quarta-feira, 31 de outubro de 2012

sábado, 27 de outubro de 2012

Até nos restarem duas cabeças de sardinha para saciar uma mãe de família, ainda falta muita crise...Descansem que o Gaspassos disso se vai encarregar!


Há dias, um amigo que conta pouco mais de sessenta anos, a propósito da crise e da pressão e carga fiscais, narrava um episódio da sua vida remota, o qual, fazendo parte integrante de si jamais pôde deixar de revisitar amiúde, embora nunca tenha partilhado para além do circulo restrito da sua família.

Ainda aí, quando o fazia, visava, não propriamente antever e muito menos augurar, o retorno às condições económicas precárias da sua primeira década de existência, mas deixar nota aos seus filhos da enormidade do caminho percorrido atendendo à distancia a que o seu núcleo familiar se encontrava de tal espectro.

Naturalmente que, invariavelmente com orgulho evidente, mas jamais exuberante...

Face àquela mesma distância a que se encontravam todos, a invocação esporádica daquele espectro da sua origem foi perdendo qualquer interesse pedagógico porquanto ganhou uma patine de “conto de fadas”, absolutamente irreal e já visivelmente fastidiante para os destinatários da sua tribo.

Recordou o protagonista que, nesses anos, seu pai tinha trabalho esporádica e precariamente. A vida em Portugal não era fácil e no Alentejo ainda menos.

Um dia, durante o salazarismo, na sequência da criação de um imposto novo [talvez o imposto profissional(?)] um agente do fisco terá procurado o seu pai para que o mesmo pagasse o referido imposto, o qual teria sido liquidado em 16$00 (dezasseis escudos).
O seu pai que só tinha biscates de quando em vez, disse que não o pagaria, primeiro porque não tinha emprego certo, depois porque não tinha esses dezasseis escudos para lhe dar.

O agente do fisco não conformado pretendeu penhorar a mesa de refeições da família já que mais não viu naquela casa que pudesse ser objecto de penhora.
A mesa de refeições foi habilmente construída pelo seu pai, a partir de umas tábuas de caixotes abandonados, recolhidas ao longo de algum tempo, estruturadas por pregos velhos, endireitados (recuperados)para servirem tal propósito.
Nem sequer se tratava de um móvel que pudesse ser representante de um qualquer estilo com valor num mercado que há época não existia.

Não se recordava com nitidez de como tinha acabado a estória porquanto sabia que a mesa tinha continuado a dar à família a serventia para que tinha sido construída, sabendo no entanto que os dezasseis escudos do tal imposto não foram pagos, já que, realmente, não existiam.

De facto, melhor dito, não recordo eu como acabou a estória porque a conversa caiu rapidamente da mesa para as refeições e nelas ficámos porquanto, em factos elucidativos sobre a economia durante a sua infância, eram bem mais abundantes !


As refeições, invariavelmente pão na forma de açorda, algumas vezes com um outro ingrediente disponível.

Dia de festa era aquele onde havia uma ou duas sardinhas.
Três filhos, pai e mãe que guardava para si as cabeças (das duas sardinhas) para poder privilegiar cada um dos filhos e o marido com um lombo das mesmas!

O Portugal de então, pelos vistos, não tão distante quanto isso, pela mão destes gestores da crise – o governo – teima em voltar!

E, convenhamos que, até nos restarem duas cabeças de sardinha para saciar uma mãe de família, ainda falta muita crise.

Acontece é que, no que à metamorfose da crise diz respeito, a velocidade a que se atinge a profundeza da mesma, aumenta para o dobro por cada metro que se percorre no sentido da descida. Pelo contrário, a velocidade a que se sai da crise no sentido ascendente reduz-se para metade por cada metro que se percorre no sentido da saída.

Infelizmente, esta realidade que ainda está presente na memória do mais comum dos portugueses com sessenta ou mais anos de idade, não faz parte do curriculum escolar dos portugueses que nos governam, nem pela via da aprendizagem que, claramente, alguma vez tenham tido por experiência vivida.

Estes senhores, pela incapacidade evidente de avaliarem a situação, pela inconsistência das soluções que defendem e pela patente inconsequência das medidas empreendidas, são, com o poder de que dispõem, pessoas perigosas.

E os destinos de Portugal não pode estar entregue a pessoas perigosas. Disso não temos qualquer dúvida!

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Armação: O conceito aberrante de desenvolvimento perpetrado pelos responsáveis de Silves, pela via do "cartoon"!


Excelente representação artística representativa dos últimos vinte anos da política urbanística da Câmara de Silves

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Escárnio e Maldizer, sempre em contraciclo, não param!






São inumeras  as "correntes" de "fé" ou tão só de "fezadas" as quais, percorrendo a net, chegam às "paletes" aos nossos endereços electrónicos.

Nem todas captam adeptos, mas muitas delas cativam milhões de "crentes" que ajudam a multiplicar o seu numero por milhares de milhões.

Não há, que saibamos, forma de avaliar números exactos ou sequer aproximados. No entanto estamos em crer que, a que recebemos hoje e publicamos, é daquelas que atingirá uma mega difusão, tal o grau de certeza no retorno que seguramente vai gerar a cada um dos seus destinatários.

O escárnio e maldizer não estão em crise e quantos mais anos de governações mediocres maior é a exuberância da sua produção. É um bom exemplo dos chamados Contraciclos.

Este Governo não é susceptivel de mudar de face!




Não há uma segunda oportunidade para criar uma primeira impressão:



A maior desgraça de uma nação pobre é que em vez de produzir riqueza, produz ricos.
(Mia Couto)

O mágico fez um gesto e desapareceu a fome, fez outro e desapareceu a injustiça, fez um terceiro e desapareceram as guerras.
O político fez um gesto e desapareceu o mágico.
(Woody Allen)

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Das Pessoas que Atingem Posições Elevadas

Das pessoas que atingem posições elevadas,
cerimónias, riqueza, erudição, e similares:
para mim tudo isso a que chegam tais pessoas
afunda diante delas — a não ser quando acrescenta
um resultado qualquer para seus corpos e almas —
de modo que elas muitas vezes me parecem
desajeitadas e nuas, e para mim
uma está sempre zombando das outras
e a zombar dele mesmo ou dela mesma,
e o cerne da vida de cada qual
(a que se dá o nome de felicidade)
está cheio de pútrido excremento de larvas,
e para mim muitas vezes esses homens e mulheres
passam sem testemunhar as verdades da vida
e andam correndo atrás de coisas falsas,
e para mim são muitas vezes pessoas
que pautam as suas vidas por um hábito
que a elas foi imposto, e nada mais,
e para mim é gente triste muitas vezes,
gente afobada, estremunhados sonâmbulos
tacteando no escuro.

Walt Whitman, in "Leaves of Grass"

Dedicamos este poema à futura administradora

domingo, 21 de outubro de 2012

A via do Gaspar de Treblinka com falsos slogans de que só a obediência concede a felicidade, por uns instantes, antes da morte!



Os cidadãos em geral encontram-se em circunstâncias deveras difíceis, de grande perplexidade quando serenos, de enorme ira quando fustigados com novas fronteiras traçadas adentro do seu pequeno quintal onde, já só com enorme criatividade, atinge o limiar da subsistência digna. Os que o conseguem, pois muitos outros já vêm aquela fronteira ser traçada sobre si próprios, convertendo-os em meio cidadãos.

Sabem porque vêem e sentem na pele, se não na própria, na de muitos e muitos outros, da crise e das perspectivas devastadoras que, anuncia-se, por aí vem.

Os portugueses em geral tem aguentado, firmes, progressivamente menos serenos é certo, as politicas de austeridade com a atitude de um bom pai de um filho que fez asneira da grossa.

Primeiro irrita-se, depois lamenta justificadamente a sua sorte e depois começa a equacionar a forma de resolver o problema do seu filho.

Claro que o bom pai a que nos referimos, no entretanto questiona-se, invariavelmente, onde terá errado, detectando frequentemente, se for exaustivo, nalguma das suas omissões - e há sempre uma quando somos inquisitoriais connosco próprios - a eventual causa remota da asneira do seu filho.

E a estória processar-se-á sempre assim, enquanto for possível àquele pai solver a divida do seu infeliz filho, ainda que com algum sacrifício.

Enfim, age como se a divida fosse sua e, agindo assim, age como se aquela tivesse sido contraída por si.

De algum modo e com as excepções sempre justificadíssimas, tem sido assim, resignados e serenos que os portugueses têm assistido ao empobrecimento generalizado que as politicas de austeridade tendentes à redução do défice e ao pagamento da divida, obrigam.

Sem correr o risco de imodéstia, consideramos os portugueses um povo com uma capacidade extraordinária de sacrifício. Para quem tiver dúvidas o “espectáculo” televisivo diário que o povo grego exibe, está aí para o demonstrar à contrario sensu!

Mas, voltando ao protagonista deste post, o bom pai de família, nem sempre agiria da mesma forma...
Bastaria que o montante da divida do seu filho ultrapassasse a sua capacidade de pagamento, ainda que no limite da sua capacidade de sacrifício.

Compreenderia facilmente que honrar a divida do filho, nos termos em que o credor o exige, determinaria não utilizar transportes para o trabalho (ir a pé obrigá-lo-ia a levantar-se todos os dias pelas cinco da manhã e chegar às dez da noite), determinaria tirar os outros filhos da escola (os transportes e os livros e as refeições seriam insuportáveis) determinaria terem uma refeição por dia (açorda, as vezes com alho e uma vez ou outra com ovo) determinaria deixar de pagar a hipoteca ou a renda (ainda que baixa) e depois, viver ao relento (sem renda paga é despejado) determinaria que deixasse de pagar o Lar onde a sua mãe, doente de Alzheimer, se encontrava hospedada, determinaria cancelar o seguro de saúde e claro, deixar de pagar os impostos que lhe cabem neste orçamento, e ainda assim, porque o seu rendimento familiar é de €1.350,00, ainda assim não conseguiria pagar a divida que lhe impunha uma mensalidade de 1.400,00 mensais.

Mas, o que diria qualquer pessoa, se ainda assim, o bom pai de família insistisse em pagar a divida naquelas condições, fazendo ver à mulher e aos outros filhos que conseguiria?

E o que diria qualquer pessoa, se ainda assim, o bom pai de família insistisse em pagar acima da prestação da divida, nas mesmas condições, fazendo ver à mulher e aos outros filhos, não só que conseguiria, como ainda que seria melhor assim pois acaba de pagar a divida mais cedo?

Em qualquer caso que estava louco e precisava de ser internado, urgentemente, uma vez que se impunha que trabalhasse para o sustento da sua família!

Grosso modo, o que o governo propõe com o presente OGE é a loucura que o bom pai de família da nossa estória faria se insistisse em pagar(atingir o défice exigido), nas condições determinadas pela Troika ou agravadas pela arrogância da ignorância do governo da nação.

É, declaradamente, optar por se portar bem num campo de extermínio, visando manter-se vivo por mais alguns dias!

Sabemos que a nossa economia é pequena! E sabemos que as nossas elites ainda são mais pequenas que aquela.

Sabendo a verdade, sabemos a sua consequência: como poderemos e sobretudo quando, ser um pais sustentável economicamente depois de o colocarmos de novo nos anos cinquenta ou mesmo quarenta?

Com a solidariedade europeia? Não nos parece que essa via seja credível, pois não se verificando agora, quando é patente, necessária e urgente, é patente que o projecto europeu, tal como foi contratado, deixou de existir!

O caminho que escolhemos e a solução que não discutimos conduz-nos para uma existência próxima de um modelo que já nem sequer imaginamos: o de uma Bulgária ou uma Roménia dos tempos da Cortina de Ferro.

O único aspecto positivo que tal expectro encerra é o de sabermos de entemão que lá não iremos ter que levar com o Gaspar (nem como outros que tais). É que nessa altura ele vai estar certamente a viver em Bruxelas ou Nova Iorque, bem longe desta piolheira!


sábado, 20 de outubro de 2012

Os crocodilos que voam baixinho, não deixam, por isso, de ser predadores!

O senhor Gaspar, durante uma conferência de imprensa visando a apresentação do OGE, referiu que, se repetissem a pergunta acerca de alternativas a este orçamento, a sua resposta seria a mesma e provavelmente usando um tom de voz ligeiramente diferente.

Tal linguagem de mau-gosto motivou, justamente, as inevitáveis reacções no commentariat nacional.

Não teremos, certamente, lido ou ouvido todas, mas qualquer coisa nos diz que ninguém lhe deu uma resposta à letra!

Esqueceram-se de o informar que, na rua, os portugueses já subiram o tom de voz há muito! Evidência do mal-estar que as "políticas" financeiras do governo, mais propriamente do snr. Gaspar, de sentido único, há muito esgotaram a paciência, essa sim de Job, dos contribuintes.

O snr. Gaspar, também na elevação do seu tom de voz atrasado, continua a reboque de uma estratégia estrangeira, ou, na melhor das hipóteses péssimas, sem perceber das consequências, económicas e sociais, que aquela determinará para Portugal e para os portugueses, ou, na pior das péssimas hipóteses, sabendo muito bem o que está a fazer.

No primeiro caso, não passará do "nabo mais competente que conhecemos", como Mário Soares um dia apodou Victor Constâncio, no segundo caso, tratar-se-á um verdadeiro Conde Andeiro!

Em qualquer dos casos, defenestrá-lo da politica portuguesa, gentilmente e num tom de voz suave, parece-nos de elementar decência democrática.



Enquanto Gaspar conserva o tom palaciano, monocórdico e entediante das suas comunicações fatais, o volume elevado da contestação vai recorrendo a figuras de estilo neo realistas...

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Que futuro para Armação de Pêra e para os armacenenses?

Vemos uma terra a definhar, a viver o círculo, cada vez mais curto, do verão que se acaba e a sonhar que o próximo, ainda tão distante, será melhor que este que findou.

É sobre esta quimera: sonhar que o futuro próximo será melhor que o presente angustiante e sem soluções que a vida se esvai no dia-a-dia que passa.

Para (alguns) os mais velhos: é o “andar dos tempos”, é o “círculo da vida”, é o “antigamente já foi pior”, em suma: é o conformismo perante a realidade, a falta de meios e ânimo para recomeçar de novo, e, ou o ocaso da vida que já lhes rouba os sonhos do futuro.

E os mais novos? – Essa geração que se projecta no futuro! Para os quais, hoje é só o trampolim para o amanhã, que ansiaram ser o tempo da independência pessoal, profissional e da concretização das vidas que idealizavam?

O presente e o futuro em Armação de Pêra não são, nem se apresentam risonhos!

Acredito na viabilidade de Armação de Pêra, como destino de novas oportunidades de trabalho, de riqueza e de futuro e não como antigamente: que pela altura das festas se vinha visitar a família, ou nalguns dias de verão, se a casa ou os quartos não estivessem alugados a banhistas.

Acredito que a juventude de Armação de Pêra não se conformará com o ver os dias a passar, sem quaisquer perspectivas de futuro, largar as casas dos pais, voar com os conhecimentos que adquiriram e construir a sua independência.

O desafio que vos lanço é que utilizem o que têm em mais abundância: tempo e inteligência. Com vontade de mudar, ousem o empreendedorismo, debatam ideias, projectos, sugestões e até sonhos.

Como? Em primeiro lugar, juntando boas-vontades, gente interessada em alterar a rotina do trivial, por coisas concretas e objectivas. Utilizem um espaço físico ou virtual – em que são exímios – Em segunda lugar, escolhendo temas e temáticas que julguem adequadas, e que cada qual participe nas que se julgue mais interessado ou capaz. Façam convites a todas as instituições – escola/universidade, igreja, colectividades, instituições públicas, corporações profissionais e culturais, pessoas individuais que julguem poder enriquecer os vossos temas, ou esclarecer as vossas dúvidas. Em terceiro lugar e por último! Apresentem as vossas conclusões num fórum público, convidando todos os interessados as participar.

Notas:
Não tenham pressa pelo aparecimento de líderes, eles aparecem naturalmente com o lançamento das propostas e desenvolvimento das ideias.

Não se deixem aprisionar de nenhum movimento político, parassocial ou de qualquer outro matiz.

O futuro é já amanhã! A vida não espera…vive-se!

Uma reflexão de Luís Patrício


quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Em defesa da Lagoa dos Salgados

A Plataforma dos Amigos da Lagoa dos Salgados promove no próximo sábado dia 20, pelas 15:00 horas, uma concentração em defesa daquela zona paisagística, localizada entre os concelhos de Albufeira e Silves.

Localizada entre as ribeiras de Espiche e de Alcantarilha, a chamada zona da Praia Grande (Silves) “reúne um conjunto excecional de valores naturais, com particular destaque para a avifauna aquática, pela presença de umas das mais importantes zonas húmidas do Algarve”, refere a plataforma, constituída por várias associações ambientais e outras entidades.

Nos últimos anos, a Lagoa dos Salgados tornou-se um dos locais de observação de aves mais visitados do país, assumindo hoje “um papel estratégico do ponto de vista paisagístico, turístico e ecológico da região”.

A plataforma sublinha, porém, que “não obstante o seu valor ser amplamente reconhecido, mesmo a nível internacional, a área da Praia Grande permanece sem qualquer estatuto legal de proteção”, estando o seu futuro ameaçado pela possibilidade de construção de um grande projeto imobiliário e turístico.

O protesto de sábado visa debater o futuro desta área, através da apresentação de alternativas, bem como dar a conhecer este valioso património e necessidade de o proteger.

O ponto de encontro será no parque de estacionamento da Praia Grande.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Como poupar na segurança e na justiça...

Afinal existem alternativas e os chineses dizem-nos como se pode fazer!

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Dia Internacional contra a Pena de Morte: Abolição total já!

Hoje, dia 10 de Outubro é celebrado o Dia Internacional contra a Pena de Morte.

Sobre a Pena de Morte, um espaço de Cidadania, só pode ser inequivocamente favorável à sua abolição, onde quer que ainda seja aplicada, por forma a bani-la definitivamente deste planeta do Homem.

São muitas as razões que nos levam a, quase sistematicamente, nos auto-criticarmos e aos nossos dirigentes, historicamente falando, mas muitas outras razões justificam orgulho em ser Português.

No que à Abolição da Pena de Morte diz respeito, estamos perante uma dessa razões, precursora na consolidação do humanismo no mundo.

Na verdade, Portugal foi dos primeiros países da Europa a abolir, definitivamente, a pena de morte, em 1867. Desde 1847, no entanto, estava abolida de facto a pena máxima neste país, pois não se executava.

Em 1864 apenas cinco pequenos Estados haviam abolido a pena máxima: Ducado de Nassau e Grão-Ducado de Oldemburgo (1849); Cantão de Neufchâtel (1854); Toscana (1859); São Marinho (1861). A Roménia aboliu-a em 1861. Na Bélgica deu-se a abolição de facto desde 1863. Nos Estados Unidos da América, a pena capital havia sido abolida em Michigan (1846) e Rhode Island (1852).

No relatório que apresentou a propósito à Academie dês sciences morales et politiques, em 1868, CHARLES LUCAS informava que o governo português promovera a queima, em praça pública, dos instrumentos destinados às execuções e que na Câmara dos Deputados, ao ser votado o projeto abolicionista, 98 dos 100 membros da Assembleia, foram favoráveis à proposta, pronunciando-se o Senado por unanimidade dos votos.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

PASSOS COELHO CONFESSA-SE ...

"Se nós temos um Orçamento e não o cumprimos, se dissemos que a despesa devia ser de 100 e ela foi de 300, aqueles que são responsáveis pelo resvalar da despesa também têm de ser civil e criminalmente responsáveis pelos seus actos e pelas suas acções"

"Não podemos permitir que todos aqueles que estão nas empresas privadas ou que estão no Estado fixem objetivos e não os cumpram.
Sempre que se falham os objectivos, sempre que a execução do Orçamento derrapa, sempre que arranjamos buracos financeiros onde devíamos estar a criar excedentes de poupança, aquilo que se passa é que há mais pessoas que vão para o desemprego e a economia afunda-se"

"Não se pode permitir que os responsáveis pelos maus resultados andem sempre de espinha direita, como se não fosse nada com eles". "Quem impõe tantos sacrifícios às pessoas e não cumpre, merece ou não merece ser responsabilizado civil e criminalmente pelos seus actos?"

Palavras "sábias" de Passos Coelho

sábado, 6 de outubro de 2012

Alzheimer dos Santos Pereira: A memória dos seus estudos economicos ou a economia da sua memória?



Um estudo do Economista Álvaro Santos Pereira, o agora ministro da Economia, Professor da Simon Fraser University, no Canadá, reza o seguinte:

Portugal tem hoje 349 Institutos Públicos, dos quais 111 não pertencem ao sector da Educação. Se descontarmos também os sectores da Saúde e da Segurança Social, restam ainda 45 Institutos com as mais diversas funções.

Há ainda a contabilizar perto de 600 organismos públicos, incluindo Direcções Gerais e Regionais, Observatórios, Fundos diversos, Governos Civis, etc.) cujas despesas podiam e deviam ser reduzidas, ou em alternativa - que parece ser mais sensato - os mesmos serem pura e simplesmente extintos.

Para se ter uma noção do despesismo do Estado, atentemos apenas nos supra-citados Institutos, com funções diversas, muitos dos quais nem se percebe bem para o que servem.

Vejam-se então as transferências feitas em 2010 pelo governo socialista de Sócrates para estes organismos:



ORGANISMOS        ................... .DESPESA (em milhões de €)
Cinemateca Portuguesa            -----------------------------------   3,9
Instituto Português de Acreditação -------------------------------  4,0
Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos ------ 6,4
Administração da Região Hidrográfica do Alentejo -------------7,2
Instituto de Infra Estruturas Rodoviárias --------------------------7,4
Instituto Português de Qualidade ---------------------------------- 7,7
Administração da Região Hidrográfica do Norte ----------------8,6
Administração da Região Hidrográfica do Centro -------------- 9,4
Instituto Hidrográfico  ----------------------------------------------10,1
Instituto do Vinho do Douro -------------------------------------- 10,3
Instituto da Vinha e do Vinho ------------------------------------  11,5
Instituto Nacional da Administração  ---------------------------- 11,5
Alto Comissariado para o Diálogo Intercultural ---------------  12,3
Instituto da Construção e do Imobiliário   -----------------------12,4
Instituto da Propriedade Industrial--------------------------------14,0
Instituto de Cinema e Audiovisual -------------------------------16,0
Instituto Financeiro para o Desenvolvimento Regional--------18,4
Administração da Região Hidrográfica do Algarve ------------18,9
Fundo para as Relações Internacionais  --------------------------21,0
Instituto de Gestão do Património Arquitectónico ------------- 21,9
Instituto dos Museus             ---------------------------------------22,7
Administração da Região Hidrográfica do Tejo ---------------- 23,4
Instituto de Medicina Legal ----------------------------------------27,5
Instituto de Conservação da Natureza --------------------------- 28,2
Laboratório Nacional de Energia e Geologia --------------------28,4
Instituto de Gestão do Fundo Social Europeu -------------------28,6
Instituto de Gestão da Tesouraria e Crédito Público ------------32,2
Laboratório Militar de Produtos Farmacêuticos -----------------32,2
Instituto de Informática -------------------------------------------- 33,1
Instituto Nacional de Aviação Civil -------------------------------44,4
Instituto Camões    --------------------------------------------------45,7
Agência para a Modernização Administrativa ------------------49,4
Instituto Nacional de Recursos Biológicos ----------------------50,7
Instituto Portuário e de Transportes Marítimos -----------------65,5
Instituto de Desporto de Portugal ---------------------------------79,6
Instituto de Mobilidade e dos Transportes Terrestres ----------89,7
Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana -----------------328,5
Instituto do Turismo de Portugal --------------------------------340,6
Inst. Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação --589,6
Instituto de Gestão Financeira -----------------------------------804,9
Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas ---------920,6
Instituto de Emprego e Formação Profissional -------------1.119,9
TOTAL.............................................................................. 5.018,4


- Se se reduzissem em cerca de 20% as despesas com estes - e apenas estes - organismos, as poupanças rondariam os 1000 milhões de €uros.

- Se se estudassem devidamente os respectivos dossiers e, na sequência desses aturados estudos, fossem feitas fusões, extinções ou reduções mais ousadas, a poupança poderia ser da ordem dos 4000 milhões de €uros. 

-Não será necessário concluir acerca do que estes cortes na Despesa poderiam evitar para o bolso dos contribuintes.

- Contribuintes estes que, face ao imperativo nacional que a situação financeira determina, até poderiam aceitar serem compelidos a, por exemplo, canalizar os seus subsidios de Férias ou Natal para a compra de bilhetes do tesouro, imobilizáveis durante dois ou três anos.

Enfim, outras formas, bem mais decentes e, convenhamos, democráticas de obter o concurso dos cidadãos no esforço a que a gestão calamitosa da classe politica, de décadas note-se, nos conduziu.

Para isso duas condições prévias são necessárias:
- Por um lado e em primeiro lugar uma política assente no exemplo por parte da Classe Politica no poder, na patente redução da Despesa;
- Por outro nas circunstâncias públicas e notórias da necessidade deste esforço generalizado, bem sentidas pela comunidade.

Enquanto a segunda condição se encontra realizada como, provavelmente, jamais sucedeu depois da Segunda Grande Guerra, a primeira continua por verificar quer porque a Classe Politica escolhe invariavelmente o aumento da Receita como terapia para todos os males, como se esta pudesse crescer até ao Céu, e como se tivesse legitimidade para tanto - o que não é possivel ter quando em campanha eleitoral se anunciou não aumentar os impostos - quer porque a pedagogia do exemplo não faz parte do seu ADN, atentos os sistemáticos desvios prevaricadores que caracterizam a sua passagem pelo poder.
 

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Premonitório: Eça de Queirós escreveu em 1872...



 "Nós estamos num estado comparável apenas à Grécia: a mesma pobreza, a mesma indignidade política, a mesma trapalhada económica, a mesmo baixeza de carácter, a mesma decadência de espírito. Nos livros estrangeiros, nas revistas quando se fala num país caótico e que pela sua decadência progressiva, poderá vir a ser riscado do mapa da Europa, citam-se em paralelo, a Grécia e Portugal" 
(in As Farpas) 


Eça de Queirós

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Paulo Macedo não quer portugueses com enxaquecas…


Problemas com impostos, falta de clientes?
Paulo Macedo diz não ao racionamento de medicamentos e aprovou o novo medicamento contra as enxaquecas.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Eles não sabem que o sonho, é uma constante da vida....



O snr. Passos Coelho fica muito bem de emigrante a avaliar pela montagem fotográfica que aqui nos chegou e claramente lhe assenta a preceito. Será um presságio para o seu futuro próximo ou o sinal de um caminho para o nosso futuro?

Qualquer que seja o seu sentido, a carga neo-realista da foto é preocupante, mas também poderá ser estimulante, mobilizando-nos para reter o sonho de podermos viver no nosso país e com dignidade!

Ele (s) não sabe(m) que o sonho comanda a vida e roubam-no-lo sem hesitar, vilmente porque a troco de um nada, para outro tanto!

Resistamos, com a serenidade de quem sabe para onde vai e por onde lá chegar, na certeza de que o caminho se faz caminhando!

Ainda que alguns escolhos devam ser removidos, mais cedo ou mais tarde, de acordo com a morfologia  do percurso, visando uma caminhada mais eficiente e segura!

Para todos eles que concebem, cogitam, contribuem ou executam a alienação desse sonho legitimo, seus autores, co-autores, assessores, cumplices, acólitos, dependentes, afiliados, apoderados, licenciados, assim ou assado, doutorandos, doutores, regentes ou professores ou o que for, o nosso enfático e firme: NÃO, OBRIGADO!