terça-feira, 31 de março de 2020
segunda-feira, 30 de março de 2020
domingo, 29 de março de 2020
sábado, 28 de março de 2020
Covid-19: Fórmula dos chineses para desinfeção
Reproduzimos a fórmula utilizada pelos chineses para desinfeção
✅5 litros Agua
✅50 gramas de sal grosso
✅150 ml de lixívia
✅Diluir tudo e colocar num borrifador para:
✅Higienizar a sua casa
✅Maçaneta das portas
✅Maçaneta dos carros
✅Chave do carro, volante, bancos
✅Pneu dos carros
✅Controles remotos
✅Chão da casa
✅Humedecer pano para limpar seus sapatos
✅Asfalto da sua cidade, etc
✅5 litros Agua
✅50 gramas de sal grosso
✅150 ml de lixívia
✅Diluir tudo e colocar num borrifador para:
✅Higienizar a sua casa
✅Maçaneta das portas
✅Maçaneta dos carros
✅Chave do carro, volante, bancos
✅Pneu dos carros
✅Controles remotos
✅Chão da casa
✅Humedecer pano para limpar seus sapatos
✅Asfalto da sua cidade, etc
sexta-feira, 27 de março de 2020
quinta-feira, 26 de março de 2020
quarta-feira, 25 de março de 2020
terça-feira, 24 de março de 2020
segunda-feira, 23 de março de 2020
HOSPITAL DE INFETO - CONTAGIOSOS ACABOU; FORMAÇÂO EM GUERRA NBQ NAS F.ARMADAS ACABOU!.... A ESTE SISTEMA SÓ LHE FALTA VENDER O QUE RESTA DO PAÍS!!...
Excelentíssimo Senhores,
Com vírus que matam Humanos e que não conseguimos aniquilar não há proporcionalidade. Há guerra biológica.
É como alguém que quer entrar armado, a disparar, contra alguém que está em casa e nem arma tem. Tem que se atrasar a entrada do ataque de quem vem armado a disparar até que venha Autoridade e acabe com a ameaça que é, tal como o vírus, total e completamente assimétrica.
A guerra biológica tem doutrina escrita, tem métodos e tácticas de emprego bem estabelecidas. São feitas manobras, exercícios, é treinada ( os hospitais na China montados em meia dúzia de dias são a demonstração que, semana sim, semana sim, treinam contra medidas de guerra biológica).
Em Portugal até havia o Hospital das Infecto-contagiosas na Boa Hora e outros com Pessoal treinado em guerra biológica e enquanto houve Hospital de Marinha também. Há ou havia pelo menos até ao Comando das Forças Armadas do General Pina Monteiro um companhia especializada em guerra NBQR (nuclear, biológica química e radiológica) com standards
de prontidão da NATO. Seria bem falar com o Pessoal que sabe e treina sobre este assunto.
O que a China faz, o que a Rússia faz e os EUA estão a fazer é
desencadear, no terreno, o que sabemos de contra medidas numa guerra biológica em todos os aspectos. A Europa, com excepção da Alemanha, nem tem noção da realidade que em tudo se comporta como um ataque de guerra biológica. Não resulta da agressão de um país a outro mas de um vírus à espécie Humana; mas não deixa por isso de ser guerra
biológica.
A incúria Europeia, com excepção da Alemanha, é escondida por detrás de argumentos relativamente à China de que é um país comunista e uma ditadura, à Rússia de que também é quase uma ditadura e aos EUA de que têm o Presidente que têm.
O que a China, a Rússia e os EUA estão a fazer é a pôr no terreno a táctica e a doutrina da Guerra Biológica e a conseguir utilizar o Pessoal de Saúde apenas na última linha de defesa. Têm na linha da frente da frente de combate Militares, GNR, Polícia, Protecção Civil e a População em geral a garantir a desinfecção pública e sobretudo o isolamento usando força se necessário for para que nesta luta assimétrica (vírus que mata e não é possível exterminá-lo) sejam, através do isolamento, infectados o menor número possível para que não chegue uma avalanche às portas do último reduto, o hospital.
Não se pode deixar tudo à mercê e chegar ao Pessoal da Saúde e o Hospital com massas de infectados. Não podemos transformar a retaguarda (o Pessoal de Saúde e o hospital) na frente do combate.
O que a Europa faz é isto: só dá batalha na última linha de defesa.
Não podemos numa guerra biológica não ter o envolvimento de todos e deixar que o Pessoal na frente da frente sejam Médicos e Enfermeiros e Gente da Saúde. Esses devem estar a defender o último reduto, a barbecã dos tempos medievais. Não podem ser quem está na frente da frente.
Na frente, na frente da frente da guerra biológica temos que estar todos nós, garantindo higiene pública e individual e isolamento com muita solidariedade e quando e se necessário garantido pela força do Estado. Quem, só por que sim, não se isola o máximo que pode, está a baldar-se para o lado do vírus e entregar a nossa vida à ameaça biológica mortal que o vírus traz.
Não pode ser como agora em que na Europa, os hospitais, são, apenas, o que constitui a única linha da frente desta guerra biológica. É bem sabido o que acontece a quem ponha a sua defesa apenas no último reduto.
Para estarmos todos, a agir eficazmente, temos que enfrentar este vírus com as bem estabelecidas tácticas de condução de uma guerra biológica. E nesta não há proporcionalidade. Há mobilização. Nós temos todos que ser os peões de Infantaria para que ao Pessoal dos Hospitais que na metáfora são os Cavaleiros possam apenas estar focados na derradeira luta, a luta pela vida no hospital. Eles, o Pessoal de Saúde e o hospital nao podem ser a linha da frente da frente. Nós temos que ser a linha da frente da frente.
Nós todos, com a Autoridade Militar, Policial e Civil mobilizados
solidária e eficazmente na primeira linha da frente a garantir higiene individual e pública com isolamento individual ao máximo possível; para que chegue o menor número de casos à retaguarda da frente deste combate onde está o competentíssimo e abnegado Pessoal de Saúde e o hospital.
Eu não sei, a não ser de alguns cálculos sobre o assunto (estão no P.S.) e por ver por muito de perto, muito do que descrevi da doutrina e da condução de guerra biológica na Emerging Security Challenges Division nos treze anos de Quartel Geral da NATO; mas porque ensino que só verdadeiramente sabe quem já fez(os outros ouvimos dizer)espero que como, em Portugal, há nas Forças Armadas, quem saiba (porque fez e treinou) como a guerra biológica se conduz seria bom que fossem
consultados e sobretudo utilizados os seus conhecimentos.
Forte Abraço do vosso
Prof. Carvalho Rodrigues
Com vírus que matam Humanos e que não conseguimos aniquilar não há proporcionalidade. Há guerra biológica.
É como alguém que quer entrar armado, a disparar, contra alguém que está em casa e nem arma tem. Tem que se atrasar a entrada do ataque de quem vem armado a disparar até que venha Autoridade e acabe com a ameaça que é, tal como o vírus, total e completamente assimétrica.
A guerra biológica tem doutrina escrita, tem métodos e tácticas de emprego bem estabelecidas. São feitas manobras, exercícios, é treinada ( os hospitais na China montados em meia dúzia de dias são a demonstração que, semana sim, semana sim, treinam contra medidas de guerra biológica).
Em Portugal até havia o Hospital das Infecto-contagiosas na Boa Hora e outros com Pessoal treinado em guerra biológica e enquanto houve Hospital de Marinha também. Há ou havia pelo menos até ao Comando das Forças Armadas do General Pina Monteiro um companhia especializada em guerra NBQR (nuclear, biológica química e radiológica) com standards
de prontidão da NATO. Seria bem falar com o Pessoal que sabe e treina sobre este assunto.
O que a China faz, o que a Rússia faz e os EUA estão a fazer é
desencadear, no terreno, o que sabemos de contra medidas numa guerra biológica em todos os aspectos. A Europa, com excepção da Alemanha, nem tem noção da realidade que em tudo se comporta como um ataque de guerra biológica. Não resulta da agressão de um país a outro mas de um vírus à espécie Humana; mas não deixa por isso de ser guerra
biológica.
A incúria Europeia, com excepção da Alemanha, é escondida por detrás de argumentos relativamente à China de que é um país comunista e uma ditadura, à Rússia de que também é quase uma ditadura e aos EUA de que têm o Presidente que têm.
O que a China, a Rússia e os EUA estão a fazer é a pôr no terreno a táctica e a doutrina da Guerra Biológica e a conseguir utilizar o Pessoal de Saúde apenas na última linha de defesa. Têm na linha da frente da frente de combate Militares, GNR, Polícia, Protecção Civil e a População em geral a garantir a desinfecção pública e sobretudo o isolamento usando força se necessário for para que nesta luta assimétrica (vírus que mata e não é possível exterminá-lo) sejam, através do isolamento, infectados o menor número possível para que não chegue uma avalanche às portas do último reduto, o hospital.
Não se pode deixar tudo à mercê e chegar ao Pessoal da Saúde e o Hospital com massas de infectados. Não podemos transformar a retaguarda (o Pessoal de Saúde e o hospital) na frente do combate.
O que a Europa faz é isto: só dá batalha na última linha de defesa.
Não podemos numa guerra biológica não ter o envolvimento de todos e deixar que o Pessoal na frente da frente sejam Médicos e Enfermeiros e Gente da Saúde. Esses devem estar a defender o último reduto, a barbecã dos tempos medievais. Não podem ser quem está na frente da frente.
Na frente, na frente da frente da guerra biológica temos que estar todos nós, garantindo higiene pública e individual e isolamento com muita solidariedade e quando e se necessário garantido pela força do Estado. Quem, só por que sim, não se isola o máximo que pode, está a baldar-se para o lado do vírus e entregar a nossa vida à ameaça biológica mortal que o vírus traz.
Não pode ser como agora em que na Europa, os hospitais, são, apenas, o que constitui a única linha da frente desta guerra biológica. É bem sabido o que acontece a quem ponha a sua defesa apenas no último reduto.
Para estarmos todos, a agir eficazmente, temos que enfrentar este vírus com as bem estabelecidas tácticas de condução de uma guerra biológica. E nesta não há proporcionalidade. Há mobilização. Nós temos todos que ser os peões de Infantaria para que ao Pessoal dos Hospitais que na metáfora são os Cavaleiros possam apenas estar focados na derradeira luta, a luta pela vida no hospital. Eles, o Pessoal de Saúde e o hospital nao podem ser a linha da frente da frente. Nós temos que ser a linha da frente da frente.
Nós todos, com a Autoridade Militar, Policial e Civil mobilizados
solidária e eficazmente na primeira linha da frente a garantir higiene individual e pública com isolamento individual ao máximo possível; para que chegue o menor número de casos à retaguarda da frente deste combate onde está o competentíssimo e abnegado Pessoal de Saúde e o hospital.
Eu não sei, a não ser de alguns cálculos sobre o assunto (estão no P.S.) e por ver por muito de perto, muito do que descrevi da doutrina e da condução de guerra biológica na Emerging Security Challenges Division nos treze anos de Quartel Geral da NATO; mas porque ensino que só verdadeiramente sabe quem já fez(os outros ouvimos dizer)espero que como, em Portugal, há nas Forças Armadas, quem saiba (porque fez e treinou) como a guerra biológica se conduz seria bom que fossem
consultados e sobretudo utilizados os seus conhecimentos.
Forte Abraço do vosso
Prof. Carvalho Rodrigues
domingo, 22 de março de 2020
sábado, 21 de março de 2020
sexta-feira, 20 de março de 2020
quinta-feira, 19 de março de 2020
quarta-feira, 18 de março de 2020
quarta-feira, 11 de março de 2020
segunda-feira, 9 de março de 2020
sexta-feira, 6 de março de 2020
quinta-feira, 5 de março de 2020
quarta-feira, 4 de março de 2020
terça-feira, 3 de março de 2020
segunda-feira, 2 de março de 2020
domingo, 1 de março de 2020
A fábula do Sapo e o Escorpião ou a génese de uma nova aberração em Armação de Pera?
Era uma vez um sapo e um escorpião que estavam parados à margem de um rio.
Você me carrega nas costas para eu poder atravessar o rio? - Perguntou o escorpião ao sapo.
De jeito nenhum. Você é a mais traiçoeira das criaturas. Se eu te ajudar, você me mata em vez de me agradecer.
Mas, se eu te picar com meu veneno - respondeu o escorpião com uma voz terna e doce -, morro também. Me dê uma carona. Prometo ser bom, meu amigo sapo.
O sapo concordou.
Durante a travessia do rio, porém, o sapo sentiu a picada mortal do escorpião.
Por que você fez isso, escorpião? Agora nós dois morreremos afogados! - disse o sapo.
E o escorpião simplesmente respondeu:
Porque esta é a minha natureza, meu amigo sapo. E eu não posso mudá-la
HeloisaPrieto. (O livro dos medos)
Armação de Pêra, originalmente uma aldeia de pescadores, foi progressivamente, com o advento do turismo, por um lado, descaracterizando---se face à vocação original, por outro, apresentando nova identidade.
Na verdade, o turismo sendo a principal actividade económica da Vila, foi, por via da grande procura e da, também, cada vez mais massificada oferta, o principal modulador, para o melhor (economia local) e para o pior (edificação de verdadeiras aberrações urbanísticas e estéticas) desta “nova” localidade.
Do advento do turismo, doméstico, de uma forma inicialmente tímida no início do sec. XX, que evoluiu, algumas décadas depois, com o pós-guerra e à boleia dos ventos da Europa em Paz (anos 50), para uma declarada vocação económica oficial visando aproveitar a procura dos viajantes europeus, ficaram “deixas” patrimoniais em imobiliário, que constituem verdadeiros exlibris da Vila, únicos, à medida da terra e da sua história, deslumbrantes.
Justamente considerados de INTERESSE MUNICIPAL, são eles o Chalet da família Caldas e Vasconcelos e o edifício do CASINO.
Enquanto o CASINO continua abandonado, depois de ter circulado, à boca pequena, pela população a ideia de ser intenção da Câmara “adjudicá-lo” por forma não identificada à dita VilaVita, o que é facto é que tal não veio a suceder, mantendo-se o edifício à disposição do acaso, já que não é patente qualquer proteção especial ao imóvel, que continua a degradar-se a olhos vistos, o Chalet da família Caldas e Vasconcelos, depois dos seus proprietários muito suarem para o vender, acabou por ser adquirido pela dita VilaVita, através de uma qualquer sociedade daquele universo empresarial.
Face à estrutural passividade (ou apenas incapacidade económica) da iniciativa privada empresarial local e também nacional no que a Armação de Pêra diz respeito, a aquisição do Chalet por parte de um grupo empresarial, com peso e expressão local, causou, numa primeira abordagem, natural satisfação.
Por um lado adivinhava-se uma intervenção séria na reabilitação do imóvelcom décadas de hibernação, o que veio rapidamente a verificar-se, permitindo ganhos patrimoniais óbvios, atento o facto de, enquanto imóvel protegido - declarado de interesse municipal -, não ser possível adulterá-lo ou descaracterizá-lo, pensava-se então.
Por outro, sendo a vocação económica da Vila o turismo, a antevisão do aumento da oferta hoteleira, a qual é patentemente reduzida, animou os observadores, amigos de Armação, desde logo pela criação de postos de trabalho, depois pela atração de turistas de segmentos de mercadoclaramente insignificantes neste mercado.
Eis senão quando, constatamos que, qual ferroada do escorpião no Sapo da fábula, que a pequena aberração que se encontrava no terreno do Chalet, uma casota de apoio, erigida nos anos oitenta, de duvidosa legalidade e que não integrando obviamente o projeto original deveria ter tido como destino inevitável a demolição, veio a ganhar foros de um segundo imóvel, de dimensão desmesurada, desajustada e desproporcionada face ao corpo principal e à area do lote.
Não temos, por princípio, nada a opôr, bem pelo contrário, à iniciativa privada. Consideramos mesmo que muitas das limitações da nossa economia resultam do facto de não existirem empresas nacionais de dimensão internacional, cuja capacidade de investimento pudesse influir decisivamente no nosso crescimento/sustentabilidade económica.
Daí que consideramos também que a iniciativa privada possa e deva desenvolver-se à vontade nesta economia de mercado.
Porém, como diz o povo, à vontade, não é à vontadinha!
Existem regras inultrapassáveis! As do património classificado de relevante interesse, quer municipal, quer regional, quer nacional, são exemplo disso, pois a propriedade desse património, socializou-se, transferiu-se da esfera privada para a social por via do seu mérito e características inculcadas na memória colectiva que se deve perpectuar.
Neste caso, a iniciativa da empresa adquirente do Chalet, se se apresentou prestes a prestar um beneficio de caracter patrimonial à Vila reabilitando o imóvel principal, logo, logo, deu-lhe a ferroada fatal, implantando desadequadamente um segundo imóvel, cuja natureza incaraterística vai reduzir o belo edifício, exlibris de Armação, a um conjunto menor. Uma verdadeira pichagem selvagem num quadro de autor.
Decisões destas caracterizam a natureza de escorpião da fábula de muitos dos investidores que, aparentando agir em nome do bem (para si e também para todos), na primeira oportunidade revelam prosseguir tão só o bom (por si e para si).
Entretanto, a Câmara Municipal de Silves guarda de Conrado o prudente silêncio.
Nada de novo na progressão da degradação do pouco património desta Vila, qualquer que seja a cor da sua gestão municipal, quaisquer que sejam as respetivas motivações.
O povo da Vila, qual Sapo da fábula, assiste incrédulo a mais uma ferroada de morte do Escorpião, no seu património.
Você me carrega nas costas para eu poder atravessar o rio? - Perguntou o escorpião ao sapo.
De jeito nenhum. Você é a mais traiçoeira das criaturas. Se eu te ajudar, você me mata em vez de me agradecer.
Mas, se eu te picar com meu veneno - respondeu o escorpião com uma voz terna e doce -, morro também. Me dê uma carona. Prometo ser bom, meu amigo sapo.
O sapo concordou.
Durante a travessia do rio, porém, o sapo sentiu a picada mortal do escorpião.
Por que você fez isso, escorpião? Agora nós dois morreremos afogados! - disse o sapo.
E o escorpião simplesmente respondeu:
Porque esta é a minha natureza, meu amigo sapo. E eu não posso mudá-la
HeloisaPrieto. (O livro dos medos)
Armação de Pêra, originalmente uma aldeia de pescadores, foi progressivamente, com o advento do turismo, por um lado, descaracterizando---se face à vocação original, por outro, apresentando nova identidade.
Na verdade, o turismo sendo a principal actividade económica da Vila, foi, por via da grande procura e da, também, cada vez mais massificada oferta, o principal modulador, para o melhor (economia local) e para o pior (edificação de verdadeiras aberrações urbanísticas e estéticas) desta “nova” localidade.
Do advento do turismo, doméstico, de uma forma inicialmente tímida no início do sec. XX, que evoluiu, algumas décadas depois, com o pós-guerra e à boleia dos ventos da Europa em Paz (anos 50), para uma declarada vocação económica oficial visando aproveitar a procura dos viajantes europeus, ficaram “deixas” patrimoniais em imobiliário, que constituem verdadeiros exlibris da Vila, únicos, à medida da terra e da sua história, deslumbrantes.
Justamente considerados de INTERESSE MUNICIPAL, são eles o Chalet da família Caldas e Vasconcelos e o edifício do CASINO.
Enquanto o CASINO continua abandonado, depois de ter circulado, à boca pequena, pela população a ideia de ser intenção da Câmara “adjudicá-lo” por forma não identificada à dita VilaVita, o que é facto é que tal não veio a suceder, mantendo-se o edifício à disposição do acaso, já que não é patente qualquer proteção especial ao imóvel, que continua a degradar-se a olhos vistos, o Chalet da família Caldas e Vasconcelos, depois dos seus proprietários muito suarem para o vender, acabou por ser adquirido pela dita VilaVita, através de uma qualquer sociedade daquele universo empresarial.
Face à estrutural passividade (ou apenas incapacidade económica) da iniciativa privada empresarial local e também nacional no que a Armação de Pêra diz respeito, a aquisição do Chalet por parte de um grupo empresarial, com peso e expressão local, causou, numa primeira abordagem, natural satisfação.
Por um lado adivinhava-se uma intervenção séria na reabilitação do imóvelcom décadas de hibernação, o que veio rapidamente a verificar-se, permitindo ganhos patrimoniais óbvios, atento o facto de, enquanto imóvel protegido - declarado de interesse municipal -, não ser possível adulterá-lo ou descaracterizá-lo, pensava-se então.
Por outro, sendo a vocação económica da Vila o turismo, a antevisão do aumento da oferta hoteleira, a qual é patentemente reduzida, animou os observadores, amigos de Armação, desde logo pela criação de postos de trabalho, depois pela atração de turistas de segmentos de mercadoclaramente insignificantes neste mercado.
Eis senão quando, constatamos que, qual ferroada do escorpião no Sapo da fábula, que a pequena aberração que se encontrava no terreno do Chalet, uma casota de apoio, erigida nos anos oitenta, de duvidosa legalidade e que não integrando obviamente o projeto original deveria ter tido como destino inevitável a demolição, veio a ganhar foros de um segundo imóvel, de dimensão desmesurada, desajustada e desproporcionada face ao corpo principal e à area do lote.
Não temos, por princípio, nada a opôr, bem pelo contrário, à iniciativa privada. Consideramos mesmo que muitas das limitações da nossa economia resultam do facto de não existirem empresas nacionais de dimensão internacional, cuja capacidade de investimento pudesse influir decisivamente no nosso crescimento/sustentabilidade económica.
Daí que consideramos também que a iniciativa privada possa e deva desenvolver-se à vontade nesta economia de mercado.
Porém, como diz o povo, à vontade, não é à vontadinha!
Existem regras inultrapassáveis! As do património classificado de relevante interesse, quer municipal, quer regional, quer nacional, são exemplo disso, pois a propriedade desse património, socializou-se, transferiu-se da esfera privada para a social por via do seu mérito e características inculcadas na memória colectiva que se deve perpectuar.
Neste caso, a iniciativa da empresa adquirente do Chalet, se se apresentou prestes a prestar um beneficio de caracter patrimonial à Vila reabilitando o imóvel principal, logo, logo, deu-lhe a ferroada fatal, implantando desadequadamente um segundo imóvel, cuja natureza incaraterística vai reduzir o belo edifício, exlibris de Armação, a um conjunto menor. Uma verdadeira pichagem selvagem num quadro de autor.
Decisões destas caracterizam a natureza de escorpião da fábula de muitos dos investidores que, aparentando agir em nome do bem (para si e também para todos), na primeira oportunidade revelam prosseguir tão só o bom (por si e para si).
Entretanto, a Câmara Municipal de Silves guarda de Conrado o prudente silêncio.
Nada de novo na progressão da degradação do pouco património desta Vila, qualquer que seja a cor da sua gestão municipal, quaisquer que sejam as respetivas motivações.
O povo da Vila, qual Sapo da fábula, assiste incrédulo a mais uma ferroada de morte do Escorpião, no seu património.