domingo, 31 de dezembro de 2006

sábado, 30 de dezembro de 2006

Corredores da política concelhia na blogesfera

Caro Concidadão e Snr Carneiro Jacinto, Temos acompanhado atentamente o seu blog (http://servirsilves.blogs.sapo.pt/) e, sobre algumas das intervenções gostaria de dar a nossa opinião. Começo pelos comentários a “Nove belas sugestões”: Percorre algumas das intervenções anónimas, o “Português no seu melhor”, na faceta comum do insulto puro e duro e muito provavelmente sem qualquer fundamento, em resultado de uma vertigem de acidez que historicamente é explicável pela produção dos ácidos estomacais em excesso relativamente ao volume de alimentos que tem para digerir. Numa palavra a pobreza! A pobreza que começou por ser essencialmente material, a qual por ter sido sistémica integrou o espiritual. No nosso entender, permita-nos a sugestão, não deverá: premiar o insulto com a condescendência da resposta! Ironicamente, ainda sugerimos que crie um espaço no seu blog para insultos, uma vez que estes, não carecendo de uma atenção especial, carecem no entanto de um tratamento adequado e, em época de separação dos lixos, será bom dar o exemplo. Quantas gerações serão necessárias para a aquisição, mais ou menos generalizada, da consciência cívica, da elevação da intervenção na coisa pública, da relevância da participação? Por outro lado, não apreciámos parte do conteúdo da sua última postagem! Achámos redutor e simplista o raciocínio expresso quanto ao facto da Presidente se ter socorrido de advogados de Lisboa para a assistirem no caso Viga D’Ouro, colocando como contraponto o dever de ter optado pelos juristas da CMS. Será que o meu concidadão Carneiro Jacinto quando tem uma gripe consulta ou serve-se dos préstimos de um ortopedista? Este, perdoe-nos a franqueza, é o tipo de intervenção politica que, não sendo um “chavão da propaganda politica nacional”, é, sem duvida um familiar muito próximo. Na verdade, a credibilidade da alternativa, conquista-se, permita-nos, com elevação. Caso contrário estará a concorrer no mesmo campeonato! Se calhar, permita-nos uma vez mais, com todo o respeito, seria melhor averiguar se deverá ser o erário público que terá suportar os custos de defesa da Senhora Presidente, sabendo-se que a responsabilidade criminal é individual! Quanto à restante matéria de despesas, mordomias, despesas de gabinete e avenças várias, estamos consigo, mas, perdoe-nos novamente, só depois de as revelar tornando-as públicas. A um jornalista será despiciendo dizer que um politico deve fazer afirmações fundadas. E divulgar opinião contundente sem exibir os fundamentos apesar de provavelmente os ter será de jornalista, não de quem quer alterar/melhorar a prática politica. Quando lhe falámos da “caça às bruxas”, defendíamos o primado do estado de direito com o respeito absoluto pelos direitos individuais os quais não podem ser ameaçados em função de uma qualquer espúria conjuntura politica, exactamente como no massacre social/cultural do MacCarthismo.

REPORTAGEM

O cidadão que se auto intitula de " O Rebola" e se confessa sem-abrigo, farto de procurar um jardim em Armação de Pêra, decidiu manifestar publicamente a sua frustração.
Meu caro Rebola, a generalidade da população de Armação estará certamente consigo. Nós estamos!
Se se candidatar e prometer com seriedade fazer um jardim em Armação de Pêra, não precisará de apelar ao voto, pois ganhará certamente qualquer eleição.
O nosso blog apreciou a sua atitude de cidadania chamando à atenção para um défice importante na terra. Na verdade, nem parece que a Vila tem a sua actividade económica quase exclusivamente centrada no turismo. Turismo este cada vez mais, no outono-inverno, da terceira idade. Apreciamos também a esperança demonstrada no pedido...De facto, se tivesse pedido mais um prédio, seria mais certo obter atendimento!
O jardim do nosso descontentamento é uma ambição antiga da população e uma frustração evidente! Quantos mandatos mais terão de decorrer até que alguém de Silves entenda da necessidade de um espaço verde proporcional à actual dimensão da Vila? De um espaço lúdico para as crianças? De uma brecha no Betão?


quarta-feira, 27 de dezembro de 2006

HISTÓRIA

Fortaleza d’S. Antº d’Pera - Fortaleza de Armação de Pêra

A existência de muitos e bons ancoradouros ao longo da costa algarvia facilitaram os contactos marítimos da região com o exterior mas expunham-na a frequentes incursões de piratas ou corsários.

Desde longa data se sentiu a necessidade de se levantarem meios de defesa, tornando-se mais evidente na segunda metade do século XVI quando o reino perdeu a sua influência no Norte de Africa.


Durante o período de dominação Filipina os responsáveis pela governação tiveram de reforçar a defesa da costa para resistir aos ataques de corsários mouriscos ou europeus e para garantir a segurança das populações e das trocas comerciais com o exterior.

Após a restauração da Independência tornou-se indispensável reforçar a defesa da costa, por causa dos ataques eminentes de piratas e corsários provenientes do Norte de Africa, da Turquia, e de vários pontos da Europa.

Compreende-se por isso o teor do extracto de um documento enviado aos capitães-mores das cidades e vilas do reino de 3 de Julho de 1658.

Por carta de Sua Majestade que Deos guarde… me manda que todos os lugares marítimos deste Reyno se esteia com todo o cuidado e vigilância por quando Olanda tem saído dez Fragatas de Guerra a infestar esta costa… (Carta dos Governadores do Algarve p.253)

Esta preocupação contribuiu para o levantamento de novas fortificações ao longo da costa algarvia, do qual faz parte Armação de Pêra.

Adaptado de “O Algarve da antiguidade aos nossos dias”: Elementos para a sua história/Coord. Maria da Graça Marques – Edições Colibri – Lisboa, Abril de 1999

IMAGENS:

VASCONCELOS, José de Sande, 1730-1808

Mappa da configuração de todas as praças fortalezas e baterias do reyno do Algarve [Material cartográfico] / Joze de Sande Vascos.. - 44 plantas : manuscritas, color. ; 57x50 cm http://purl.pt/762.

- Este atlas terá sido elaborado, provavelmente, em 1788, em conformidade com: Brabo, F. A. D. (2004) "José de Sande Vasconcelos: engenheiro militar e cartógrafo no Algarve nos finais do séc. XVIII". Stilus, nº 6-7 (Jan.-Dez.), pp. 145-176

terça-feira, 26 de dezembro de 2006

REPORTAGEM

Os animais, cada vez mais reconhecidos como "humanoides" e tratados como tais, por virtude da sua susceptibilidade para a companhia, os afectos, a fidelidade, sem que com tais atributos percam a sua personalidade, são cada vez mais insubstituiveis no contexto de solidão para o que este sistema de desenvolvimento remete, inexoravelmente, o homem.
Ter animais é, por conseguinte, já quase uma necessidade! Porém, ter animais é também uma responsabilidade para com o próprio animal em primeiro lugar e para com os outros, os ditos racionais.
A higiene, ela própria, não é um exclusivo do homem, mas também daqueles que têm o homem como responsável. É o caso dos animais de companhia!
Outros municipios, como é o caso do de Almada, de entre outros, sensibiliza a população à higiene pública no que aos animais diz respeito, disponibilizando meios para o levantamento dos seus excrementos depositados na via pública.
Será um bom exemplo a seguir, por todas as razões de higiene e conforto públicos, acrescidas das razões especificas duma economia quase exclusivamente vocacionada para o turismo e dele absolutamente dependente, como é o caso de Armação de Pêra.
Uma sugestão que fica para a gestão autárquica, um dever que a mesma tarda a cumprir, um direito dos que usam a via pública, uma oportunidade de investir no futuro.
Ajude o blog http://armacaodepera.blospot.com, a denunciar evidências que considere motivo de reportagem, quer através de mera comunicação escrita, quer fotograficamente, mesmo sem qualquer comentário! Um convite para a participação...

sábado, 23 de dezembro de 2006

NOSTALGIA

Armação de Pêra 1944, uma visão ingénua mas naturalista...


ARMAÇÃO DE PERA


Sensivelmente a meio da orla da costa algarvia, a praia de Armação de Pera constitue, por isso mesmo, marca obrigatória no roteiro turístico da província.
Não pertence, pode dizer-se a nenhuma das zonas em que o litoral do Algarve se divide – barlavento e sotavento. E, como a virtude está no meio, basta-lhe a posição natural para a distinguir, como estância balnear, de todas as suas congéneres.
Nela se misturam, harmonicamente, a areia e a rocha, o sol e a sombra, a duna e a planura. A alvura do amontuado urbano, preguiçosamente debruçada sobre o mar, não se esconde surrateiramente nas curvas dos rochedos, como sucede a outros amontuados algarvios da costa. Cresce na planura e nele estende os mimosos braços, mostrando-se, ao peregrino, clara e limpa, na sua graciosa modéstia…
A escarpa, a ocidente, abruptae gigante, de recorte majestoso e altaneio, é soberbo pormenor da paisagem do conjunto. Materializou-se ali em alto e compacto miradouro e destinou-se, talvez, a deslumbrar os olhos do viajante aventureiro através do oiro do areal que se estende para leste, na distância…
Se não fora o arranjo caprichoso da perspectiva – a própria alma da praia – poucos se disporiam a procurá-la. As suas excepcionais condições naturais diminuem consideravelmente – se é que não eliminam por completo – algumas deficiências que se lhe notam e são apenas da responsabilidade dos homens. A luminosidade dos poentes, única nêste recanto do litoral, vibrando na retina até noite alta, relega para segundo plano a falta de luz artificial…A brancura fresca do mar chega a matar a sêde.
Mas as condições de vida da praia, hoje algo diferentes das de tempos que ainda não vão longe, estão em via de melhorar bastante.
Está em construção um ramal de estradas que há-de ligar a povoação à visinha freguesia de Porches e projecta-se a construção de uma pensão modelar, a expensas de um grupo de amigos da praia. O resto surgirá, como corolário.
Parece-nos, assim, que um futuro melhor está reservado a Armação de Pera, praia que, mesmo nas actuais circunstâncias, é das mais concorridas do Algarve.

Moura Lopes


[C1]Texto Visado pela Comissão de Censura.

[C2]Optou-se por transcrever o texto na sua formulação original, por dessa forma transparecer maior autenticidade cronológica.

[C3]Texto da autoria de Moura Lopes, publicado no "GUIA TURISTICO do ALGARVE", edição da " REVISTA INTERNACIONAL", 1944.

terça-feira, 19 de dezembro de 2006

Junta de Turismo 1965 - Verso de João Lúcio

Que bom seria poder regressar ao passado e sentir novamente esta apaixonada visão do Algarve…repensar e agir todo o processo urbanístico e natural, bem como o desenvolvimento de uma forma sustentada, a fim de proporcionar a todos (naturais desta região, frequentadores, veraneantes, turistas, e afins) uma melhor qualidade de vida, rentabilizando urbanística, ecológica e humanamente, todas as potencialidades que esta região oferecia, e que ainda pode oferecer caso todos nós (Poder Local, Regional, Nacional; todos os Algarvios e Portugueses, nomeadamente através da participação cívica) rumemos nesse sentido! A esperança e a paixão continuam nos nossos corações, é preciso agir, para que nunca esmoreça!