terça-feira, 18 de dezembro de 2012

A Revolução das relações humanas...

1 comentário:

  1. António Marinho Pinto, Bastonário da Ordem dos Advogados, escreveu em
    editorial de que:

    In: Jornal de Notícias

    Austeridade e privilégios

    «[...] O primeiro-ministro, se ainda possui alguma réstia de dignidade e de moralidade, tem de explicar por que é que os magistrados continuam a não pagar impostos sobre uma parte significativa das suas
    retribuições; tem de explicar por que é que recebem mais de sete mil
    euros por ano como subsídio de habitação; tem de explicar por que é que essa remuneração está isenta de tributação, sobretudo quando o
    Governo aumenta asfixiantemente os impostos sobre o trabalho e se
    propõe cortar mais de mil milhões de euros nos apoios sociais,
    nomeadamente no subsídio de desemprego, no rendimento social de
    inserção, nos cheques-dentista para crianças e — pasme-se — no
    complemento solidário para idosos, ou seja, para aquelas pessoas que
    já não podem deslocar-se, alimentar-se nem fazer a sua higiene pessoal.
    O primeiro-ministro terá também de explicar ao país por que é que os
    juízes e os procuradores do STJ, do STA, do Tribunal Constitucional e do Tribunal de Contas, além de todas aquelas regalias, ainda têm o
    privilégio de receber ajudas de custas (de montante igual ao recebido pelos membros do Governo) por cada dia em que vão aos respetivos tribunais, ou seja, aos seus locais de trabalho.

    Se o não fizer, ficaremos todos, legitimamente, a suspeitar que o
    primeiro-ministro só mantém esses privilégios com o fito de, com eles, tentar comprar indulgências judiciais.»

    ResponderEliminar