No contexto da presente situação financeira internacional o nosso Ministro da Economia anunciou recentemente qualquer coisa como o fim da era da prosperidade.
Por um lado, no desconhecimento sobre a sua real competência e condições para levar por diante as suas atribuições e por outro no conhecimento da complexidade da economia nos dias que correm, não podemos deixar de ter de agradecer a crueza dos seus vários, embora sibilinos, avisos à navegação.
Este ultimo a que nos referimos – o fim da era da prosperidade – porém, não pode deixar de merecer outros comentários.
Na verdade, em nosso entender estamos e há muito, a presenciar, não ao fim de uma era, mas ao fim de um episódio, requentado, de um sistema de desenvolvimento caduco, esgotado, mas reinventado permanentemente na mira de uma sobrevivência, nos mesmos moldes, de impossível realização, apesar dos esforços de branqueamento dos imaginosos maquilhadores militantes.
Diríamos que as calças do Aniki Bóbó já não suportam mais remendos! Estão de tal sorte puídas que a sua estrutura original não aguenta mais, as soluções antigas.
E foi realmente uma solução nova aquela que representou a intervenção do Estado Americano na sua economia, injectando-lhe 700 mil milhões de dólares, em socorro das grandes instituições financeiras privadas, contra toda a sua doutrina liberal e práticas ancestrais coerentes com a mesma.
A este facto absolutamente inédito, alguns imputaram a responsabilidade de ter posto fim ao capitalismo, pelo menos na pureza do entendimento que os americanos perfilhavam.
O que conduziu a este atoleiro será certamente de complexidade bastante para nos deixar a todos de boca aberta.
Mas, certamente, mais a uns que a outros!
Uns dos boquiabertos foram os que acreditaram que as entidades reguladoras estavam lá para isso mesmo, para zelar pelo cumprimento das regras, pela materialidade dos produtos e das operações, pelo interesse público em suma.
Outros, menos boquiabertos, foram aqueles que estando no poder ou nas suas imediações, quer do Estado quer das próprias instituições, financeiras ou reguladoras, de há muito desenvolvendo uma actividade cúmplice com a natureza virtual desta economia e com os ganhos absurdos, desadequados e tantas vezes criminosos conheciam a inconsistência gelatinosa deste verdadeiro jogo do empurra.
A tudo isto foi assistindo uma classe politica estereotipada que se habituou a administrar a coisa publica com a irresponsabilidade de quem gere levianamente bens alheios e a autoridade e prepotência de quem é proprietário, em propriedade vertical.
Mal vão portanto quer o sistema de desenvolvimento a que aportámos, quer aqueles que escolhemos para o vigiar!
Sendo que estes são necessariamente os responsáveis por aquele!
A crise é, assim, antes de mais, politica!
Se a questão financeira internacional não é de somenos, atentas as suas reais e sobretudo as potenciais consequências, a focalização dos cidadãos deve, quanto antes, centrar-se – se pretendermos alterar alguma coisa de essencial – quer na busca de um outro sistema de desenvolvimento, quer, sobretudo, na eleição de uma classe politica que leal, democrática e determinadamente se empenhe nessa busca.
Ainda no caso americano, o slogan CHANGE (mudança) adoptado por Barack Obama, pareceu-nos interessante e provavelmente será eficaz, do ponto de vista do marketing politico, mas, honestamente, cremos que, quando foi criado, não comportava muito mais que isso. Tivemos mesmo total dificuldade em descortinar uma ideia que fosse, nas poucas vezes que o ouvimos... mas, como conhecemos todos bem, o seu oposto, a ideia de mudança vingou aparentemente não pelos novos caminhos que exibia, mas sobretudo pelos caminhos que, implicitamente, prometia abandonar.
Hoje, porém, aquele conceito, é capaz de ter ganho alguma consistência, face à crise financeira e às associadas crises do sistema e de valores e a mudança que se exigirá a Barack Obama uma vez eleito, ultrapassará em muito o mais que ele terá alguma vez imaginado.
Será pouco para quem espera muito e muito para quem espera pouco!
Rodando o periscópio a 180º graus, no caso da nossa micro realidade concelhia, a mudança impõe-se, curiosamente, com, relativamente idêntica, premência.
Por um lado, por todas as razões decorrentes do facto de não nos poder ser indiferente o rumo da economia global, face à dependência que temos da mesma em geral e muito particularmente no Algarve que tem no turismo a sua actividade económica principal.
Quer, sobretudo, por outro lado, por termos no poder politico uma representante daquela classe politica estereotipada, na versão autárquica, absolutamente incapaz de um qualquer rasgo ou visão alternativa ao ramerrame da pequena politica politiqueira que conduza ao poder, o qual constitui, nesta perspectiva, um fim em si mesmo e não um meio para implementar politicas.
Da sua prestação resulta essencialmente a pouca competência para atribuições de gestão e administração elementares, mesmo no quadro deste modelo de desenvolvimento.
Estão ai os casos de incapacidade absoluta para a gestão do lixo, do território, como no caso de Vale Fuzeiros, dos recursos europeus, pelo não aproveitamento ou mau aproveitamento dos fundos, do orçamento municipal, pela desastrosa situação financeira que motivou, do urbanismo, de que é paradigmático o caso de Armação de Pêra e da sua própria credibilidade enquanto cidadã-eleita, como constituem exemplos os verdadeiros escândalos em que se deixou enredar.
Não há duvida portanto que a mudança se impõe em Silves, e, com slogan eficaz ou não, quem se candidatou a protagonizá-la foi o cidadão Carneiro Jacinto!
Dele ainda não conhecemos tantas ideias quanto gostaríamos e urge que as dê a conhecer aos cidadãos-eleitores do concelho. Conhecemos bem porém, o verdadeiro deserto que temos e a sua total impreparação para lidar com as responsabilidades do poder, tal como hoje em dia devem ser entendidas.
Essa da Isabel Bush e do Carneiro Obama é ridícula e grotesca... é que uma e o outro nem um maço de tabaco valem...
ResponderEliminarO dartacão deve ser de uma raça pura e de laboratório não fiscalizado pela ASAE.
ResponderEliminarvltdqhr
O Dartacão não é nem laranjinha, nem é rosinhas, nem nenhum utopista, nem é um lambe botas à espera de um tacho deste ou daquele.... limito-me a constatar o quanto são ridículos os intervenientes na cena politica local...
ResponderEliminarEduardo Catroga disse ao DN será que Isabel Soares lê jornais e ouve rádio?
ResponderEliminarPor exemplo, para as famílias: o Governo já definiu algumas reduções do IMI, o Imposto Municipal sobre Imóveis . E também já definiu alguns alargamentos do período de isenção do pagamento do IMI por parte das famílias. Muita gente que comprou casa está agora confrontada com o aumento das taxas de juro porque não fez bem a devida conta ou não foi bem informada, ou não fez bem as contas de uma simulação da evolução das suas despesas no médio a longo prazo - muitas vezes os portugueses só raciocinam no curto prazo. Ora por exemplo em relação a estas famílias, para além da redução que foi feita em que a taxa máxima de IMI passou para 0,4 em relação aos prédios com valores já actualizados e para 0,7 para os valores antigos, sobretudo para os valores actualizados, que são todas as casas adquiridas nos últimos 15 a 20 anos, 0,4 ainda é uma exorbitância. Por exemplo, a Câmara Municipal de Lisboa está a aplicar 0,4, como estão outras câmaras do País. E daí as receitas das autarquias locais terem crescido à taxa de 20% ou mais, ora isto é um escândalo! Em períodos de dificuldades são recursos que são absorvidos pelas administrações públicas em prejuízo das famílias e das empresas. Sou partidário de que o IMI, sobre valores actualizados, não devia exceder 0,2% do valor.
Politicos são todos iguais, querem todos é mamar na vaca para se encherem
ResponderEliminarNem todos. Nem todos...
ResponderEliminarÉ só alguns os outros são anjinhos!
ResponderEliminarAnda tudo ao mesmo é só sacar!
Olhe que não...Olhe que não...
ResponderEliminar"Dele ainda não conhecemos tantas ideias quanto gostaríamos".
ResponderEliminarIdeias? Mas o homem tem alguma?
Presumo que as tenha tantas como a senhora Soares, um autêntico deserto.
A única coisa que fez na Câmara, nestes tristes 11 anos, foi apertar o garrote aos munícipes contribuintes: uma velha casinha de aldeia, entre S. Marcos da Serra e Armação de Pêra, paga tanto de IMI como um T3 no centro de Lisboa.
Tudo para que não falte verba para pagar aos afilhados que meteu na Câmara.
Há que achar outra solução, que não passe por estes glutões...
olhe que não olhe que não Sr Silvense.
ResponderEliminarOlhe que não o quê, seu pateta?
ResponderEliminarE que tal metermos lá o silvense revoltado e a sua corja de "esquerda caviar"?! Os bloquistas e comunistas deste concelho que iriam fazer certamente trabalhos muito melhores. Recordo por exemplo que a única Câmara do Bloco de Esquerda logo no primeiro mandato fez da presidente arguida em vários processos de corrupção. Depois temos os exemplos comunistas como Beja onde se combatem os "bolcheviques para preservar o controlo" da coisa. Este país nas mãos desses demagogos e burros já tinha sido anexado por Espanha há muito tempo. Vá revoltar-se pra Cuba ou prá Coreia do Norte seu "pateta"!
ResponderEliminarTanto alarido para nada!
ResponderEliminarSó de vos ler as baboseiras até fico cansada.
Quem vai ganhar as próximas eleições é a Dr.ª Isabel Soares, até a sondagem que certo partido da oposição encomendou o confirma.
E não é que a nossa presidente ganha em todos os cenários.
Venham eles ou elas a vitória é certa.
Quem pagou a sondagem? Alguém me pode informar?
ResponderEliminarMickey, vai-te tratar!
ResponderEliminarErraste o alvo, pá. Sou e sempre fui do PSD, ó palerma! Ou achas que não posso?
Adelina Capelo: não deite foguetes antes da festa, pode ser que lhe rebentem nas mãos.
Mil desculpas então...
ResponderEliminarQuanto à sondagem da Dona Adelina, faltou dizer que foi realizada à saída de um jantar em casa de Isabel Soares com uma amostra de 12 pessoas...
Tenho acompanhado este blog desde há alguns meses. Viajei por posts antigos e atuais e considero um blog de grande qualidade e interesse. Passando também em revista a generalidade dos comentários.
ResponderEliminarÉ lamentável a qualidade baixa dos comentários em geral, o que me sugere uma máxima: o povo tem os lideres que mereçe.
Obrigado e continuem.
A bem do desenvolvimento cultural do concelho.
Olhe, viajante ocasional mas atento, a palavra "merece" não tem cedilha, sabia?
ResponderEliminarSe a patetice fosse música, você era a filarmónica do Coiro da Burra... Eheheheheheheh!
"felismente qe temes jente atenta!"
ResponderEliminarSó é pena que a inteligência, esperteza talvez seja mais apropriado, não dê para verem mais do que as linhas do dicionário. É por isso que não saem da cepa torta.
Concordo com o viajante ocasional!
Têm o líder que merecem.
Não sei se não seria mais eficiente enviar alguns destes munícipes, pelos vistos parados no tempo, para terras longínquas para aprenderem qualquer coisa com os indígenas como se fazia em 1700 (atenção aos atentos porque 1700 não é a página do dicionário, dexta ves teem de ir prucurar au livre de estória) é melhor levarem o dicionário convosco.
Ó desatento, o único dicionário que deves ter visto na vida era da Renova e tinha a forma de rolo.
ResponderEliminarConcordo com o desatento e se possível levem a Isabelinha e restante escumalha!
ResponderEliminarÓ dartacão e desatento, ainda não perceberam que eu também quero que a Isabelinha se f...?
ResponderEliminarA Isabelinha e o Carneiro.
Que inteligência, a vossa!
A Isabel e o Carneiro é tudo a mesma maltosa, falam, falam, mas depois não fazem nada, e quando fazem, fazem mal...
ResponderEliminarA isabelinha nesta foto está linda de meter medo. Grande fotografo que lhe apanhou a alma.
ResponderEliminarVamos mas é a fazer comentários inteligentes sobre assuntos sérios, seus ignorantes...
ResponderEliminarSenhora Autoridade Reguladora:
ResponderEliminarSer ignorante no "REINO DA IGNORÂNCIA" é normal.
Parece ser grave é a autoridade reguladora se confundir com a autoridade reinante.
O Ignorantismo é o sistema daqueles que preconizam as vantagens da ignorância, sustentando que o saber é prejudicial.
A necessidade de acreditar em falsas maravilhas por vezes excede não só a lógica mas, muitas vezes, a sanidade mental.
A diferença entre a ignorância e a burrice é que a Ignorância é falta de conhecimento e a burrice é um preconceito travestido de conhecimento.
O ignorante pode, ou não, ter consciência do que não sabe, enquanto que o burro tem certeza de que sabe o que, na verdade, não sabe.
Pirilampo
oinc
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