segunda-feira, 8 de janeiro de 2007

Ambiente

AQUECIMENTO GLOBAL AFECTA ALGARVE

As consequências do aquecimento global na Europa foram analisadas por um conjunto de cientistas e fazem parte do relatório da Comissão Europeia.

Nos termos daquele relatório, a mudança climatérica até 2071 causará secas graves, inundações que, até ao final do século, vitimarão mortalmente cerca de 90 000 pessoas e que o controlo dos efeitos do aumento previsto de um metro no nível do mar, importará em muitos biliões de euros.

Países como o Reino Unido e a Suécia, ainda na previsão daquele relatório, ficarão a ganhar por virtude da amenização da temperatura naqueles Países.
No entanto os Países do Sul da Europa como a Itália, Espanha e Portugal virão a sofrer de secas graves, de erosão do solo, de incêndios de grande dimensão e de doenças já erradicadas da Europa há muitos anos, como a malária.

A malária uma doença expurgada da Europa há muitos anos está de volta por causa da mudança do clima. A Itália um país que a erradicou em 1970 vê agora todos os anos aumentar o número de casos declarados, concentrando-se a sua maior parte exactamente no Sul do país.
O Sul de Itália como o Sul de Portugal e Espanha, encontrando-se no Sul da área temperada da Europa e muito perto do continente Africano onde esta doença é endémica, sendo, como é sabido, a África sub-sahariana, o maior foco de transmissão da doença, onde ocorrem cerca de 90 % dos casos no mundo.

O mesmo relatório diz que a costa do mar do Norte da Grã-Bretanha poderá, nessas circunstâncias, substituir as praias do Sul da Europa.
Deste modo, a Europa do Sul irá perder anualmente 100 biliões de euros, os quais correspondem ao valor gasto nas férias dos Europeus do Norte, na busca dos bens, actualmente raros: o sol, a praia, a areia e o mar…
Prevê-se assim, que esta enorme procura para estes produtos, a qual tem beneficiado extraordináriamente nas últimas décadas, o Sul da Europa, mormente o Algarve, tenda a reduzir-se significativamente.

Desconhecemos o que é que, estratégicamente, os centros do poder estão a pensar fazer para prevenir estes efeitos desastrosos para a economia do Algarve e do País.

Sabemos que não existem soluções milagrosas, mas existem deveres de cuidado que são exigíveis aos que governam.
O que gostaríamos de saber era quais os cuidados que se encontram em curso?

A divulgação desta problemática não deverá ser “gerida” ao sabor da oportunidade politica de vistas curtas.

Na verdade a questão deve ser colocada nos precisos termos em que Al Gore a coloca: “temos dez anos para decididamente tentarmos alterar o curso dos acontecimentos! Passado este período sem que se o faça ou o façamos de forma eficaz, estaremos, inexoravelmente a gerir consequências….”
É que, como já refere um filósofo inglês, a Terra de tão mal tratada que encontra, provavelmente, expulsará, a prazo, o Homem.
Depois do Tsunami, tal circunspecta previsão, não nos parece nada descabida…

4 comentários:

  1. Temos todos de fazer alguma coisa!
    Mas o quê?

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  2. Se as previsões se verificarem estamos... estão feitos.
    Isto já não me afecta nesta altura já não estou por cá.

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  3. Meu amigo francisco santos
    como pode ver pelo extrato da notícia do Jornal do Algarve afinal já não são previsões está a acontecer.


    Costa algarvia está a desaparecer
    2007-01-03 - As praias e as falésias do Algarve estão cada vez mais ameaçadas, com o mar a conquistar cada vez mais terreno à costa, num problema que se tem agravado nos últimos anos. No decorrer deste novo ano, a CCDR Algarve vai gastar 1,6 milhões de euros para tentar travar o avanço do mar e dar mais estabilidade às arribas em risco. As intervenções são consideradas muito urgentes pelos especialistas, pois calcula-se que as zonas de risco já representem 67 por cento da costa algarvia

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  4. Impõe-se por conseguinte antever os cenários de multiplos pontos de vista.
    As politicas estruturais nos diversos sectores têm de levar estes dados em consideração.
    Por maioria de razão, o Algarve, que depende quase exclusivamente do turismo, tem de fazer o trabalho de casa.
    E os Algarvios têm de fazer por isso..., antes de quaisquer outros!

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