1. abécula ambulante letal:  aquela que ingénua ou propositadamente encarna o papel sem mácula e de  modo crónico. Dedica-se a infernizar a vida dos restantes mortais com  afinco, não olhando a meios para atingir o fim (que geralmente, não é  nenhum em especial a não ser ser insuportável). A pior: a abécula ambulante inveterada e maléfica,  cujo plano de infernização mundial e interplanetária é traçado ao  pormenor para estraçalhar qualquer hipótese de resistência paciente.  Desenvolve-se particularmente em ambientes de funcionalismo público, em  repartições de correios, em locais com filas normalmente extensas e  claro, na política (genericamente falando e não desfazendo ninguém em  especial, uma vez que todas estas classes e locais possuem louváveis  excepções).
2. abécula ambulante moderada:  aquela cujos níveis de abeculice vão oscilando dentro do aceitável,  embora tenha momentos de apoteose capazes de fazer desesperar o mais  tolerante dos mortais. Observada frequentemente em posições de chefia,  embora também existam, provavelmente, excepções.
3. abécula ambulante ocasional: a mais comum. Todos encarnamos esta personagem de vez em quando. Todos mergulhamos no abeculismo  quando menos esperamos e reconhecê-lo é o primeiro passo para uma  eventual cura. Ser abécula ocasional também pode ser obra de engenho e  arte (casos raros).
E pior que uma abécula, só várias abéculas  juntas - caso observado com frequência em determinados países mais  ocidentais da Europa.
In: "Liberta a abécula que há em ti" (http://errortografico.blogspot.com)
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