segunda-feira, 5 de abril de 2010

Casino:património Cultural. O primeiro passo é Classificar!

Tanto quanto parece a Câmara Municipal de Silves marcará presença na celebração do Dia Internacional de Monumentos e Sítios, que tem lugar a 18 de Abril.

A sua participação merece destaque porquanto denota consciência da responsabilidade cultural que cabe à Administração da autarquia em coerência com o relativamente extenso património histórico e cultural do concelho.

Na verdade este património justifica uma dedicação consistente, atenta a sua importância histórica, cultural e turística; o que se deve fazer mediante uma politica para o património do concelho.

Com o cepticismo que nos é habitual, estamos em crer que, a politica de que falamos está longe de estar implementada no concelho. Apesar de se conhecerem, há já muitos anos, as bases de uma politica e um regime de protecção e valorização do património cultural, consagrados legalmente.


Quando, noutro dia, “exigimos” a classificação do CASINO como de interesse municipal, depois de termos sabido tratar-se o Chalé do único imóvel de Armação classificado como tal, aliás justamente, vários foram os mails recebidos e até alguns comentários acerca da “desnecessidade” de tal batalha face a interesses ocultos e poderosos que virão, mais cedo ou mais tarde, a “deglutir” o Casino, descaracterizando-o e sobretudo desapossando-nos da memória que, apesar de trôpego, ainda retém, dos primórdios do turismo, nos meados do século passado e de todo o desenvolvimento que motivou.

Perdoem-nos a insistência mas não consideramos o assunto encerrado, nem ultrapassado, e muito menos perdido.

Na verdade, todos têm direito à fruição dos valores e bens que integram o património cultural, como modo de desenvolvimento da personalidade através da realização cultural. Os armacenenses e de resto, todos os outros têm esse direito e na sua grande maioria não querem renunciar a ele.

Armação de Pêra já teve “acidentes” suficientes que conduziram a percas enormes. A Vila piscatória constantemente ameaçada pela descaracterização sem que alguém a acuda, a baía de armação, património natural de rara beleza, profundamente diminuído pela massa alarve e betuminosa com que foi rendilhada, a nova vila cosmopolita e turística mas harmoniosa, de há muito completamente desarticulada dos seus propósitos pela implantação de volumetrias colossais de betão, inestéticas, que se acotovelam em desordem na primeira fila, como se o espectáculo que a baía constitui, devesse ser um exclusivo deles.

Basta! Basta de alarvidades, de negligência, da incontinência dos algozes, de irresponsabilidade!

Sem prejuízo das soluções radicais, que as há, de difícil implementação, mas implementáveis legalmente num Estado de Direito, podemos e devemos começar por impedir novas alarvidades.

O Casino se não permanecer enquanto memória viva de uma época, devida e originalmente recuperado e vocacionado para fins relevantes social e turisticamente, constitui uma dessas alarvidades que os armacenenses não podem, não devem, nem querem mais tolerar!

Classificar o Casino, por mérito próprio, como de interesse municipal será o primeiro passo!

E se a C.M. de Silves, quanto a Armação, tem alguma politica relativa a património não pode deixar de dar inicio ao procedimento administrativo respectivo tendente a tal classificação como de interesse municipal!

Se a C.M. de Silves, quanto a Armação, não tem qualquer politica relativa a património, é altura de começar a ter!

5 comentários:

  1. Porque nem só o casino é património:
    http://sacodosdesabafos.blogspot.com/2010/04/ainda-armacao-de-pera-e-o-patrimonio.html

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  2. Agora que o Ali está a dar as últimas que a fábrica já se foi qual será o próximo projecto.
    Até q o casino dava jeito.
    A Câmara recuperava e dava à exploração a quem agora vai ficar desempregado, e de patrão do comércio passava a patrão da Indústria hoteleira.

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  3. Trabalhadores do grupo Alicoop
    Apelo ao poder político
    Os trabalhadores da Alicoop estiveram ontem reunidos em plenário, em Silves, tendo decidido recorrer a Cavaco Silva e a José Sócrates para tentar evitar o encerramento definitivo do grupo e o despedimento de cerca de meio milhar de funcionários.


    "A nossa última esperança é o poder político", salienta José Carlos Parreiro, da Comissão de Trabalhadores. Manuel Peres, do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), explica que vão ser pedidas audiências à Presidência da República, ao primeiro--ministro, ao ministro da Economia e à ministra do Trabalho, bem como aos Grupos Parlamentares.

    O referido sindicalista diz que os trabalhadores estão dispostos a avançar com manifestações em Lisboa e acusam o administrador judicial de tentar apressar o fecho.

    PASSIVO: 80M

    As dívidas do grupo Alicoop atingem os 80 milhões de euros. O plano de viabilização implica a injecção de 5,5 milhões de euros.

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  4. Eu classifico
    Tu calssificas
    Ele ou ela NÂO CLASSIFICA
    Nós cassificamos
    Vós calassificais
    ELES NÂO CLASSIFICAM

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  5. Vê lá se conjugas o verbo como deve ser...pu

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