terça-feira, 28 de setembro de 2010

Não é imposto o que nos querem levar! É confisco!!


Como é do conhecimento público a Câmara de Silves, na sua reunião de 15/09/2010, não foi de modas: aprovou o aumento do IMI para a taxa máxima!

Este aumento representa para todos nós cidadãos-contribuintes um incremento na despesa respectiva de, pelo menos, 14 % em 2011. Não é chita, meus senhores!

Quando os orçamentos se constróem baseando-se no pressuposto de que o crescimento é perpétuo,mesmo quando é sabido que assim não será, a classe politica está, objectiva e dolosamente, a cometer um crime de deslealdade! No final, o povo paga, mas está a pagar um imposto injusto! No caso da freguesia de Armação de Pêra, a evidência é gritante!

Como oportunamente já abordamos em posts que temos publicado neste blog, um apartamento do tipo T2, localizado em Armação de Pêra paga 4,39 vezes mais de IMI do que um imóvel localizado na Freguesia de São Marcos da Serra ou pelo menos 1,5 vezes mais do que o mesmo imóvel localizado noutra freguesia do concelho de Silves!

Hoje, quem reside em Armação de Pêra ou aqui tem património, paga mais do que qualquer das freguesias do concelho, sem daí retirar quaisquer benefícios, bem pelo contrário. A contraprestação da autarquia para a Vila é exígua, descuidada, omissiva na maior parte dos casos, com excepção da carga de betão que não para de aumentar, para que a Câmara de Silves possa arrecadar mais receitas.

O caminho ilegítimo, indecoroso e injusto, de continuar a esmifrar os cidadãos-contribuintes de Armação de Pêra, sem apelo nem agravo, impunemente e sem fim de retorno em vista não pode continuar!
Porquê?
Porque o caminho a seguir em qualquer Estado de Direito, nesta sede, é o de adequar a despesa às reais possibilidades da nossa economia e ao investimento necessário.

Quando se perspectiva mais um apertar de cinto, não é possível pedir um sacrifício desta magnitude, sabendo nós que desde que foi criado este imposto a receita tem aumentado exponencialmente.

O valor das novas avaliações com os critérios utilizados pelas finanças avaliam o património 30 % acima do seu valor real, como se tal pudesse ser admitido pela racionalidade mais elementar, sobretudo depois de vermos, ouvirmos e lermos, que foi exactamente pelos abusos verificados na economia, assentes na credibilização das verdades virtuais, e tendentes a conduzir artificialmente os resultados até ao céu, que nos conduziram à maior crise económica dos tempos modernos no planeta, da qual não sabemos quando nos vamos livrar, ou sequer se nos vamos livrar .

A receita orçamentada para 2009 através da cobrança do IMI era de 6 103 839 euros, mas foram arrecadados mais 4% do que inicialmente previsto e a Câmara arrecadou 6 348 743 euros, pois o contribuinte pagou mais 244 904 euros.

Para o ano de 2010 a Câmara de Silves volta a aumentar a previsão de receita do IMI em mais 4% tendo por base a receita arrecadada no ano anterior.

O aumento para a taxa máxima do IMI pode vir aumentar a receita corrente em cerca de 3 %, e a receita total no máximo em 2 %, mas serão, cerca de 1,2 milhões de euros, suficientes para resolver os problemas que afectam a Câmara de Silves? Estamos certos que não!

A arrecadação de impostos está dependente da capacidade financeira do contribuinte a conseguir suportar! Caso contrário é confisco!

Ora, a menor arrecadação de IMI em 2010, cerca de 10%, pode representar simplesmente que existem contribuintes que já não conseguem pagar entre outras coisas, os seus impostos.

Não é que isso importe a estes algozes de cuja incompetência para os respectivos cargos resultam as necessidades orçamentais que o cidadão-contribuinte, possa ou não possa, tem de suprir.

Mesmo que os vendedores da banha da cobra digam o contrário, e dizem, nunca teremos descanso com esta classe de gente no poder!

9 comentários:

  1. Corre Costas:
    É na diminuição da despesa que está a solução para o equilíbrio das contas. É acabar com as manifestações sumptuosas e de gastos exorbitantes, ditas culturais, que mais não servem, do que, campanhas eleitorais permanentes e à auto-satisfação de egos incultos, e de novo-riquismo serôdio.
    Se cada membro do executivo camarário, reduzisse em 50% a quota dos apaniguados, protegidos e afilhados, a que deram guarida nos serviços camarários e afins. Os contribuintes agradeciam pelo desentupimento dos corredores, de gente que nada faz -nem sabe- e não seria necessário aumentar o IMI para suprir as despesas correntes.

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  2. com o devido respeito mas discordo o apartamento de armação, de tunes ou de messines tem o mesmo valor de IMI logo não ha discrepâncias onde estas podem existir são nos coeficientes de localização e esses estiveram em consulta publica que é claro ninguem ou quase ninguem consultou nem reclamou depois queixam-se mas primeiro estiveram num estado adormecido e pouco participativo...
    até já

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  3. cão da esteva,numa coisa tem razão,com uma camara como a de Silves não podemos adormecer.
    No entanto terá de concordar que tendo todos nós de trabalhar,começa a ser cansativo termos de manter uma vigilãncia quase cerrada ao executivo, pois aproveitam todas as oportunidades para nos tramar.
    São quem temos para representar os nossos interesses,defender a nossa terra,o que fazem lá?
    Hipotecam o nosso futuro a troco de interesses de particulares,boicotam todas as possibilidades de um futuro digno para a nossa terra.
    Estamos num estado adormecido?
    Não me parece,esta gente é que perdeu definitivamente a noção de que é certo e errado.
    Aponte sugestões para solucionar o grave problema que o concelho de Silves enfrenta, o total desprezo pelas necessidades da população.

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  4. Com o devido respeito again quem fez a proposta do coeficientes de localização foi o ministério das Finanças - vulgo repartição das finanças - e a cms pôs em consulta publica exactamente para se houvesse reclamações poder solicitar alterações e salvo erro estes coeficientes poderão ter sido também aprovados pela AM mas isto não posso jurar. erro

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  5. Pôs em consulta píblica onde?
    Tudo é feito de maneira muito discreta,para que o menor número de pessoas tenham conhecimento e a concordância ou não pouca diferença faz.
    Lembra-se do caso do apoio de praia em A. de Pêra,de que valeu aquela gente toda estarem a manifestar-se,de que valeram os baixo assinados ?
    Tenha tino sr. cão da esteva,não vê que o defeito não é da população?
    São os nossos representantes que nada valem,esse é o problema.

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  6. É tudo tão às claras naquela câmara que nem as actas são publicadas na net.
    Ainda estamos no tempo do feudalismo

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  7. sr observador eu só estava a tentar explicar como funciona a coisa. longe de mim estar a ter juízos de valor sobre a disponibilidade ou não das populações.

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  8. Eu só estava a tentar que entendesse que aqui nada funciona,é a "indisponibilidade" dos representantes das populações.
    Não sabe do caso dos toldos em A. de Pêra?
    Também deveriam ter sido publicados os concursos que a capitania de portimão enviou para a junta de freguesia de A. de Pêra,mas não foram,o nosso presidente da junta achou mais práctico fazer o concurso entre amigos.Um homem simples e bem intencionado,não fez por mal,era para se livrar de um problema que o próprio criou.
    E não é que com esta atitude prejudicou centenas de pessoas que frequentavam a praia e ficaram sem toldos?
    Mas,como o nosso presidente é um homem muito práctico e simples,culpou a capitania pelo sucedido,livrando assim a própria pele,criou uma onda de protesto para a capitania,mas ao menos arranjou um culpado que não ele.
    Tão transparente a junta de A. de Pêra,um primor de criaturas que lá estão instaladas.

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  9. Essa da consulta pública dá-me vontade de rir. E sabem porquê?? É que temos conseguido mudar MUITAS coisas com a consulta pública ( obviamente que estou a ser irónico). Em Armação de Pêra não há consultas para nada; só para ir ao médico. A Autarquia está-se nas tintas para o que nós pensamos... e essa " consulta pública" é a melhor desculpa para que tudo se faça e nada se saiba!!!!!

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