segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Breves I (e leves)


Nascido numa época em que despontava o feminismo, aceitei naturalmente relacionar-me com as mulheres num plano de total igualdade. Com o decurso do tempo percebi que, nas relações amorosas, intervinham outros ingredientes como, por exemplo, as personalidades de cada um que as tornavam possíveis ou impossíveis, longas ou curtas, boas ou más. Rejeitando sempre avaliar exclusivamente uma relação pela performance sexual do casal, percorri o meu trajecto afectivo pelos escolhos da vida sem abandonar os princípios que me estruturaram, até “anteontem”. Posso por isso, hoje, fazer um balanço sereno e existencial :

Quando eu tinha 14 anos, esperava tão só ter um dia uma namorada.

 
    
Quando eu tinha 16 anos tive uma namorada, mas não tinha paixão.
Então percebi que precisava de uma mulher apaixonada, com vontade de viver.     

Na faculdade saí com uma mulher apaixonada, mas era emocional demais. Tudo era terrível, era a rainha dos problemas, chorava o tempo todo e ameaçava suicidar-se. 

Então percebi que precisava uma mulher estável.  

Quando tinha 25 encontrei uma mulher bem estável, mas chata. Era totalmente previsível e nada a excitava.
A vida tornou-se tão monótona, que decidi que precisava de uma mulher mais excitante   

Aos 28 encontrei uma mulher excitante, mas não consegui acompanhá-la. Ela ia de um lado para o outro sem se deter em lugar algum. Fazia coisas impetuosas, que me fez sentir tão miserável como feliz. No começo foi divertido e electrizante, mas sem futuro. 

Então decidi procurar uma mulher com alguma ambição. 
 
Quando cheguei aos 35, encontrei uma mulher inteligente, ambiciosa e com os pés no chão. Decidi casar-me com ela.

Era tão ambiciosa que pediu o divórcio e ficou com tudo o que eu tinha. 

Hoje, com mais de 50 anos, gosto de mulheres magras com o peito grande. E só.

Nada como a simplicidade!!!

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