pelo menos de 10 milhões, para as escolas básicas do concelho poderem funcionar necessitamos de 4 milhões, sobram 14 milhões.
Agora façam o favor de os distribuir pelas restantes rubricas – Acção Social, Habitação, Ordenamento do Território, Cultura, Desporto Recreio e Lazer, Transportes Rodoviários, Administração Geral e Transferência para outras administrações, que em orçamentos anteriores representam mais do que hoje temos disponível.
Se não existir competência e vontade de mudar, só podemos aconselhar os célebres comprimidos Adalina...