sábado, 25 de dezembro de 2010

A PEDAGOGIA DO EXEMPLO:ONDE VIRES GALHOFA PÕE RESPONSABILIDADE.ONDE VIRES BIZARRIA, PÕE CIDADANIA!

Para alguém se fazer ao caminho, ter um par de sapatos em boas condições, é essencial.

É assim que pensam alguns estrangeiros residentes que todos os anos, com o já tradicional apoio do Hotel Garbe (hoje, Holiday Inn") promovem um “um mergulho pelos sapatos”.


E se bem o pensam, melhor o fazem, todos os anos, pelo Natal e Ano Novo!

Para o que, convidam, os residentes da zona e os turistas a um destemido mergulho na praia de Armação de Pêra, pelos sapatos.

Trata-se de um corajoso exemplo de campanha de solidariedade social, que pretende ajudar A Gaivota, da Santa Casa da Misericórdia, em Albufeira, a adquirir sapatos para todas as crianças que deles careçam, para que todas iniciem um novo ano preparados para as caminhadas das suas vidas.

Este ano, a iniciativa irá ter uma maior cobertura mediática, pois estiveram presentes vários orgãos de informação, que difundirão o exemplo pelo pais fora.

Quem não se apresentou à chamada hoje, poderá ainda participar no dia 1 de Janeiro, com a respectiva toalha.

Após o mergulho, o Hotel Holiday Inn Armação de Pêra coloca ao dispor dos “banhistas destemidos", para se aquecerem, um um chocolate quente no Ano Novo.

Não é que, em Portugal, a solidariedade seja desconhecida. De facto, também na solidariedade social, Portugal foi precursor em toda a Europa, pela iniciativa da Rainha D. Leonor, a Princesa Perfeitíssima, mulher de D. João II (o qual curiosamente lhe deu em dote as cidades de Silves e Faro), criando as Misericórdias, nos finais do séc. XV. No entanto é facto que, pelas piores razões - a crise económica - temos vindo a multiplicar o número de acções desta natureza, trabalhosas é certo, mas um pouco menos desconfortáveis, como é o caso do Banco Alimentar.

Estamos porém certos de que as comunidades mais a Norte da Europa, ou outras derivadas destas (EEUU) tem práticas ancestrais com resultados bem mais impactantes.

Em acções de caridade e solidariedade, os Franceses dão 0,14% do seu PIB, os Alemães 0,26%, os Britânicos 0,73% e o Americanos 1,7% do PIB.

Os Portugueses por seu lado, entre 2005 e 2007 doaram, via IRS, 3,5 milhões de Euros para caridade/solidariedade, cerca de 0,002 do PIB e outros 7 milhões por vias directas, tudo somado, 0,006% da riqueza.

É caso para concluirmos que a acção dos banhistas, para além de destemida é também profundamente pedagógica.

Notícia para ser divulgada nos mass média como exemplo de cidadania e não como bizarria de gente extravagante!
Aguardemos para ver!

2 comentários:

  1. Belinha

    Estou admirado por não te ter visto hoje neste evento aqui por Armação, estiveram cá vários órgãos de comunicação e tu preocupada com o peru.
    A perderes estas oportunidades de poderes aparecer na televisão associada a eventos de solidários pões o teu lugar em rico de candidata a deputada.
    Como sabes a concorrência é muita mesmo sendo mulher estão que eu saiba cinco à tua frente.
    Faz-te à vida moça.
    O que se passa contigo que andas muito distraída, estás a perder qualidades, onde já se viu não conseguires que a oposição vota-se o orçamento?
    Tu e a Rosa eram tão amigas o que se passou?
    Foi ela que roeu a corda ou foi por teres cortado as verbas às freguesias da CDU.
    Rapariga se estavas num processo de negociação não eram uns troquitos para estas freguesias que iam desequilibrar o orçamento.
    A minha cara metade diz que estátens tudo pensado, e que esta de não teres feito um esforço maior de negociação, tem a ver com a tua táctica que é a de fazer querer ao povo que a culpa da falta de dinheiro é do governo e da oposição.
    É mesmo verdade?
    A minha cara metade tem razão?
    Ou as coisas estão mesmo mal e com a cabeça em água já não consegues pensar.
    Por onde andam as tuas "amorosas" assessoras?

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  2. De tanto ver triunfar as nulidades, prosperar a desonra, crescer a injustiça, agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto. Rui Barbosa

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