Fortaleza d’S. Antº d’Pera - Fortaleza de Armação de Pêra
A existência de muitos e bons ancoradouros ao longo da costa algarvia facilitaram os contactos marítimos da região com o exterior mas expunham-na a frequentes incursões de piratas ou corsários.
Desde longa data se sentiu a necessidade de se levantarem meios de defesa, tornando-se mais evidente na segunda metade do século XVI quando o reino perdeu a sua influência no Norte de Africa.
Durante o período de dominação Filipina os responsáveis pela governação tiveram de reforçar a defesa da costa para resistir aos ataques de corsários mouriscos ou europeus e para garantir a segurança das populações e das trocas comerciais com o exterior.
Após a restauração da Independência tornou-se indispensável reforçar a defesa da costa, por causa dos ataques eminentes de piratas e corsários provenientes do Norte de Africa, da Turquia, e de vários pontos da Europa.
Compreende-se por isso o teor do extracto de um documento enviado aos capitães-mores das cidades e vilas do reino de 3 de Julho de 1658.
Por carta de Sua Majestade que Deos guarde… me manda que todos os lugares marítimos deste Reyno se esteia com todo o cuidado e vigilância por quando Olanda tem saído dez Fragatas de Guerra a infestar esta costa… (Carta dos Governadores do Algarve p.253)
Esta preocupação contribuiu para o levantamento de novas fortificações ao longo da costa algarvia, do qual faz parte Armação de Pêra.
Adaptado de “O Algarve da antiguidade aos nossos dias”: Elementos para a sua história/Coord. Maria da Graça Marques – Edições Colibri – Lisboa, Abril de 1999
IMAGENS:
VASCONCELOS, José de Sande, 1730-1808
Mappa da configuração de todas as praças fortalezas e baterias do reyno do Algarve [Material cartográfico] / Joze de Sande Vascos.. - 44 plantas : manuscritas, color. ; 57x50 cm http://purl.pt/762.
- Este atlas terá sido elaborado, provavelmente, em 1788, em conformidade com: Brabo, F. A. D. (2004) "José de Sande Vasconcelos: engenheiro militar e cartógrafo no Algarve nos finais do séc. XVIII". Stilus, nº 6-7 (Jan.-Dez.), pp. 145-176
Dexei há tempos neste blogue um comentário sobre a Fortaleza de Armação de Pêra e o atentado visual que ela sofre com a barraca que eiste na sua base.
ResponderEliminarVejo agora com agrado que postaram um texto e imagens sobre a hitória da nossa Fortaleza.
Pode ser que as autoridades deste País que pouco se preocupem com o nosso passado, precebam que o património é para preservar e façam retirar aquele apêndice.
Envio por mail foto que podem postar para melhor todos entandam do que falo.
Armação em frente!
Afinal de contas mais uma obra dos Felipes de Espanha!Por esta não esperava eu.É certamente uma surpresa para a maior parte dos Armacenenses.
ResponderEliminarEra bom que vocês se referissem à erosão da costa que é um assunto premente.
ResponderEliminarA odiosa Inquisição fez das suas no Algarve certamente.Gostaria de saber algo sobre isso.Existem coisas que não se devem esqueçer.
ResponderEliminarPara a erosão da costa meus caros é preciso um esforço concertado entre todos os povos no Mundo. No nosso caso particular, conforme foi noticiado à pouco, mesmo que parase-mos agora de poluir, o efeito dessa poluição prolongar-se-ia durante cerca de dez anos. Isto diz tudo. E é bom que as nações não fiquem apenas a pensar, é bom que actuem e depressa, senão lá se vai a nossa costa a da vizinha Espanha, etc, etc. Até breve.
ResponderEliminarA responsabilidade pelo o aquecimento global e as consequências que ele tem para o planeta é responsabilidade de "todos".
ResponderEliminarDe todos talvez não seja porque alguns como nós os Europeus, os Americanos residentes na América do Norte, Autralianos e mais uns outros somos muito mais responsáveis, porque consumimos o que temos e o que não temos.
São estes que têm que fazer um esforço muito maior, se queremos que o desenvolvimento vá ao encontro das necessidades das pessoas sem comprometer a capacidade das gerações futuras realizarem a satisfação das suas necessidades.
No entanto a erosão é um problema que afecta e vai afactar com gravidade a nossa costa.
Os poderes públicos e os cidadãos em geral devem estar alertados para não insistirem em construir junto à costa.
Para não termos que pagar agora e no futuro obras, que vão defender o património que só alguns tiram o usefruto.