Este estaleiro sobrelotado de veraneantes permite-nos algumas conclusões.
Por um lado a confirmação do que se esperava: um verdadeiro atoleiro onde as pessoas se passeiam, aparentemente indiferentes às barreiras geradas pelo estado do chão, às dificuldades e riscos na deslocação, à poeira, enfim dispostas a verdadeiros crosses, pés torcidos e lesões musculares.
Mas só aparentemente! Na verdade, quem veio na busca de um cheirinho de verão e praia, desde que possa, pela certa não vai voltar...
A Isabel Soares por seu turno está-se bem borrifando para isso... À sua maneira, se a questionarem, adiantará que está bem de ver que o atraso nas obras, pela afluência que se vê, não constituiu qualquer prejuízo para a terra sua economia e futuro.
Existem no entanto práticas dos utentes que parecem justificar a politica de Isabel Soares.
Surpreendidos com as limitações no estacionamento não hesitaram em invadir as futuras zonas de não circulação, parqueando os automóveis, onde sempre o fizeram, indiferentes às novas limitações em estado de incubação.
Agindo como predadores de espaço para estacionamento das suas viaturas, contribuem para integrar a anarquia do estaleiro, como se estivessem em harmonia com a desordem em que toda a frente mar se encontra.
Se fosse possível levar o automóvel para a praia, fá-lo-iam sem qualquer remorso. Basta dar-se uma oportunidade ao selvagem que existe em qualquer de nós, para o selvagem de muitos de nós aparecer exuberante, à superfície.
É para esta gente que Isabel Soares faz a sua gestão e é ela que sustenta o seu sucesso eleitoral. É do seio desta gente que recolhe, por acção e muito mais por omissão, os votos favoráveis e a abstenção perante as medidas aberrantes que toma ou as obrigações que não cumpre ou não empreende.
Ela conhece muito bem a sua base de apoio, melhor: ela conhece muito bem a maioria silenciosa e indiferente que, por omissão, permitiu que fosse eleita duas vezes.
Por isso, como dizia Eça de Queirós: “Este governo não cairá porque não é um edifício; sai com benzina porque é uma nódoa." , já que, segundo o mesmo autor:
"Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão."
Algo nos diz que de duas, uma, ou Eça de Queirós conheceu Isabel Soares ou conheceu muito bem exemplares do mesmo mal...
E deixou-nos um alerta cheio de oportunidade:
«Suas Excelências estão contemplando ou estão simplesmente dormindo? Seria talvez tempo de sairmos desta dúvida, apoderando-nos dos narizes das classes dirigentes, e sacudindo-lhes por algum tempo com o respeito vigoroso, profundo e tenaz que todos os narizes altamente colocados devem merecer à crítica e à opinião das massas»
Eça de Queiroz e Ramalho Ortigão, in As Farpas.
Armação de Pêra: Requalificação da frente mar
ResponderEliminarTuristas e residentes estão descontentes com o timing da obra
Obras complicam acesso à praia
Máquinas a trabalhar, ruas esventradas, confusão, turistas aos tropeções e sem saberem exactamente por onde sair ou entrar na praia: este é o cenário resultante das obras de requalificação da frente mar em curso em Armação de Pêra, concelho de Silves.
Os trabalhos, que se deverão prolongar até Agosto, de acordo com o plano respectivo, estão a suscitar preocupação e indignação entre a população, com todos a queixar-se do período escolhido para a realização da empreitada: "Isto é uma falta de respeito para com os peões", referiu ao Correio da Manhã Mariana Lopes, de 71 anos, de férias na localidade, enquanto caminhava com dificuldade pelo meio da zona em obras. "Podiam, pelo menos, ter colocado aqui uns estrados, pois sempre facilitava o acesso aos mais idosos ou a quem tem dificuldade", considerou, por sua vez, Maria Fernanda Leitão, de 75.
Quanto aos empresários de restauração com quem o Correio da Manhã falou, foram unânimes em reconhecer o "prejuízo" que os trabalhos estão a causar ao negócio. "Isto tinha de ser feito, até para aproveitar os fundos comunitários, mas é lamentável que esteja a ser feito agora. A situação, que já não era boa, ainda ficou pior", referiram ao CM, adiantando recear que "a confusão se mantenha durante o Verão todo, embora haja a promessa de grande parte ficar pronta este mês".
As obras, que vão desde o Hotel Garbe até à lota, representam um investimento de cerca de seis milhões de euros.
BOMBEIROS TÊM DIFICULDADE
Uma fuga de gás no rés-do-chão de um prédio na rua de Ourique levou ontem de manhã os Bombeiros Voluntários de Silves até ao centro de Armação de Pêra.
Embora a situação não tenha sido grave – foi apenas necessário ventilar a habitação e desligar o botão do forno do fogão, que tinha ficado ligado –, os meios de socorro depararam-se com muitas dificuldades em aceder e depois em abandonar o local: as obras em curso em toda a zona marginal, o estacionamento caótico e as ruas estreitinhas obrigaram os ‘soldados da paz’ a andar às voltas e levaram-nos mesmo a ficar a 300 metros do prédio em causa. Um facto sempre complicado quando a rapidez do socorro é essencial para o seu sucesso. Na véspera, o mesmo sucedera quando os BVS foram chamados a combater um fogo urbano na vila.
PORMENORES
NOVE MESES
A requalificação da frente mar de Armação de Pêra foi adjudicada em Dezembro de 2008, com um prazo de execução de nove meses.
CALÇADA PORTUGUESA
Os trabalhos incluem, entre outros aspectos, a pavimentação da zona marginal em calçada portuguesa, na qual será contada graficamente a história da vila.
PLANO
A Câmara de Silves forneceu aos bombeiros um plano da zona em obras, com indicação das ruas interrompidas, referiu o comandante Luís Simões, que alertou para os riscos do caos no estacionamento.
CRUZ VERMELHA
Instalado junto ao areal da praia dos Pescadores, o Núcleo da Cruz Vermelha local sofre também os efeitos das obras: ambulâncias e cadeiras de rodas têm dificuldade em circular.
E por acaso tudo isso faz alguma diferença?... Dizem que vai ficar tudo "Tão lindo!"...
ResponderEliminarA citação do Eça de Queiroz tem toda a actualidade quando olhamos para os políticos que temos...
ResponderEliminarSr.os da oposição analisem os autos de medição e vejam as diferenças entre o facturado e o executado
ResponderEliminarEm agosto vai ser bonito vai....
ResponderEliminarSe nesta semana foi assim em Agosto vai ser um inferno.Neste mundo globalizado e altamente competitivo, quantos clientes vai armação perder com estas obras que podiam estar concluidas?
A oposição não existe vejam o que aconteceu com o apoio de praia votaram todos a favor.
ResponderEliminarArmação para eles não existe!!!!
E é isso que tem de ficar expresso na campanha contra a IS, com a ajuda dos amigos de armação.
ResponderEliminarArqueologia: Ao largo de Armação de Pêra
ResponderEliminarO património que pertence aos armacenenses por direito, vai para Albufeira e a Sra Isabel Soares nada faz nem o presidente da junta que a esta hora deve estar na esplanada do café a coçar a cabeça em vez de defender os interesses de Armação.
Ele é o betão à farta os apoios de praia e agora até nos vão ao património, lá se vai uma peça que podia ir para o futuro museu.
Amigos de Armação força malta eles estão com cagufa
Âncora romana no mar do Algarve
Tem mais de dois metros de comprimento, pesa cerca de 300 quilos e, ao que tudo indica, tem mais de 2400 anos. Esta é a primeira radiografia ao cepo romano (âncora usada nas embarcações) descoberto recentemente ao largo de Armação de Pêra, Algarve.
Em chumbo, o achado é considerado um dos maiores cepos romanos encontrados na costa portuguesa e comprova que navegaram ao largo da costa algarvia embarcações romanas de grande porte.
O achado, do século IV a.C., foi descoberto pelos mergulhadores Nuno Penas e Mário Silva, da empresa algarvia Easydivers. Tudo aconteceu por acaso, quando testavam novos equipamentos de locomoção subaquática.
Segundo explicou ao CM Nuno Penas, o artefacto milenar foi encontrado a "três milhas da costa e a vinte metros de profundidade numa zona de valioso recife, onde existem paredões com três e quatro metros de altura". Foi quando percorriam a parte superior do recife que, ao descaírem um pouco mais para sul, os mergulhadores se depararam com a âncora. As coordenadas foram enviadas para o Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática e um arqueólogo deste organismo foi ao local e catalogou o achado. Ao que o CM apurou, o especialista ficou impressionado com a dimensão do objecto e também com as suas condições de conservação. Deverá ser retirado da água a curto prazo, através de uma embarcação própria para o efeito.
Como o valioso artefacto foi encontrado por mergulhadores que operam a partir da marina de Albufeira, a intenção é ceder a âncora ao Museu Arqueológico de Albufeira.
Os sinais do esgotamento de Isabel Soares são muitos, variados e expressivos. E acentuaram-se neste último mandato: anúncio precipitado da recandidatura quando em Silves apareceu um candidato a candidato, notícias de recusas de figuras sonantes, decisões precipitadas e contraditórias, episódios como a Viga D Ouro o do apoio de praia de Armação de Pêra, vitimização sistemática, declarações patéticas, ataques gratuitos, etc.
ResponderEliminarO terreno nunca foi tão fértil, como agora, para afirmar um projecto alternativo. Mas é necessário ter a lucidez para perceber que o caminho continua a ser difícil e que a situação actual é uma condição necessária mas não suficiente para o sucesso.
Não se vislumbra um projecto verdadeiramente alternativo, que reúna alguns atributos básicos: como um novo no estilo e ideias novas que coloque o nosso concelho no lugar onde já deveria estar.
Os projectos tem sido concretizados em obra e tudo se deve à Drª Isabel Soares. Tudo o resto é foclore.
ResponderEliminarTem obrado bem, sim senhora.
ResponderEliminarSim, por uma vez, tenho de concordar com a pestilenta da Adelina Capelo, a Dona Soares tem obrado e muito, principalmente em Armação de Pêra, onde há falta de espaço, resolveu obrar em cima da praia, imagine-se, para garantir as necessárias condições de segurança, sob pena de ter de fechar a praia!!! Isto, para não falar da betonização total da vila, o que faz com que seja, em termos urbanísticos, um exemplo para o resto do mundo, daquilo que nunca se deve fazer! É pena é sermos as cobaias desta maltosa...
ResponderEliminarFui a Armação no sábado passado, para ver da possibilidade de aí passar o mês de Agosto, como é meu costume.
ResponderEliminarAlmocei no Serol, como também é meu hábito (o salmonete estava exclente), mas desta vez tive de deixar o carro à entrada da vila, pouco depois do cemitério, único sítio onde me foi possível estacionar...
Resultado: não vou voltar aí este ano. Parabéns à D. Isabel Soares! Os armacenenses, pelos vistos, têm todas as razões para voltar a votar nela...
Quanto ao Sr. Johny deveria aprender que antes de se falar e sobretudo de se escrever que deve-se conhecer a realidade dos factos: os APOIOS DE PRAIA NÃO SÃO DA RESPONSABILIDADE DA CMS E MENOS DA SUA PRESIDENTE - É DA RESPONSABILIDADE DA CCDRAlg cujos responsáveis seguem a legislação em vigor e as directrizes do Governo (PS).
ResponderEliminarO grande problema de Portugal é que mais de 1/3 da sua população são engenheiros civis, outro 1/3 são treinadores de futebol e os restantes são os que têm verdadeira criatividade, trabalham e apresentam obra. Este tipo de comentários como os do Sr. Johny, é tipico de uma população inculta, que fala extemporaneamente e sem conhecimento de causa, e que acima de tudo, nada mais sabe fazer se não opinar sobre o que outros (bem ou mal) têm coragem e capacidade de fazer. Talvez essa forma de expressão não seja mais do que o fruto da sua própria frustação!!!!
Armação de Pera ficou com uma avenida ao mais alto nível. Por fim, é possível ver o mar sem desviarmo-nos dos carros, sem tropeçarmos, sem darmos encontrões uns nos outros. Por fim, podemos disfrutar de um bom café, sem fumo e ruído dos carros, nas esplanadas. Será isto mau??? A obra levou 9 meses? Quantos meses levamos cada um de nós na barriga das nossas mães? Cientificamente até está provado que quem nasce antes disso apresenta capacidades limitadas. No entanto, a verdade é que se com 2 intervenientes (mãe e filho) uma gravidez pode apresentar problemas, imagine-se só quantos problemas podem surgir na discussão entre donos de obra, fiscais, empreiteiros, etc, cada um dos quais com a sua própria forma de ser e cada um dos quais com formações e responsabilidades distintas (engenharia, arquitectura, contabilidade, gestão,...).
Enfim, é caso para dizer que se foi adjudicada no final do ano e está quase pronta, estão todos de parabéns! Não deve ser esquecido que para fazer uma obra existem condicionantes, sendo um deles alheio a qualquer mortal: o estado do tempo.
Aos autores do blog e aos seus comentaristas suegere-se que: se deixem de conversas da "tanga", de fazer comentários absurdos e de criticar os outros só porque algo no vosso ego está mal. Sejam criativos e ante tudo, antes de criticarem dêem provas perante a comunidade de que há mais em Vós do que uma lingua afiada e de um bláblá despropositado.