Por razões que a razão conheçe, este Portugal sabe cada vez mais a requentado!
No anterior post foi feito um comentário, vulgar noutros tempos, caido entretanto, completamente em desuso nas últimas décadas, por manifesta inadequação e desnecessidade, mas que, lido hoje, recupera uma estranha frescura, não no nome próprio do protagonista histórico naturalmente, mas na "azia" que implicitamente descreve face a uma prática politica que, invariavelmente, persiste encrustada nesta Comunidade Nacional.
Como sinal de uma resistência "à boca pequena" a um regime gerador de infelicidade e partindo de um verso de Fernando Pessoa, esta criação literária, provavelmente de cariz mais popular retratou o sentimento generalizado num Povo que, angustiado pela sobrevivência e por lideranças que nunca interpretaram o poder como instrumento de desenvolvimento partilhado, nunca se conformou com o designio que, com mais ou menos "orgulho oficial", sempre lhe quiseram estipular.
Curiosamente, ou não, denota apropriadamente um mesmo estado de espirito.
Portugal vai mal!
"Antigamente (alguns) diziam assim:
O António há-de morrer!
A Oliveira há-de secar!
O Sal há-de derreter!
E o azar há-de acabar!
Actualmente é caso para todos dizerem:
O António já morreu!
A Oliveira já secou!
O Sal já derreteu!
Mas a merda do azar não acabou!"
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