O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.
segunda-feira, 30 de junho de 2025
PARTICIPE HOJE NA ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DE ARMAÇÃO DE PÊRA – POR RUAS MAIS LIMPAS E SEGURAS!
📣 Moradores de Armação de Pêra!
Hoje é dia de fazermos ouvir a nossa voz! 💬
A Assembleia de Freguesia realiza-se hoje, 30 de junho, às 21h30, na sala polivalente do edifício da Junta de Freguesia.
Queremos ruas limpas, seguras e bem cuidadas para todos nós – e isso só será possível com a participação da comunidade.
👥 A presença de cada um é essencial para exigir melhores condições na nossa freguesia.
📍 Junta-te a nós e mostra que te importas com Armação de Pêra!
🗓 Hoje, 30 de junho
🕤 21h30
📌 Sala Polivalente da Junta de Freguesia
PARTICIPA! Juntos fazemos a diferença. 💪
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participação
Câmara de Silves Inova: Turismo e Saneamento, Agora com Aroma Local!
Armação de Pêra, verão de 2025 — Num movimento audaz que mistura logística criativa com uma pitada de desafio ao bom senso, a Câmara Municipal de Silves decidiu surpreender locais e turistas com uma programação exclusiva para a época alta: a limpeza da rede pública de saneamento.
Porque, afinal, o Algarve não é só sol, mar e sardinha — é também esgoto, tubagem e cheiro a progresso!
Entre 30 de junho e 16 de julho, alguns arruamentos da pitoresca freguesia de Armação de Pêra vão ser palco de um espetáculo único: caros de limpeza de esgoto dançando entre esplanadas, tampas de saneamento abrindo como se fossem portas para o além, e um leve perfume no ar que, quem sabe, poderá ser lançado como aroma exclusivo nos souvenirs da região — Eau de Esgoto – edição limitada.
Segundo a autarquia, esta intervenção visa "garantir a qualidade, a continuidade e a eficiência dos serviços públicos". Um objetivo nobre, ainda que timidamente incompatível com a chegada em massa de turistas armados de toalhas de praia e intolerância a odores estranhos.
Fontes não confirmadas indicam que, na próxima fase, poderá ser criada uma rota turística temática: “O Circuito do Saneamento”, com paragens nos pontos de maior constrangimento e explicações ao vivo sobre o ciclo da água... e dos aromas.
A Câmara agradece a compreensão dos munícipes, dos visitantes e dos narizes mais sensíveis, prometendo que os trabalhos serão "célere e eficientes". Já os comerciantes locais aguardam com expectativa o impacto económico da nova modalidade de “turismo olfativo”.
No fundo, o que seria do verão sem uma pitada de imprevisibilidade municipal? Silves mostra, uma vez mais, que sabe surpreender — mesmo quando se trata de limpar aquilo que todos preferiam manter bem escondido.
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domingo, 29 de junho de 2025
“Papeleiras a Transbordar: É Assim que Servimos Armação de Pêra?”
Armação de Pêra, uma das vilas turísticas mais encantadoras do Algarve, recebe todos os verões milhares de visitantes atraídos pelas suas praias douradas, gastronomia e ambiente acolhedor. No entanto, basta um passeio pelo centro ou pela marginal para perceber uma triste contradição: papeleiras a transbordar, lixo espalhado pelo chão e um cheiro que compromete a experiência de quem cá vive e de quem nos visita.
A pergunta impõe-se: é esta a imagem que queremos dar ao mundo?
Não se trata apenas de estética — embora a imagem de sacos plásticos e copos de gelado amontoados cause repulsa. Trata-se de saúde pública, de sustentabilidade ambiental e de respeito por uma vila que sobrevive do turismo.
Numa época em que se fala tanto de valorização dos territórios e de experiências turísticas autênticas, como pode Armação de Pêra falhar no básico? A recolha do lixo em época alta tem de ser mais frequente. As papeleiras, que são claramente insuficientes para o volume de pessoas, devem ser aumentadas. É uma questão de planeamento e vontade política.
As fotografias que circulam nas redes sociais, mostrando a degradação dos espaços públicos, não são apenas embaraçosas — são um aviso. Se não cuidarmos da nossa casa, os turistas vão procurar outras mais limpas e organizadas. E nós, residentes, vamos continuar a pagar o preço do abandono e da má gestão.
Armação de Pêra merece melhor. Servi-la bem não passa apenas por cartazes de boas-vindas ou eventos culturais de verão. Passa por garantir que, todos os dias, os espaços públicos estão limpos, seguros e dignos de quem cá vive e de quem cá vem.
É tempo de agir. Porque esta não é — nem pode continuar a ser — a forma única de servir Armação de Pêra.
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sábado, 28 de junho de 2025
“UB6: O Novo Spa Termal de Armação de Pêra – Agora com Essência de Esgoto”
Banhos de mar, sol e... efluentes! Em plena praia de bandeira azul, a moda agora é o esgoto terapêutico.
Armação de Pêra voltou a surpreender os seus veraneantes. Conhecida pelas suas praias douradas, peixe fresco e filas intermináveis em agosto, a vila piscatória estreia agora a mais recente atração turística: o UB6 Conventinho – Centro de Esgototerapia Costeira, uma espécie de spa natural onde o luxo se encontra com a descarga doméstica.
Foi durante uma limpeza de terraços (ou será que foi um ritual secreto de invocação das águas negras?) que os nossos atentos repórteres, já com o nariz desconfiado, testemunharam a transformação mágica de um tubo aparentemente inofensivo numa fonte jorrante de civilização canalizada. E como se não bastasse, após a nossa denúncia, multiplicaram-se os vídeos, os relatos e os odores. Afinal, UB6 não está só. Há todo um circuito turístico de esgotos que brotam com orgulho para o mar.
As autoridades, numa demonstração de rara coerência, permanecem absolutamente consistentes na sua postura: cegas, surdas e ausentes. Segundo fontes não identificadas (porque estavam ocupadas a limpar os óculos de sol), “não há perigo para a saúde pública, apenas um ligeiro aroma a urbanismo mal tratado”. A bandeira azul, essa, continua a ondular estoicamente — provavelmente não tem olfato.
Especialistas em sarcasmo ambiental confirmam: “É uma inovação ecológica. Uma praia com biodiversidade química.” E já se fala até em criar uma nova distinção internacional: a Bandeira Castanha, atribuída a zonas balneares com personalidade forte e aroma persistente.
Apelo final:
Convidamos todos os leitores a visitar a UB6. Leve a família, o cão e uma pinça para o nariz. E, se possível, envie-nos vídeos. Afinal, a sátira pode ser nossa, mas o esgoto é real.
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sexta-feira, 27 de junho de 2025
Armação de Pera: Largo da Igreja Operação Coelho Verde
Armação de Pêra declara guerra às ervas daninhas… com um coelho.
Após meses de crescimento descontrolado, o Largo da Igreja em Armação de Pêra atingiu um novo patamar de naturalismo urbano: ervas daninhas, flores do acaso e até uma silva rebelde compõem agora o que alguns já chamam de “Jardim do Abandono”.
Apesar de sucessivos pedidos dos moradores à Junta de Freguesia para uma simples limpeza, a resposta tem sido... contemplativa.
Em nota enviada à população, a Junta esclareceu:
“Preferimos uma abordagem sustentável e filosófica à gestão do espaço público. As ervas têm direito à vida. Cortar seria uma forma de violência botânica.”
Questionados sobre o prolongado estado de abandono, outro porta-voz acrescentou:
“Há quem veja mato, nós vemos potencial. Está em estudo um projeto-piloto de permacultura espontânea.”
Cansados de esperar por uma ação concreta (ou mesmo simbólica), os moradores decidiram avançar com uma solução de base comunitária: adquirir um coelho, por subscrição pública, para pastoreio não-autorizado. O animal, que será batizado de Sr. Relvinhas, terá como missão roer democraticamente todas as ervas que a Junta insiste em proteger.
A Junta, confrontada com a ideia, reagiu com elegância:
“Desde que o coelho pague a taxa de ocupação da via pública e não exija recibos verdes, não nos opomos.”
A comunidade está unida. Já se fala na criação de uma Associação de Amigos do Relvinhas e de um evento anual — o Festival da Monda Lenta. O Largo, por sua vez, continua firme no seu papel: crescer para cima, para os lados, e para dentro dos sapatos de quem lá passa.
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quinta-feira, 26 de junho de 2025
Chega de promessas: Armação de Pêra precisa de segurança agora
O recente Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) revelou um dado preocupante: a criminalidade violenta e grave no Algarve aumentou 9,9% em 2024. Isto contrasta com uma ligeira descida na criminalidade geral e expõe uma realidade cada vez mais sentida em Armação de Pêra — a insegurança está a crescer, e a resposta tem sido, no mínimo, insuficiente.
Apesar de uma redução global de 1,8% nos crimes registados na região, com menos 478 participações que no ano anterior, o distrito de Faro continua a ocupar o quarto lugar no ranking nacional da criminalidade, com 26.666 ocorrências. Armação de Pêra, pequena vila à beira-mar, não tem escapado a esta realidade. Casos de furtos são cada vez mais frequentes, desde bilhas de gás levadas de estabelecimentos comerciais, como a drogaria Garrocho, até viaturas vandalizadas junto ao mercado local.
É legítima a pergunta: onde está o reforço prometido das forças de segurança? A presença da GNR continua limitada, e a sensação de impunidade entre os criminosos parece crescer a cada nova ocorrência. Os residentes e comerciantes estão cansados de palavras vazias. Precisamos de medidas concretas e imediatas.
A segurança não é um luxo; é um direito. Armação de Pêra, sendo também um destino turístico importante, não pode continuar vulnerável à criminalidade, ainda mais em época alta. A proteção de quem aqui vive e de quem nos visita deve ser prioridade absoluta para as autoridades locais e nacionais.
É tempo de agir. A comunidade clama por patrulhamento mais eficaz, mais visibilidade das forças policiais e, acima de tudo, resultados. Promessas não resolvem furtos. Segurança sim.
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O Deserto Médico no Algarve: Entre Despachos e a Realidade
A recente publicação dos despachos e avisos — nomeadamente o Despacho n.º 4741-A/2025, o Despacho 5868-A/2025 e os Avisos n.º 13280-A/2025 e 13280-B/2025 — que anunciam a abertura de procedimentos concursais para 642 vagas na carreira médica, surge como uma tentativa do Governo de reforçar os cuidados de saúde primários em Portugal. Contudo, a realidade mostra-nos que, no caso do Algarve, essa intenção falha de forma preocupante: das 34 vagas disponibilizadas na região, apenas 13 foram preenchidas. Vinte e uma continuam por ocupar. Um número gritante, especialmente quando se sabe que cerca de 100 mil algarvios continuam sem médico de família.
Esta discrepância entre o que é anunciado e o que efetivamente se concretiza evidencia um problema estrutural: o Algarve continua a ser uma região esquecida no que toca ao investimento em saúde pública. Apesar de possuir uma das maiores Unidades Locais de Saúde (ULS) do país, é também uma das menos financiadas. Como se justifica esta desproporção? Como pode uma região com forte afluência turística e um número significativo de residentes permanentes continuar a ser tratada como periférica pelas políticas centrais?
O problema não está apenas na falta de médicos, mas na falta de atratividade das condições oferecidas. Não basta abrir concursos — é preciso garantir que os profissionais de saúde queiram vir e, mais ainda, permanecer. Isso passa por oferecer condições salariais e de progressão de carreira competitivas, habitação acessível, apoio à família e estabilidade contratual. Nada disto pode ser feito com medidas pontuais ou paliativas.
O desinteresse em ocupar as vagas no Algarve deve servir de alerta. A saúde pública não se pode sustentar em números anunciados em Diário da República que depois não encontram correspondência na realidade. É preciso um plano estratégico sério e contínuo de valorização dos profissionais e de reequilíbrio territorial dos recursos humanos em saúde. O contrário disso é condenar milhares de cidadãos a uma contínua exclusão do direito básico à saúde.
Chega de medidas avulsas. O Algarve merece mais — e melhor.
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Câmara de Silves: “Façam o que eu digo, não o que eu faço?”
Entre 15 de junho e 15 de setembro, a Câmara de Silves decidiu suspender o licenciamento de novas ocupações do espaço público em Armação de Pêra. A ideia, segundo a autarquia, é garantir a livre circulação durante os meses de verão — proteger peões, melhorar acessibilidades e evitar riscos para quem tem mobilidade reduzida, como idosos, crianças ou pessoas com deficiência. Tudo muito bonito… no papel.
Mas eis o que está a acontecer na prática: a própria Câmara está a promover obras no antigo espaço do minigolfe. Um local por onde passam milhares de pessoas todos os dias nesta altura do ano — turistas, moradores, famílias. Resultado? Poeira, barulho, e… adivinhem? Circulação dificultada.
Ou seja, enquanto a população e os comerciantes são impedidos de montar estruturas no espaço público, a própria autarquia avança com obras num dos sítios mais movimentados da vila.
Será que faz sentido? A medida até pode ter boas intenções, mas acaba por soar a dois pesos e duas medidas.
Quem vive ou trabalha em Armação de Pêra já começou a comentar: “Façam o que eu digo, não o que eu faço” parece ser o lema deste verão.
Fica a pergunta no ar: se é para garantir segurança e acessibilidade, não devia começar pelo exemplo?
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quarta-feira, 25 de junho de 2025
O Armacenense Ussumani Djumo sagra-se Campeão Absoluto do Norte nos 110 metros barreiras
O atleta Ussumani Djumo brilhou este fim de semana no Estádio Dr. José Vieira de Carvalho, na Maia, ao conquistar a medalha de ouro na prova dos 110 metros barreiras, com a impressionante marca de 14.38 segundos. Esta vitória consagra-o como Campeão Absoluto do Norte de Portugal e Campeão Regional de Viana do Castelo, reforçando o seu estatuto como um dos melhores barreiristas nacionais da atualidade.
Natural de Armação de Pêra, Djumo representa esta época o Clube de Atletismo Olímpico Vianense (CAOV), pelo qual tem alcançado importantes resultados a nível regional e nacional. A vitória na Maia é mais uma etapa de sucesso numa carreira construída com dedicação, sacrifício e um espírito competitivo notável.
Determinando-se a alcançar o mais alto nível, Ussumani teve de deixar a sua terra natal e procurar novas condições de treino noutras paragens. Essa aposta tem dado frutos, como comprova o título agora conquistado, que é o reflexo do seu talento e do trabalho árduo desenvolvido ao longo da época.
A performance de Djumo não só lhe garantiu o lugar mais alto do pódio, como também confirma o seu potencial para alcançar feitos ainda maiores no panorama do atletismo português.
Com os olhos postos no futuro, o atleta do CAOV promete continuar a trabalhar para baixar ainda mais a sua marca e, quem sabe, alcançar patamares internacionais. Para já, Ussumani Djumo é, com todo o mérito, o rei dos 110 metros barreiras do Norte de Portugal.
terça-feira, 24 de junho de 2025
"Armação de Pêra: 24 Anos de Promessas, Lixo e Abandono?"
O Partido Social Democrata (PSD) governa a freguesia de Armação de Pêra há mais de três décadas, sendo os últimos 24 anos de forma ininterrupta. Este longo domínio político levanta uma questão legítima: o que ganhou realmente Armação de Pêra com esta governação contínua?
Apesar do tempo no poder, muitos armacenenses sentem que a vila estagnou. Problemas antigos permanecem por resolver, e os sinais de descontentamento tornaram-se visíveis nas últimas eleições autárquicas, com o PSD a registar uma queda nas votações — um claro aviso de que a paciência da população está a esgotar-se.
Entre os principais motivos de insatisfação, destaca-se a gestão do espaço público. O lixo continua a ser um problema recorrente, com ruas frequentemente sujas e contentores mal geridos. A iluminação pública é outro tema crítico: muitas zonas permanecem mal iluminadas, comprometendo a segurança e a qualidade de vida. Quanto aos espaços verdes, já escassos por natureza, encontram-se ao abandono, sem manutenção adequada ou investimento visível.
Mais do que questões estéticas ou ambientais, estes problemas refletem uma sensação generalizada de esquecimento. Há uma perceção crescente de que a freguesia tem sido negligenciada por quem a governa há décadas — um sentimento de abandono que contrasta com o potencial turístico e social de Armação de Pêra.
Com novas eleições no horizonte, talvez seja tempo de refletir sobre se a continuidade é, de facto, sinónimo de progresso — ou se, pelo contrário, tem sido um entrave à renovação que tantos habitantes anseiam.
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Eleições Autárquicas
segunda-feira, 23 de junho de 2025
Véspera de São João em Armação de Pêra: Alegria, Tradição e Espírito Escutista
Na noite de 23 de junho, Armação de Pêra voltou a encher-se de cor, música e tradição com a celebração da véspera de São João, organizada pelo Corpo Nacional de Escutas (CNE) nº 598 de Armação de Pêra. O evento, que já começa a marcar o calendário festivo da vila, juntou escuteiros, famílias e visitantes num arraial cheio de alegria, convívio e animação.
O arraial, montado na Fortaleza, trouxe à comunidade o melhor das festas populares: música tradicional e comes e bebes. Com barraquinhas de petiscos e jogos para todas as idades, o ambiente foi de pura confraternização, refletindo o espírito escutista de serviço, partilha e alegria.
Um dos momentos altos da noite foi, como manda a tradição, o famoso banho de São João, com escuteiros e populares a correrem para o mar ao toque das 00h00. Entre gargalhadas e salpicos, todos celebraram a chegada do verão da forma mais genuína e revigorante: de coração aberto e pés na água.
O Agrupamento 598 mostrou, mais uma vez, a sua dedicação à comunidade, unindo gerações em torno de uma tradição que fortalece laços e promove valores. O sucesso do evento é reflexo do empenho dos voluntários, do apoio das famílias e da alegria contagiante dos participantes.
A noite de São João em Armação de Pêra não foi apenas uma festa – foi um verdadeiro testemunho do poder da união e da alegria partilhada. Que venha o próximo ano!
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Festividades Locais
domingo, 22 de junho de 2025
Esgotos Estão a Ser Lançados Diretamente na Praia de Armação de Pêra
No dia 14 de junho, partilhámos nas nossas redes sociais uma denúncia preocupante: a descarga de esgotos provenientes da limpeza de terraços de um edifício recentemente construído em Armação de Pêra diretamente na praia. A construção em causa teve projeto aprovado pela Câmara Municipal de Silves. A publicação gerou reações diversas, com alguns leitores a apontarem que, na imagem partilhada, não era visível o esgoto em escoamento.
Hoje, voltamos ao tema com provas mais claras — um vídeo que mostra inequivocamente a água suja a ser lançada através de um tubo diretamente para a faixa costeira, num local frequentado por centenas de banhistas, especialmente nesta altura do ano.
Este tipo de situação levanta sérias questões sobre:
A qualidade da água balnear e os riscos para a saúde pública;
O impacto ambiental direto sobre o ecossistema costeiro;
A fiscalização e o cumprimento da legislação ambiental e urbanística, principalmente quando os projetos têm aval da autarquia.
Sabemos que a limpeza de terraços pode gerar águas residuais com detergentes, óleos, tintas e outros resíduos urbanos. Mesmo que não se trate de esgotos domésticos (sanitários), a descarga direta no areal ou na linha de água é proibida por lei e representa uma violação clara das normas ambientais em vigor.
Esperamos que este vídeo sirva como alerta não apenas para os responsáveis pelo edifício, mas também para as entidades competentes, nomeadamente a Câmara Municipal de Silves, a APA (Agência Portuguesa do Ambiente) e a Capitania do Porto de Portimão, para que atuem de forma célere e eficaz.
A vigilância e a proteção do nosso litoral não podem depender apenas da denúncia de cidadãos. É preciso garantir que cada construção nova cumpra rigorosamente as normas ambientais, e que os impactos negativos sejam corrigidos com urgência.
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O preço da guerra: como um conflito entre EUA e Irão pode incendiar o mundo do petróleo e da inflação
Num mundo já fragilizado por incertezas económicas, a possibilidade de um conflito aberto entre Estados Unidos e o Irão acende um alerta vermelho no mundo — não apenas no campo político, mas especialmente no económico. Se essa guerra se continuar, o impacto será sentido nos postos de gasolina, nos supermercados, nas contas de luz e, inevitavelmente, no bolso das famílias. Numa frase: guerra com o Irão significa petróleo mais caro e inflação mais elevada.
O Irão não é apenas um ator regional. Ele está estrategicamente posicionado no Golfo Pérsico, controlando o Estreito de Ormuz, uma rota vital por onde passa quase um quinto do petróleo consumido no mundo. Qualquer instabilidade naquela região afeta diretamente o fornecimento global de energia. E quando a oferta de petróleo é ameaçada, o mercado reage com alta nos preços — de forma imediata e, muitas vezes, descontrolada.
A história oferece precedentes claros. Basta lembrar o que ocorreu em 1979, durante a Revolução Iraniana, ou mais recentemente, em 2022, com a guerra na Ucrânia. O resultado foi o mesmo: o barril de petróleo disparou, os combustíveis encareceram e a inflação global ganhou força. Um conflito EUA-Irão, com potencial para fechar rotas estratégicas e atacar infraestruturas de energia no Médio Oriente, pode ser ainda mais grave.
Mais preocupante ainda é o efeito dominó. O petróleo mais caro pressiona os custos de transporte, produção e distribuição. Isso significa que os preços dos alimentos, das mercadorias e dos serviços sobem, afetando principalmente os mais pobres. Como se não bastasse, os bancos centrais, ao tentarem conter a inflação, tendem a elevar os juros — o que pode travar o crescimento económico e empurrar países para a recessão.
Não se trata, portanto, de uma guerra localizada. Os seus efeitos são globais e profundamente regressivos. É legítimo discutir geopolítica, segurança e soberania, mas é irresponsável ignorar o impacto humano e econômico de um conflito dessa magnitude. A retórica belicista pode parecer firme, mas seu custo é alto demais.
Em tempos de tanta instabilidade, o mundo precisa de diplomacia, não de pólvora. A paz, nesse caso, não é apenas um ideal — é uma necessidade urgente para manter a estabilidade económica e social no mundo.
sábado, 21 de junho de 2025
Raízes expostas e insegurança na Av. Beira Mar: é urgente uma solução definitiva
Na Av. Beira Mar, em frente ao Casino, uma árvore de grande porte está a causar problemas há meses. As suas raízes, em busca natural de água e nutrientes, levantaram o pavimento, danificando a calçada numa área considerável. Esta situação tem origem nas características do solo – compacto e com pouca drenagem – que força o crescimento superficial das raízes.
A Câmara Municipal de Silves, embora ciente do problema, optou por uma solução provisória: retirou parte da calçada ao redor da árvore e delimitou o espaço com uma simples fita plástica presa em varetas de ferro. Esta medida, longe de resolver a situação, agrava-a, pois representa um obstáculo perigoso para peões, especialmente para pessoas com mobilidade reduzida, idosos e crianças.
A falta de uma intervenção adequada levanta questões sobre a segurança pública e o planeamento urbano sustentável. Árvores em meio urbano são essenciais – proporcionam sombra, melhoram a qualidade do ar e embelezam o espaço público – mas é fundamental que a sua presença seja compatibilizada com a segurança e o conforto dos cidadãos.
É necessário agir com responsabilidade e celeridade. Há soluções técnicas viáveis, como a reestruturação da calçada com materiais permeáveis, instalação de grelhas de proteção para raízes ou a criação de uma área verde ao redor da árvore. Espera-se que a autarquia tome medidas mais eficazes e seguras, valorizando tanto o património natural como o bem-estar dos munícipes.
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sexta-feira, 20 de junho de 2025
Armação de Pêra: De Freguesia a Vila – Uma Conquista Histórica
A freguesia de Armação de Pêra, situada no concelho de Silves, no Algarve, é hoje conhecida pelo seu dinamismo turístico, pelas suas praias e tradições piscatórias. Contudo, um dos marcos mais importantes da sua história administrativa ocorreu em 1991, com a sua elevação à categoria de vila.
A proposta para essa mudança de estatuto foi formalmente apresentada na Assembleia da República no dia 18 de janeiro de 1991, através do Projeto de Lei n.º 665/V/4. A iniciativa partiu dos deputados do Partido Socialista António Esteves, Luís Filipe Madeira e José Apolinário, que reconheceram a importância social, económica e cultural da freguesia e defenderam a sua valorização no contexto administrativo nacional.
O projeto viria a concretizar-se com a aprovação da Lei n.º 94/91, de 16 de agosto, que consagrou oficialmente a elevação de Armação de Pêra à categoria de vila. Esta mudança foi mais do que simbólica: representou o reconhecimento do crescimento da localidade, do seu papel regional e das aspirações da sua população.
A elevação a vila veio reforçar a identidade local e potenciar o desenvolvimento de infraestruturas e serviços públicos, consolidando Armação de Pêra como um polo relevante no concelho de Silves e na região algarvia.
Mais de três décadas depois, a vila continua a afirmar-se como um destino de eleição no sul de Portugal, orgulhosa da sua história e do caminho que percorreu desde o tempo em que era apenas uma pequena comunidade de pescadores.
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