terça-feira, 24 de março de 2015

Os algarvios têm mais de 200 milhões de anos!

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Dinossauro anfíbio com 200 milhões de anos encontrado no Algarve

De acordo com o relatório da descoberta publicado no «Journal of Vetebrate Paleontology», pode ter sido descoberta uma nova espécie em Portugal.

Um fóssil de dinossauro da família dos sapos, que habitou a terra há 200 milhões de anos, foi descoberto por investigadores escoceses em Loulé, Algarve, em Portugal. Este foi o primeiro membro do grupo «Metoposaurus» encontrado na Península Ibérica. 

O animal parecido com um crocodilo teria o tamanho de um carro pequeno, cabeça achatada e alimentava-se principalmente de peixe embora também caçasse os dinossauros-salamandra que se aproximassem da água. 

Segundo os paleontólogos da Universidade de Edimburgo, o anfíbio identificado como «Metoposaurus algarvensis», à semelhança dos crocodilos, escondia-se em lagos e rios à espera das presas. 

«Há uma confusão de ossos lá, mas tem sido um desafio remover os ossos porque estão num leito ósseo com cerca de meio metro de largura», afirma o investigador, Steve Brusatte, citado pelo jornal inglês «The Guardian».

Apesar de ser um grande predador, o «Metoposaurus» tinha membros fracos e pequenos para um animal de tão grande porte, o que significa que não se podia afastar muito da água senão passava ele mesmo a ser a presa. 

De acordo com o relatório da descoberta publicado no «Journal of Vetebrate Paleontology», as diferenças na estrutura da mandíbula e em várias partes do crânio, onde a medula espinal se encontra com o cérebro, revelam que pode ter sido descoberta uma nova espécie em Portugal. 

A maioria dos «Metoposaurus» foram extintos há 200 milhões de anos, marcando o fim do Período Triássico. Grandes fendas na terra e a atividade vulcânica foram a causa da morte de milhares de vertebradas, incluindo anfíbios, que deixaram a terra «nas mãos» dos dinossauros.


In TVI24, 24 de Março 2015

quarta-feira, 4 de março de 2015

As prostitutas argentinas passam fatura. Estas não servem para o IRS, as seguintes talve


5/5/2015, in Observador, por João Pedro Pincha

Na Argentina a prostituição não é proibida, mas também não é permitida. As faturas que as prostitutas andam a distribuir não têm valor legal, mas servem para chamar a atenção para o problema.
“Sexo oral: 20 euros. Quer número de contribuinte na fatura?” O diálogo é fictício mas as prostitutas argentinas bem gostariam que não fosse. Para chamar a atenção para o vazio legal em que a prostituição se encontra na Argentina, uma associação de mulheres do setor lançou uma campanha em que são distribuídas faturas por serviços sexuais aos transeuntes de Buenos Aires.
Retirado do site da AMMAR

A iniciativa da Associação de Mulheres Meretrizes da Argentina (AMMAR) visa “eliminar o grande estigma” que existe relativamente à prostituição naquele país, disse ao jornal espanhol El Mundo Georgina Orellano, secretária-geral da AMMAR. “É um trabalho como qualquer outro e nós, que o exercemos, somos também trabalhadoras com direitos e obrigações”, defendeu a responsável, que decidiu lançar a campanha simbolicamente a 1 de maio, Dia do Trabalhador.
Nesse dia, aproveitando um comício de uma central sindical argentina, representantes da AMMAR estiveram num estádio de Buenos Aires a manifestar-se e a distribuir os modelos de faturas que gostariam que se tornassem realidade. Nesses modelos, um serviço de sexo oral (a ‘francesa’ que aparece na imagem) custa 200 pesos (cerca de 20 euros) e um serviço completo ronda os 500 pesos (ou seja, 50 euros).

O nosso setor sempre foi criminalizado e estigmatizado. Há muito preconceito relativo ao nosso trabalho e queremos que a sociedade não nos veja como vítimas, mas sim como sujeitos de direito e como classe trabalhadora”, escreveu a AMMAR numa entrada de blogue.

Nesse texto, a AMMAR defende igualmente a criação de uma lei que enquadre a atividade laboral sexual e insta os apoiantes da campanha a fazerem o download da fatura e a partilharem uma versão própria nas redes sociais. Associadas ao reconhecimento da prostituição como trabalho estão outras reivindicações: a possibilidade de poderem passar faturas pelos serviços prestados e a criação de uma obra social, por exemplo.

A luta das prostitutas argentinas pela legalização do trabalho sexual já é longa e a criação destas faturas é apenas mais um passo. Na Argentina, a prostituição está num vazio legal: nem é proibida nem é legal. Para colmatar isso, a AMMAR promoveu, ainda em setembro do ano passado, uma discussão pública que visava regularizar a situação de milhares de mulheres. Só em Buenos Aires, a capital do país, a associação diz ter mil sócias, das quais 86% são mães.