quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

A Cultura do Desenvolvimento Insustentável...

O filme abaixo, é suficientemente representativo do sistema de desenvolvimento que adoptámos.

A recente (e presente) crise é manifestamente sistémica. No entanto as terapias adoptadas constituem “mais do mesmo”, isto é, não passam de “variações sobre o mesmo tema”.

Na busca de soluções ninguém parece ter ponderado no facto de que a crise foi manifestação da “fadiga” do sistema. Se alguém o tivesse feito, perceberia que urge conceber um novo sistema. Sabemos que tal não acontece por encomenda, nem “de um dia para o outro”, mas sabemos também que “o caminho se faz caminhando”.

Todos sabemos que errar contem algumas virtualidades. De entre elas o conhecimento das consequências do erro que nos permite evitar repeti-lo.

Sucede é que nesta sede a aparente ingenuidade dos responsáveis resulta ou da ignorância sobre erros anteriores, o que seria lamentável, ou resulta da insistência em erros anteriores, quer ela resulte de mera teimosia quer ela resulte de dolo consciente, sendo, nestes casos não só lamentável mas também execrável. Em qualquer dos casos porém todas estas atitudes face ao erro são repudiáveis.

Dizia Benjamin Franklin que "A tragédia da vida é que nos tornamos velhos cedo demais e sábios tarde demais.", no que tem toda a razão, fundada esta na experiencia de todos nós ao longo dos tempos.

Por isso a cultura é imprescindível, já que nos permite recuperar o resultado de experiências anteriores conferindo-nos a possibilidade do aproveitamento da sabedoria por aqueles que ainda não a atingiram.

O que podemos fazer desde já, não por mero efeito de exercício demonstrativo, mas para evidenciar a estupidez de quem pensa dar resposta à crise com o “pelo do mesmo cão”. Ensinou-nos aquele que tem sido considerado o cérebro do qual melhor aproveitamento se retirou, o Senhor Albert Einstein o conceito de insanidade: “ Insanity: doing the same thing over and over again and expecting different results.”, o que em Português, permitam-nos a tradução livre, quer dizer que consiste a insanidade em continuar repetidamente a fazer a mesma coisa esperando por um resultado diferente.

Ora sabendo nós isto, não somos obrigados a fazer diferente? E não o fazendo, independentemente do resultado, como ficaremos conhecidos para a História, se houver alguém para escrevê-la ou para lê-la?

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