quinta-feira, 17 de abril de 2014

O problema, de facto, é seu Dona Esteves! Porque não ajustar-se também?

Chegou ao nosso conhecimento um texto, anónimo, que merece divulgação. Aqui está ele:

Os meios de comunicação social, quando a si se referem, costumam usar a expressão “segunda figura do Estado”. E percorrendo os atinentes artigos da Constituição, parece que é isso mesmo que a senhora é. Pois é.

A Portugal e aos portugueses daria algum jeito se, já que têm a primeira figura que têm, tivessem uma segunda figura que soubesse imprimir ao seu cargo um pouco de dignidade. E a senhora não sabe.Digamos que é o seu “inconseguimento”, mas é mesmo isso https://www.youtube.com/watch?v=sx_k3bSzCTo ..

Dir-se-ia que a senhora não consegue (inconsegue) “projectar para a Assembleia e para o país o seu softpower sagrado”, e, seja lá isso o que for, é uma pena.Não sei se a senhora sabe que, nessa cadeira onde se senta, ou pelo menos no local onde ela está, se sentaram homens como Henrique de Barros, Vasco da Gama Fernandes, Leonardo Ribeiro de Almeida, Fernando Amaral, para falar apenas destes. Que a senhora herdou a cadeira de Jaime Gama, não de Albino dos Reis.

A Senhora Esteves, disse ontem que, se os militares de Abril queriam falar (na sessão solene que em breve vai assinalar os 40 anos da Revolução), e não falam, o problema é deles.

Não, senhora Esteves, o problema não é deles, é seu!
Vou explicar-lhe uma coisa.

O Vasco Lourenço que a senhora desconsiderou não é apenas um Vasco de apelido Lourenço. O Vasco Lourenço que a senhora desconsiderou é um homem que fez a guerra e fez a Paz. O Vasco Lourenço que a senhora desconsiderou é um dos operários da Liberdade em que queremos viver e da Democracia que lhe permite a si, mulher, ser a segunda figura do Estado.

Sei que isso pouco lhe importa, que não teria pejo em ser o que tem sido e ocupar os cargos que tem ocupado se o regime fosse aquele que o Vasco ajudou a derrubar.

Duvido é que, sem a obra do Vasco e de outros corajosos militares, esse tal regime a tivesse deixado ser, a si mulher, juiza do Tribunal Constitucional, eurodeputada, lusodeputada e agora segunda figura do Estado.

O Vasco Lourenço que a senhora desconsiderou é presidente da Associação 25 de Abril. Que essa associação congrega militares e também civis que fizeram Abril, que gostam de Abril, que gostam da Liberdade que Abril trouxe ao nosso país. Que por lá andam também Garcia dos Santos, Martins Guerreiro, Soares Rodrigues e outros tantos Homens de ideais. Que tem como associados de honra Fernando Salgueiro Maia, Ernesto Melo Antunes, Fernando Valle, Sarmento Pimentel e, uma mulher. Sabia? Chama-se Maria de Lurdes Pintasilgo.
E até um Homem cuja vida foi um século de combates e que chegou a liderar o seu partido, senhora Esteves.

O Vasco Lourenço que a senhora desconsiderou fez a guerra, fez a Paz, com outros cujos nomes talvez nada lhe digam, corrigiu-lhe o rumo na altura em que tal foi necessário.

Falo de Franco Charais, de Pezarat Correia, do Ernesto Melo Antunes.Sabe que entre todos eles e a senhora Esteves há uma diferença abissal? E é esta: Eles serviram o Estado e o Povo português, a senhora sempre viveu a expensas do Estado e do Povo português. Nunca fez mais nada.

A senhora Esteves acumula pensões; eles, tal como eu próprio, acumulam cortes nas pensões. Isto para não falar do Salgueiro Maia, a quem o seu mentor ideológico, cavaco de seu nome, negou uma pensão ao mesmo tempo que as atribuia a dois pides, talvez os que lhe tinham prometido emprego.

Não foi o Vasco que a senhora Esteves ofendeu. Ofendeu todos os Portugueses que amam Abril, que amam a Liberdade e a Democracia.
Alguns estão até no seu partido, embora sejam cada vez menos.

O problema, de facto é seu, senhora Esteves!

Nesta época de ajustamentos, talvez não fosse despiciendo – pelo menos enquanto tiver o papel de primeira figura da assembleia da República – ajustar-se à história do pais que é o seu e porque não também à comunidade portuguesa de que é a segunda figura representativa?

Ontem foi o dia grande do seu inconseguimento.Passar bem.




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