quarta-feira, 24 de outubro de 2007

A diferença é conhecida:

UM CANDIDATO À DIFERENÇA FAZ DIFERENTE!
A Câmara de Silves, como todas as autarquias deste país, tem que intervir em muitas áreas!
Hoje em dia, as competências das autarquias são muito vastas, a sua intervenção abrange multiplas áreas que vão desde a mobilidade, gestão ambiental, gestão de resíduos, estratégias de ordenamento do território, habitação, desenvolvimento económico, etc.
Exercer essas competências esquecendo que o Desenvolvimento Sustentável foi colocado na agenda politica mundial pela “Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento (CNUAD), realizada no Rio de Janeiro em 1992, também designada por Cimeira da Terra, seria como acender uma fogueira ao jeito pré-histórico, esquecendo que já inventámos o fósforo.
Naquela ocasião foi reafirmado o conceito, lançado em 1987 pelo Relatório Brundtland “O Nosso Futuro Comum” – elaborado sob a égide das Nações Unidas na Comissão Mundial para o Ambiente e Desenvolvimento-, definido como “o desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes sem comprometer a capacidade de as gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades”.

A implementação do desenvolvimento sustentável assentava inicialmente em duas dimensões fundamentais: o desenvolvimento económico e a protecção do ambiente.
Após a Cimeira Social de Copenhaga, realizada em 1995, foi integrada a vertente social como terceiro pilar do conceito de desenvolvimento sustentável. Assim, embora actualmente o desenvolvimento sustentável mantenha o mesmo desígnio global, a sua implementação é realizada com base em três dimensões essenciais: o desenvolvimento económico, a coesão social e a protecção do ambiente.

Às três dimensões do desenvolvimento sustentável deve acrescentar-se, ainda, a vertente institucional, que chama a atenção para as questões relativas às formas de governação, das instituições e dos sistemas legislativos (flexibilidade, transparência, democracia) – nos seus diversos níveis -, e para o quadro de participação dos grupos de interesse (sindicatos e associações empresariais) e da sociedade civil (cidadãos, associações de cidadãos em geral e Organizações Não Governamentais – ONG em particular), considerados como parceiros essenciais na promoção dos objectivos do desenvolvimento sustentável.

Como documentos estruturantes de uma abordagem sustentável ao desenvolvimento, salienta-se a Agenda 21 e a Declaração do Rio, resultantes da Cimeira da Terra, e que constituem importantes compromissos políticos, orientadores dos trabalhos que têm vindo a ser realizados, quer a nível internacional quer no âmbito das politicas domésticas dos paises considerados individualmente.
As gestões da coisa pública, como a da da Dr.ª Isabel Soares, por todas as razões e mais estas – o que, convenhamos, não é pouco - não pode continuar a ser a do “quero posso e mando” e a da “fuga para a frente”, encontrando-se fora da agenda do presente e completamente apartadas de qualquer futuro.
O modelo de gestão da coisa pública local (mas também o nacional) esgotou-se por caducidade e só é actual na sua obsolescência!
A intervenção da Câmara de Silves, como de resto de quaisquer outras que tal, só será eficiente, se por um lado tiver um plano e orçamento aprovado em tempo útil, mas sobretudo que esse orçamento seja participado pelos vários actores que actuam neste concelho.

Os cidadãos e os grupos sociais deste concelho, que habitam o planeta real, estão cada vez mais “divorciados” das lógicas do comando hierárquico, e da imposição de valores,educador ou de tutor do social, mais características da realidade virtual típica do conceito de Estado caduco que se encontra não ao serviço da sociedade, mas em oposição a esta.

Sobretudo quando são chamados a participar pela Comunidade politica Internacional, reunida em Acordos cujo cumprimento è urgente implementar por serem imprescindíveis à sobrevivência das condições de habitabilidade deste condominio planetário.
A boa consciência – auto critica – impõe assim “arrepiar caminho”, pela via insusbstituivel da participação dos cidadãos, em ordem a inverter o curso deste modelo de desenvolvimento suicidário.
Os cidadãos intuem novas regras e normas de comportamento assentes na interacção social e não como efeito de imposições de entes públicos superiores e autoritários, como se a sua legitimidade não assentasse na vontade dos cidadãos e se extinguisse o seu compromisso com a comunidade no momento da eleição.
Um modelo de desenvolvimento e coabitação diverso, não entende necessariamente que o comando hierárquico desapareça do léxico dos instrumentos de direcção política, mas sim que com ele coabite, enquanto instrumento de execução de politicas legitimas, com outras lógicas de intervenção pública e que conquiste a sua legitimação diariamente pela competência, adequação e harmonia com o todo social.
O século XXI, tudo leva a crer, consolidará a atitude critica face ao sistema de desenvolvimento tal como o conhecemos (as questões ambientais estão ai para a sustentarem), como consagrará a desconfiança da sociedade civil face ao Estado tal como é conhecido, que o reformará, impondo-lhe o seu controlo politico e a transparência absoluta, reorientando-o para servir a sociedade e não para se conservar autónomo, em oposição à mesma e aos seus interesses.

Tudo isto pela via de uma asserção dos direitos de cidadania enquanto poderes dos cidadãos que asseguram a participação de todos na condução da “cidade”, excluindo qualquer possibilidade de opressão por parte desta, materializando-se a democracia, a qual assumirá a sua vertente substancial, e o Estado-dos-cidadãos será uma realidade inevitável.
Por seu lado, os cidadãos deste concelho não se devem acomodar reduzindo a sua participação ao voto, expresso de quatro em quatro anos!
É necessário aperfeiçoar a dinâmica de participação da sociedade civil nas decisões e no acompanhamento da vida pública. A democracia tem de ser cada vez mais proactiva e intervencionista e os eleitos têm de dinamizar a participação pelo estimulo e partilha de direitos, obrigações e decisões.

Se por um lado é certo que estes valores são de um diapasão pelo qual a actual gestão do concelho não afina, nem lhe será mais possivel vestir esta camisola, depois das práticas evidenciadas nestes longos mandatos, por outro não é menos certo que o candidato à diferença tem o dever de adoptá-los (do que não duvidamos) e disso dar devida conta aos seus concidadãos-eleitores.
E, em tempo!

8 comentários:

  1. Meu caro JJJ
    Subcrevo na totalidade estas suas considerações e quero chamar-lhe a atenção para os dois compromissos que já assumi no meu blogue.A estes outros se seguirão até chegarmos ao programa eleitoral.
    António Carneiro Jacinto

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  2. J.J.J.,
    Gostaria de um esclarecimento seu, se não se importar: esta cidadã que aqui se vê está a arregaçar as mangas à participação, à
    intervenção e à mudança, ou a fazer aquele gesto tão conhecido do "Zé Povinho", do nosso Bordalo Pinheiro, à actual gestão camarária liderada por I.S.?

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  3. Eu apostaria mais no gesto tão conhecido do "Zé Povinho", do nosso Bordalo Pinheiro, dirigido à actual gestão camarária liderada pela Dr.ª Isabel Soares e ao fantoche da Adelina Capelo!!!

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  4. Minha Cara Amiga de Armação de Pêra, o poster We Can do it, é um original de uma campanha americana, durante a guerra, alusiva e pretendendo estimular a participaçãõ da mulher na produção industrial e esforço de guerra das mulheres, por virtude da quase plena ocupação dos homens nos campos de batalha.
    Penso que é apropriada a sua "apropriação" para a guerra que estamos a atravessar e para a participação que se necessita por parte dos cidadãos.

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  5. Pelas palavras do Danton verifico que é daqueles que considera as mulheres seres inferiores e quer remetermos à função da procriação e ao lar. Os gregos remeteram-nos para o Gineceu. Platão considerou-nos como os escravos seres destituídos de razão. Aristóteles embora considera-se-nos inferiores aos homens, preocupou-se sobretudo em precisar a melhor idade em que devíamos procriar e seremos educadas pelos maridos. Jean-Jacques Rousseau, símbolo do iluminismo, mais de 2 mil anos depois continuou a repetir o mesmo tipo de discurso sobre a inferioridade das mulheres. Você, Danton alinha pelo mesmo diapasão.

    Mas eu louvo o trabalho da Sra. Presidente da Câmara de Silves é uma mulher das grandes e uma excelente autarca, e sem dúvida alguém capaz de garantir os requisitos essenciais, de um concelho como o de Silves.

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  6. Poupe-nos Adelina Sem Pelos... Não há paciência para tanta barbaridade!!! Você é mesmo patética e degradante... Afinal de contas, só posso dar razão aqueles que dizem que a Sr.ª só trabalha para o tacho...

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  7. A Danton, obrigada pela compreensão, e a J.J.J., pela explicação. A Adelina está agora muito erudita, e cada vez mais igual a si mesma e à respectiva patroa. Cuidado com as raspaduras do tacho.
    Eu, pelo sim, pelo não, arregaço as mangas e faço o gesto, que até é à direita, diferentemente do Zé. Mas as mulheres, quando lutam são assim: diferentes!

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