terça-feira, 19 de janeiro de 2010

A eficiência que não temos...



O Orçamento Geral do Estado (OGE) é uma coisa importante, pois não há gestão sem orçamento.Mas, sem perder a importância que tem, não é, quanto a nós, o mais importante!

A classe politica, fora dos governos de maioria, anda numa verdadeira roda viva, negociando com os partidos com representação parlamentar, concedendo aqui, conquistando acolá.Aliás o que constitui a sua ocupação noutras areas (todas) do poder, mesmo na pendência de um governo de maioria.

Ocupados assim nas negociações, sempre pressionados pelos encargos do OGE, dedicados à manutenção da sua notoriedade com vista à reeleição ou meramente para se manterem, numa lógica individual, na crista da onda,e ainda afadigados com os despachos ministeriais, presenças na assembleia, obrigações partidárias, inaugurações, etc., etc., etc.,muito pouco tempo lhes resta para pensar estruturada e prospectivamente Portugal. No pressuposto de que disso fossem capazes.

Por isso repensar Portugal,sendo urgente há muito e ainda mais premente na conformidade em que o mundo se encontra por se ver forçado a mudar de paradigma, é uma tarefa que se impõe a todos no geral, mas aos eleitos muito particularmente.

Repensar Portugal passará por termos uma liderança politica com dimensão e responsabilidade históricas e uma competência acima daquilo que tem sido patente, pelo resultado, no comum da classe politica que temos conhecido, que se determine a deitar a mão a esse trabalho.

A receita -as contribuições de todos- é importante, sobretudo num estado social de direito, mas a economia donde provêm as receitas é muito mais!

Tal como se passa com o orçamento doméstico de cada um de nós, as depesas, mesmo reduzidas, são certas e fixas, enquanto as receitas, estão permanentemente inseguras, mesmo para funcionários públicos, pelo caminho que "isto" leva.

Neste enquadramento, entre a pouca margem que o cruzamento entre o sofisticado contexto económico internacional e o grau de desenvolvimento da nossa economia, nos deixam, pensar sériamente a eficiência nacional em geral parece-nos de elementar inteligência.Mas também de responsabilidade nacional!

Ora, quem terá esta responsabilidade histórica de identificar esta responsabilidade por cumprir?

Sabemos que são os eleitos!
Mas também sabemos que não estão a dar conta do recado!

1 comentário:

  1. Parecem as obras em Armação...Bem observado, é assim mesmo que acontece.

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