(...)
Meu riso de dentes podres
Ecoou nas sete partidas.
Fundei cidades e vidas,
Rompi as arcas e os odres.
(...)
Moldei as chaves do mundo
A que outros chamaram seu,
mas quem mergulhou no fundo
Do sonho, esse, fui eu.
(...)
O meu sabor é diferente.
Provo-me e saibo-me a sal.
Não se nasce impunemente
nas praias de Portugal.
António Gedeão, Poema da malta das Naus
Albufeira
ResponderEliminarGang ataca duas máquinas ATM
Um gang tentou roubar as máquinas ATM de dois postos de combustíveis que se encontravam encerrados, em Pêra (Silves) e Albufeira, mas sem sucesso. Os assaltantes tiveram de se contentar com um simples pacote de pastilhas furtado de uma das bombas.
O posto da Galp em Pêra (Silves), junto da EN125, foi o primeiro alvo – passava um minuto da 01h00 de ontem. Nas imagens de videogilância são visíveis seis indivíduos encapazudos e com luvas calçadas. Usaram uma carrinha Ford Transit, de cor branca – que terá sido roubada de uma empresa da zona de Boliqueime – para, em marcha-atrás, partir a porta de vidro do posto.
Um dos assaltantes manteve-se sempre ao volante da viatura, enquanto os restantes cinco entraram na loja. Colocaram um cabo de aço em torno do ATM e depois, com a ajuda da carrinha, tentaram remover a máquina para o exterior. Mas a tentativa fracassou: a caixa está cravada no chão. Ainda procuraram abrir o multibanco no local, mas não conseguiram. Acabaram por desistir, levando apenas umas pastilhas elásticas.
"Demoraram quatro minutos", afirma Ellen Gonçalves, revendedora da Galp, recordando que "já é o terceiro assalto em cinco anos". Um deles, em 2005, foi cometido pelo gang do Pecas.
Passado menos de meia hora, nova tentativa de roubo, desta feita à máquina ATM do posto da Galp da Torre da Mosqueira, Albufeira. As imagens de videogilância revelam que terá sido o mesmo gang.As coisas voltaram a não correr de feição: a máquina ATM também estava cravada no chão. Nada foi furtado. A GNR e a PJ investigam.
Alicoop: Trabalhadores lutam para evitar fecho da empresa
ResponderEliminarManifestação frente à CGD
Os trabalhadores do grupo Alicoop decidiram ontem, num plenário realizado em Silves, efectuar na terça-feira uma manifestação em frente à sede da Caixa Geral de Depósitos (CGD), em Lisboa, caso o banco público não dê luz-verde à aprovação do plano de viabilização da empresa.
"Deus queira que haja razoabilidade da parte da CGD e que não venha a ser necessário fazer a manifestação ", disse ao CM o porta-voz da comissão de trabalhadores, José Carlos Parreiro, explicando que estão em causa "cerca de 500 postos de trabalho directos e mais duas centenas indirectos".
O grupo de produtos alimentares, que detém 87 lojas, encontra-se em insolvência e tem dívidas de 80 milhões de euros. Um estudo da consultora Deloitte prevê a recuperação da empresa através da injecção de 5,5 milhões de euros, financiados pela banca credora, e a amortização das dívidas em 16 anos, a partir do Verão de 2011.
Segundo José António Silva, administrador da Alicoop, o BCP, que é o principal credor, já deu o seu acordo e o BPI está disponível para negociar. Mas no que se refere aos bancos do Estado a CGD não aprovou o plano e o BPN ainda não se pronunciou. "Nós não nos resignamos com qualquer resposta negativa", garantiu o empresário.
PORMENORES
PRAZO
O plano de viabilização tem de ser apresentado ao tribunal até segunda-feira. Caso contrário, o encerramento pode ser decretado na terça-feira.
GRUPO
O ’patrão’ do grupo é José António Silva, presidente da Confederação do Comércio e irmão da presidente da Câmara de Silves.
GOVERNO
A governadora civil de Faro, Isilda Gomes, diz que o Governo acompanha o caso e está empenhado numa solução.
Estão enganados que julga que uma injecção de capital na Alicoop a vai salvar é mais dinheiro deitado à rua.
ResponderEliminarAntes do mais deviam perguntar porque chegaram à situação a que chegaram e porque é que a população escolheu outras superficies comerciais para fazer as suas compras.
Atendimento mau, preços muito mais caros que em qualquer outro local, foram afastando os clientes.
Investir mais dinheiro num projecto sem futuro é de loucos, quem promove as campanhas para viabilizar o projecto devia lá meter o seu dinheiro e não o dos contribuintes.
Câmara de Silves nega a existência de um plano para salvar o Museu da Cortiça
ResponderEliminarMuseu da Cortiça, na Fábrica do Inglês, em Silves
A vereadora da Cultura da Câmara de Silves esclareceu que não existe qualquer plano para salvaguardar o Museu da Cortiça de Silves, que corre o risco de se perder, com o eventual encerramento da Fábrica do Inglês.
Em declarações à agência Lusa, Maria Manuela Guerreiro disse que a autarquia “acompanha o processo com preocupação”, e garantiu que não está em preparação qualquer plano sobre o museu, “a não ser conversas informais com a senhora delegada regional da Cultura” do Algarve.
A vereadora da Câmara de Silves contraria, assim, informações do Ministério da Cultura, em resposta a um requerimento apresentado na Assembleia da República, em dezembro, pelo deputado do CDS-PP, Artur Rego.
O deputado eleito pelo Algarve quis saber se o Ministério da Cultura tinha conhecimento da situação “de falência técnica” do empreendimento Fábrica do Inglês, onde o museu está inserido, e se existia um plano que pudesse evitar “o desmembramento do espólio” face a um eventual encerramento daquele empreendimento de animação turística.
Na resposta enviada ao deputado centrista, em 21 de janeiro, o Ministério da Cultura refere que “está em preparação pela autarquia, um plano para o conjunto edificado e acervo móvel, ao qual é dado apoio técnico através da Direção Regional de Cultura do Algarve”.
Fonte do Ministério da Cultura, contactada pela agência Lusa, referiu que as “informações constantes no ofício 264, de 21 de janeiro, tiveram por base as transmitidas pela Direção Regional do Algarve”.
Confrontada com a resposta do Ministério, a vereadora da Cultura da Câmara de Silves disse que “não tem qualquer sentido, pois não há nada de concreto”.
“Manifestamos a nossa preocupação face ao importante acervo museológico, em conversas informais com a senhora delegada da Cultura do Algarve, mas não está em preparação qualquer plano, nem para o empreendimento nem para o museu”, sublinhou a autarca.
Maria Manuela Guerreiro acrescentou que “a senhora delegada regional manifestou abertura para, em conjunto, se encontrar uma solução, mas não passamos disso”.
Contactada pela agência Lusa, a diretora regional de Cultura do Algarve confirmou terem existido conversas informais com a vereadora da autarquia de Silves, das quais, depreendeu “existir um plano em preparação”, tendo transmitido essa informação ao Ministério.
“Pelo que entendi, a Câmara de Silves está a trabalhar e a preparar um documento sobre o assunto”, observou Dália Paulo.
Por seu turno, o deputado do CDS-PP Artur Rêgo disse não ter ficado “surpreendido com a resposta política” do Ministério da Cultura, e disse que irá exigir na próxima semana, mais informações “acerca do plano que diz existir em preparação”.
“Se o disse, é porque tem conhecimento desse plano. Vou interpelar novamente o Ministério, pois quero que explique o conteúdo e no que consiste esse plano”, sublinhou.
O deputado eleito pelo Algarve manifestou-se preocupado com o destino do acervo do Museu da Cortiça, caso a Fábrica do Inglês encerre as portas, salientando que se “trata de um espólio único, com uma forte componente identitária de Silves e do Algarve que não se pode perder”.
Para o deputado, a “falência técnica” e o possível encerramento da Fábrica do Inglês podem originar o “desmembramento da maquinaria, oficinas e arquivo documental do museu, a sua degradação, ou ser vendido a retalho para que a sociedade possa honrar os seus compromissos”.
Inaugurado em 1999, o Museu da Cortiça de Silves resultou da recuperação e transformação da antiga fábrica Avern, Sons & Barris
Não posso deixar de comentar (não o excerto do poema que bem merecia) a actual movimentação para salvar a ALICOOP na sequência das movimentações para salvar a Fábrica do Inglês (esta de forma mais vergonhosa, em nome do acervo do museu da cortiça).
ResponderEliminarEm comum estas duas entidades têm um nome JOSE ANTONIO SILVA irmão de ISABEL SILVA SOARES actual PC.
O desnorte tomou conta deste concelho. Será que ninguém propõe que o tal JOSE ANTONIO SILVA pague individualmente pela gestão danosa destas duas unidades? Ouço frequentemente falar na impunidade dos gestores públicos: também penso que deviam pagar com "o deles" quando as empresas não são geridas correctamente. Agora com este senhor, que é um gestor privado e que segundo consta se fazia pagar muito bem, parece-me vergonhosa a movimentação que se está a promover. Até o vereador do PS - Fernando Serpa - está empenhadissimo na defesa da ALICOOP, em nome dos interesses dos trabalhadores, claro.
Talvez fosse interessante que cada uma das empresas do concelho que está a passar por dificuldades tivesse o mesmo apoio da Câmara. Relembro aqui que uma indústria que era um simbolo da cidade (metalúrgica) era a empresa Carlos Pinto. Alguém se mexeu? E os trabalhadores? Eram em menor número é claro mas também precisavam de almoçar e jantar, também tinham filhos .
Se embarcarem nisto o melhor é pedir asilo político em Angola, pelo menos lá não andam a fazer de conta. Toda a gente sabe com o que conta.
Porque será que a CGD não quer ir na cantiga... porque pura e simplesmente os Administradores que levaram à ruína querem continuar a gerir a coisa que faliram! Talvez com outros administradores, competentes e rigorosos, a CGD arriscasse a injectar o capital, agora estar a dar mais pérolas a porcos, tá-se mesmo a ver... só de loucos...
ResponderEliminarCaros anónimo e Sr. Sensatez. Têm toda a razão, e temos os trabalhadores e alguns vereadores a serem marionetas nas mãos desta gente sem escrúplos e pior, comentários como os vossos, no blogue do Vereador Serpa, são censurados, ora experimentem.
ResponderEliminarEm relação à alicoop, alisuper, fabrica do inglês. Ora se a Isabel Soares, presidente da câmara ou o seu irmão José António Silva, presidente da confederação do comércio, com o currículo e o passado de gestores que têm, viessem pedir-me dinheiro para investir em qualquer coisa eu não lhes dava um cêntimo, como é que a caixa geral de depósitos, depois de já lhes ter emprestado milhões no passado e sabendo como esta gente gere o dinheiro, pode ter garantias de que vão fazer o que anunciam??
Ela, a Isabel, que meta dinheiro da Câmara na alicoop, já lhe comprou a fábrica do inglês por um cêntimo no passado, pode comprar mais uma vez. Pelo menos assim salvava-se o museu da cortiça!
É triste ver uma cidade entregue a este tipo de gente sem quaisquer princípios nem escrúplos, capaz até de utilizar a situação difícil para manipular pessoas que vão perder o emprego, dando-lhes esperanças e fazendo crer que o problema são os bancos, quando o problema são os patrões.
Pulhas!
Quanto à empresa metalúrgica, Carlos Pinto não podia concordar mais com o comentário do Sr. Sensatez.